Capítulo 26.

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Alessa Rodríguez.

    Ao chegar ao apartamento, entrei e avistei Márcia no sofá, com um balde de pipoca em suas mãos, assistindo a filme.

    — Boa noite — me sentei ao seu lado, tirando o balde de pipoca de suas mãos e deitando-me em seu colo.

    — Boa noite, parece cansada.

    — E eu estou. Chegou um novo funcionário e por coincidência era o Rafael.

    — O gatinho da noite passada?

    — Exatamente. Fiquei sem reação.

    — Mas agora me conte, quem é seu novo namorado?

    — Então… — levantei-me de seu colo. — É o meu chefe da empresa, o George.

    — Está saindo com o chefe?

    — Prosseguindo... nós não estamos namorando de verdade, isso tudo é uma farsa para que George possa provar ao seu pai que ele pode sim conquistar as coisas que seu irmão, Liam, conquistou, inclusive uma namorada.

    — Nossa, imagino o clima que deve ficar entre vocês, um chefe e uma secretária. Mas como isso aconteceu?

    — George precisou ir à empresa de seu pai para uma reunião entre ambos e enquanto o aguardava ao lado de fora, ele se retirou da sala e me puxou, retornando ao escritório. Quando entramos, George contou uma falsa história de que eu era sua nova "namorada".

    — Nossa, que confusão. Queria que isso me passasse também.

    — Não é tão bom quanto pensa. Hoje, George se zangou por me ver conversar com Rafael. Segundo ele, as pessoas podem “desconfiar” de algo, inclusive Liam e a noiva dele.

    — Ele gosta de você.

    — Talvez, eu não sei.

    — Sim, ele gosta! Esse conversa de que "as pessoas podem desconfiar" é uma desculpa para você não se aproximar de Rafael.

    — Talvez tenha razão.

    — Não seja ingênua, Alessa! George alguma vez flertou com você?

    — Quando estávamos na casa de praia dos pais dele, houve uma noite em que ele me beijou e após isso pediu desculpas.

    — Isso só comprova o quão interessado ele está em você.

    — Sim, comprova, mas poderia não comprovar. Não quero que o clima entre nós fique tenso.

    — Isso pode acontecer muitas vezes, mas não tem como fugir, George gosta de você. Você sente algo por ele?

    — Não posso negar que sinto atração por ele, mas você sabe, eu sou uma pessoa tímida, não teria coragem de confessar o que sinto.

    — Então essa é a melhor hora para se arriscar e enfrentar seu medo, ou perder uma boa oportunidade.

    — Não se preocupe, não cometeria essa tonteria. 

    — Ótimo! Quero vê-los juntos até o final do ano.

    — Acredito que esta data será difícil.

    — Ou não. Tecnicamente vocês já estão juntos.

    — Porém, de mentira.

    — Porém, juntos e isso me alegra.

    — Precisar tomar um calmante para isso.

    — Eu tenho um, posso dar a você amanhã.

    — Sério?

    — Sim, ele funciona bem e a deixará relaxada.

    — Mas não irei ficar "dopada", não é?

    — É claro que não, relaxa. 

    — Tudo bem, tomarei amanhã.

    — Agora você se sentará comigo e assistirá ao filme.

    — Claro.

    Na manhã seguinte, após arrumada, caminhei até a cozinha. Sentei-me à mesa, me juntando com meus irmãos e Márcia.

    — Que milagre, Márcia acordando cedo.

    — Foi o que falei — respondeu David.

    — Normalmente eu acordo cedo, mas ontem eu estava cansada.

    — Pode me dar o remédio?

    — Claro, irei buscá-lo.

    Márcia se levantou e entrou em meu quarto. Pegou o calmante de sua bolsa e voltou para a cozinha.

    — Obrigada — peguei de sua mão.

    — Tome-o agora, assim fará o efeito logo.

    — Boa ideia.

    Peguei um copo d'água e o tomei com o comprimido.

    — Isso funcionará mesmo?

    — Claro, deixará você calminha.

O Novo CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora