Capítulo 18.

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Alessa Rodríguez.

    Ao retornar ao quarto, avistei George deitado no colchão. Aproximei-me da cama e me deitei, ainda com a roupa do jantar.

    — Seu irmão está bem? — perguntou ele.

    — Sim, ele está bem.

    — Sobre o que ele queria conversar?

    — Eram algumas coisas pessoais.

    — Ah, entendi. Alessa, você acredita em mim, né?

    — Sim, eu acredito.

    George se levantou do colchão e deitou ao meu lado, enquanto olhava-o surpresa.

    — Estou pensando em como contarei ao Liam.

    — Será difícil.

    — Muito difícil.

    George virou-se de lado e olhou-me, percorrendo seus olhos pela minha boca. 

    — Vou me trocar — falei. 

    Após me levantar, George puxou-me pelo braço, fazendo-me cair na cama. George colocou-se sobre mim, apoiando seus braços na cama, um de cada lado, bloqueando minha saída.

    — George?

    — Eu só...

    George inclinou sua cabeça e beijou-me. Seu beijo era doce, mas eufórico, tornando-o intenso. Após George retirar uma das minhas alças do vestido, o empurrei.

    — O que está fazendo?

    — Desculpe-me, Alessa, eu não devia ter feito isso — disse, descendo da cama.

    — Está tudo bem, não precisa se desculpar.

    — Não farei isso novamente.

    — George, está tudo bem.

    — É melhor dormirmos.

    O olhei envergonhada. Me levantei e segui ao banheiro. Após arrumar-me para dormir, retornei para a cama.

    Na manhã seguinte, me levantei. Olhei para o colchão, observando-o vazio e arrumado. Troquei de roupa e desci até a cozinha. Entrei na mesma e avistei meus irmãos, Liam, George e Violeta tomando café. Sentei-me ao lado de Leonor e preparei uma torrada.

    — Bom dia, Alessa — cumprimentou Liam.

    — Bom dia — sorri levemente.

    — Dormiu bem?

    — Dormi, obrigada.

    O clima na mesa estava tenso, principalmente para mim e para George, mas Violeta parecia ainda se divertir com o incidente passado.

    Ao terminarmos de comer, levantei-me e segui em direção a porta. George se aproximou e pediu para conversarmos no quarto. Subimos as escadas e entramos.

    — Sobre o que quer falar?

    — Sobre a noite passada.

    — Olha, George, não precisamos falar sobre isso.

    — Sim precisamos, não quero que fique um clima ruim entre nós.

    — Mas não ficará, só precisamos esquecer o que houve.

    — Nos beijamos ontem, Alessa e o beijo foi intenso. 

    — George, seja sincero, você sente algo a mais por mim?

    — Talvez. Ontem, você também quis me beijar, então você sente algo a mais por mim? 

    — Acho melhor não falarmos sobre isso.

    — Tem certeza?

    — Eu tenho. Agora, você precisa pensar em como contar ao Liam sobre Violeta.

    — Tem razão, preciso pensar em algo, mas não sei por onde começar.

    — Como eu disse antes, posso ajudá-lo a contar.

    — Liam não vai acreditar, ele é apaixonado pela Violeta.

    — Isso é péssimo! Se quiser, posso pensar em algo para ajudar.

    — Não precisa, eu não quero colocá-la nesse problema, eu mesmo pensarei em algo.

    — Tudo bem.

    Pouco tempo depois, ouvimos batidas à porta. George caminhou até a mesma e a abriu.

    — Oi pai.

    — Vocês estão prontos para ir?

    — Sim, já iremos descer.

    — Os esperaremos lá embaixo.

    George fechou a porta e voltou para arrumar sua mala.

    Ao terminarmos de arrumar as malas, descemos para sala e nos retiramos da casa. Meus irmãos e eu entramos no carro de George e seguimos até meu prédio.

    — Sentirei falta da sua mãe — respondeu David no banco de trás.

    — E ela sentirá a sua falta. Agora precisarão ir à casa dela para visitá-la — sugeriu George.

    — Eu vou com certeza!

    Ao chegarmos ao prédio, descemos do carro e pegamos as malas. Após meus irmão subirem, George pediu para eu ficar.

    — Obrigado por ter ido e desculpe-me pela noite passada.

    — Está tudo bem, não se preocupe.

    — Nos vemos amanhã na empresa.

    — Até amanhã.

    Peguei minha mala e entrei no prédio, subindo ao meu apartamento.

O Novo CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora