Capítulo 13.

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Alessa Rodríguez.

    Acordei com o som do despertador, levantei-me sonolenta e segui ao guarda-roupa. Após arrumada, me retirei do quarto e segui para a cozinha. Entrei e sentei-me à mesa, preparando meu café.

    — Bom dia, tudo bem? — perguntou David.

    — Sim, está tudo bem e você?

    — Estou bem também.

    — Mesmo? Sabe que pode conversar
c

omigo, né?


    — Estou bem, Alessa, mas sei que posso conversar com você.

    — Que bom. Preciso ir, até mais tarde.

    — Até mais tarde.

    Após me retirar do prédio, avistei George, em frente ao seu carro, aguardando-me.

    — O que houve? — perguntei surpresa.

    — Hoje iremos juntos, meus pais estarão me esperando.

    — Ah, certo.

    Entramos no carro e seguimos para a empresa.

    — Minha mãe estava pensando em convidar alguns dos nossos familiares para irem à casa de praia também, para conhecerem você.

    — Não posso intervir, mas é algo que me deixa assustada.

    — Relaxa, nem todos são como o meu pai.

    — Espero que não — sorri engolindo em seco.

    Estava nervosa para rever os pais de George, principalmente os demais familiares. Eu não era rica como eles e tinha medo de que alguém tratasse mal meus irmãos ou eu, assim como Frank fez.

    Ao chegarmos à empresa, entramos e avistamos os pais de George nos aguardando na recepção.

    — Bom dia, querido — cumprimentou Elizabeth, abraçando George.

    — Oi mãe.

    — Olá, Alessa, que bom revê-la — sorriu ela.

    — Oi, Sra.Jones, é bom revê-la também.

    — Por favor, me chame apenas de Lúcia.

    — Claro.

    Frank suspirou impaciente. — Vamos para sua sala e ir para o que realmente interessa.

    George o olhou irritado e seguiu ao elevador, ignorando-o por completo.

    Enquanto George e Frank subia ao escritório, Lúcia e eu permanecíamos sentadas na poltrona da recepção.

    — E como você está?

   — Estou bem e a senhora?

   — Estou bem também. Alessa, sobre aquela noite, peço-lhe desculpas, o que Frank falou, esteve muito mal. 

    — Está tudo bem, não se preocupe.

    — Mesmo assim, saiba que nada do que ele disse foi real. Você é uma moça maravilhosa, George teve sorte de conhecê-la.

     — Obrigada, fico feliz em ouvir isso. 

    — Estou empolgada para que conheça nossa família e não se preocupe, nem todos são como Frank.

    — George havia me avisado sobre isso — ri levemente. — Posso lhe perguntar algo pessoal?

    — Fique à vontade.

    — George e Frank sempre se estranharam?

    — Quando pequeno, George não recevia atenção de Frank. Frank deu mais atenção ao Liam, algo que o magoou bastante. Assim que George cresceu e começou a trabalhar para Frank, a situação entre ambos pioraram.

    — Posso imaginar o quão difícil deve ter sido para o George, ver seu pai o tratar diferente de seu irmão.

    — Infelizmente foi assim.

    — Infelizmente.

    — Você havia falado que seus pais faleceram, o que houve com eles? 

    — Foi um acidente de carro, infelizmente o carro capotou e não sobrou muita coisa.

    — Sinto muito, Alessa, deve ter sido muito difícil. 

    — Sim, especialmente para os meus irmãos.

    — Isso já faz tempo?

    — Sim, meus irmãos e eu éramos muito novos quando aconteceu, então passamos a viver com uma tia nossa, mas agora nos mudamos para cá e nossa tia ficou em Portugal.

    — Desejo para que tudo de melhor aconteça em suas vidas, vocês merecem muito e acredite, vai acontecer muitas coisas boas em seus caminhos.

    — Obrigada, desejo o mesmo a você e a sua família.

    Após terminar a reunião, George e Frank desceram.

    — Podemos ir — disse Frank, olhando para Lúcia.

    — Claro. Nos vemos no fim de semana.  — Lúcia sorriu e se levantou.

    — Até logo — sorri levemente.

    — Tchau mãe.

    Após Lúcia e Frank se retirarem da empresa, George e eu subimos ao meu escritório.

    — Teve uma conversa agradável com minha mãe?

    — Sim, sua mãe é muito simpática.

    — Fico feliz.

    — E você teve uma reunião agradável com seu pai?

    — Acho que você já sabe a resposta.

    — Posso imaginar.

    — Seus irmãos gostaram da ideia de irem passar o fim de semana na casa da praia?

    — Se eles gostaram? Eles amaram!

    — Fico feliz que tenham gostado — sorriu. — Voltarei ao escritório.


    — Claro.

O Novo CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora