Capítulo 50.

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Alessa Rodríguez.

    Ao chegarmos à casa de George, adentramos e nos dirigimos à cozinha.

    — Agora sente-se aqui — George direcionou-me até a cadeira. — E espere o jantar.

    — Tudo bem. George, posso lhe fazer algumas perguntas? Acredito que não nos conhecemos de verdade.

    — Pode fazer a pergunta que quiser — respondeu George, enquanto cortava alguns legumes.

    — Que profissão você quer realmente seguir?

    — Eu sempre pensei em ser um chefe de cozinha e abrir um restaurante.

    — Então por que não faz isso?

    — Meu pai se zangaria se eu deixasse a empresa.

    — George, você não deveria fazer algo apenas para agradar seu pai. Veja só o potencial em você! Com seu talento na cozinha, sem dúvida seria um excelente chef e seu restaurante seria um sucesso.

    — Eu entendo, mas é que, pela primeira vez, meu pai me deu algo: a oportunidade de trabalhar na empresa da família. Mesmo que eu ainda o “odeie”, por assim dizer, não quero decepcioná-lo.

    — George, seu pai tem sido muito rude com você, até mesmo no ambiente de trabalho. Desculpe se pareço direta, mas acredito que seria importante você conversar com Frank e expressar seu desejo de seguir o caminho de chef de cozinha, em vez de permanecer na empresa.

    — Se eu falar isso para ele, a única reação que vou ter é Frank rindo de mim e dizendo o quão ridículo e patético isso é, assim como ele me vê.

    — Se preferir não falar, saiba que estarei aqui para te apoiar totalmente nessa decisão. Afinal, seguir uma profissão que realmente deseja é fundamental, pois caso contrário, você poderá se arrepender profundamente no futuro.

    — Fico feliz que esteja me apoiando e talvez eu faça isso, mas ainda preciso tomar coragem para conversar com Frank.

    — Espero sinceramente que tome essa decisão, pois não desejo vê-lo infeliz trabalhando em algo que não goste, e muito menos que venha a se arrepender no futuro.

    — Obrigado por se preocupar, quando eu decidi conversar com Frank, eu a avisarei — sorriu. — Mas o que aconteceu ontem? Vocês conseguiram se resolver?

    — Sim, nós conversamos e talvez tenha se entendido.

    — Talvez? Pela sua cara acho que ainda não conseguiu perdoá-lo por completo.

    — Eu gostaria muito de conseguir, mas ainda não consigo. Ontem, quando o abracei, senti uma tristeza profunda, pois nunca havia feito isso antes e isso me fez sentir mal. Ainda guardo raiva das coisas que Luís fez no passado, e acredito que esse sentimento nunca irá embora.

    George sentou-se ao meu lado e pousou suas mãos sobre as minhas, sobre a mesa.

    — Olha, Alessa, eu sei que Luís fez você passar por muitas situações difíceis, especialmente com o abandono, mas pense nisso: se ele não se importasse, não teria pego o número de David para ligar. Então, talvez Luís realmente queira mudar e consertar as coisas, e está se esforçando muito, especialmente em relação a você.

O Novo CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora