Capítulo 03.

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   Alessa Rodríguez.

    — Como? — o olhei surpresa.

    — Sua namorada? — perguntou o pai de George, o olhando desconfiado.

    — Sim! Diz para ele amor.

    — É, nós estamos namorando — respondi.

    — E quanto tempo estão juntos?

    — Estamos juntos há cinco meses — respondeu George.

    — É verdade? — perguntou o pai de George olhando para mim.

    — Sim, já estamos saindo há cinco meses     — respondi engolindo em seco. 

    — Então você já tem uma namorada… pretendem criar uma família?

    — Estamos pensando sobre isso — disse George.

    — Ótimo! Vou marcar um jantar, assim podemos conhecê-la melhor.

    — Mande-me a data depois.

    Assim que saímos da sala, descemos novamente para a recepção e saímos da empresa, voltando para o carro.

    — Por que disse aquilo?

    — Meu pai estava me subestimando, tinha que mostrar a ele que eu não sou quem ele acha.

    — Mas e se ele marcar o jantar? Eu terei que ir mesmo assim?

    — Claro, por que não iria? Agora você é a minha "namorada".

    — E se a empresa toda ficar sabendo dessa mentira?

    — Então deixe eles pensarem.

    Ao voltarmos para a empresa de George, descemos do carro e seguimos para a entrada, seguindo para o elevador e voltando para o escritório. Assim que chegamos ao andar de cima, George me puxou pela mão e levou-me até seu escritório.

    — Por favor, sente-se. 

    Caminhei até a cadeira, sentando-me em seguida.

    — Como este jantar irá acontecer, então precisamos conversar sobre algumas coisas.

    — Tudo bem, qual seria?

    — Minha família é um pouco "mimada", por assim dizer, qualquer roupa que você for, ou calçado, será uma impressão para eles, então você terá que ir impecável. Você tem alguma roupa que seja elegante?

    — Bem… acho que tenho.

    — Você acha?

    — Eu não sei se as minhas roupas são o que a sua família gosta.

    — Certo. Vou levá-la para casa hoje e quero que me mostre o seu armário.

    — Tem certeza? Se quiser, posso enviar-lhe por fotos.

    — Acredito que seja melhor ver pessoalmente.

    — Tudo bem.

    — Ótimo! Combinado então. Pode voltar para o seu escritório.

    — Claro.

    Levantei-me da cadeira, retirando-me do escritório e voltando para o meu.

    Estava nervosa com o convite para ir jantar na casa dos pais de George. Eles eram uma família rica e pessoas que sabiam se comportar bem em uma mesa. Eu não era rica, muito menos havia aprendido etiqueta. Estava com medo de me sair mal e eles começarem a fazer críticas à minha pessoa.

    Ao dar meu horário para ir embora, recolhi os meus pertences e os guardei na minha bolsa. Assim que me levantei, George entrou no escritório.

    — Precisa de algo Sr.Jones?

    — Por favor, já lhe pedi para me chamar pelo nome.

    — Claro, desculpa, George.

    — Esqueceu? Vou levá-la para casa, preciso ver o que tem no seu armário e se não tiver algo para vestir, nós compraremos.

    — Comprar?

    — E por que não?

    — É que… eu não tenho tanto dinheiro — respondi envergonhada.

    — Não há problemas Alessa, pode deixar que eu compro.

    — Desculpe, George, mas não posso aceitar, isso não seria certo da minha parte.

    — Alessa, eu quero pagar, então apenas aceite! 

    — Tudo bem.

    — Então, vamos?

    — Vamos.

    Peguei minha bolsa e seguimos para o elevador. Entrando no mesmo e descendo até a recepção. Em seguida, saímos da empresa e caminhamos até o carro de George. Entramos no mesmo e seguimos para a minha casa. Ao chegarmos, descemos do carro e entramos, subindo para o meu apartamento.

    — Olá — cumprimentou Leonor.

    — Oi — sorriu Leon. — Ela é a sua…

    — Minha irmã, Leonor. E alí está o David e o Martín.

    — Prazer, você é o? — indagou David.

    — George, sou um amigo da Alessa.

    — Ah, sim, é um prazer conhecê-lo.

    — Digo o mesmo.

    — Enfim, você vem? — perguntei para George.

    — Claro.

    Ao chegarmos no meu quarto, entramos e andamos em direção ao meu guarda-roupa.

    — Bem, essas são as roupas que eu uso.

    Leon se aproximou do armário e começou a mexer nos cabides, tentando encontrar algum vestido que correspondesse ao gosto da sua família.

    — Tem razão, você não tem muitas coisas. Não que a suas roupas sejam "feias", mas você entende...

    — É, eu entendo — ri levemente. 

    — Tudo bem, amanhã eu passarei aqui para buscá-la e iremos direto a uma loja.

    — Tudo bem.

    Assim que George foi embora, sentei-me no sofá, ao lado de Leonor e David, enquanto Martín estava à mesa, pintando alguns desenhos.

    — Já está ficando com seu chefe? — indagou David.

    — O que? É claro que não! 

    — Então o que foi aquilo? — perguntou Leonor.

    — Hoje aconteceu algo inesperado na empresa do pai do George. O pai dele estava o subestimando, segundo ele, George não conseguia arrumar uma namorada e claro, que George não gostou, então para provar ao pai que ele podia sim, ter uma namorada, ele puxou-me e inventou uma história de que nós estávamos namorando cinco meses, agora o pai dele quer dar um jantar e me convidou, para me conhecer melhor.

    — Nossa, que situação, eu apenas lhe desejo sorte — respondeu David.

    — Obrigada, até porque eu irei precisar muito.

    — Eu diria sortuda — disse Leonor.

    — Que isso, Leonor? 

    — O seu chefe é o maior gato. 

    A olhei e dei risada.

O Novo CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora