Capítulo vinte e cinco

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Vivian Coleman

Dia do meu casamento.

É uma pena que, devido às minhas circunstâncias, eu não estou feliz. Não é um daqueles dias em que a noiva acorda transbordando de felicidade, pois vai casar com o amor da sua vida, não. Estou sendo forçada a me casar com um homem que mata pessoas por se achar um Deus, depois de descobrir também, que meu pai controla toda uma rede de assassinos de aluguéis.

Meus olhos estão inchados por chorar durante todos esses dias, recusei-me a comer, mas fui forçada a engolir alguma coisa antes do casamento, eu me sentia infeliz, e sentia que Christopher havia roubado meu direito de escolha, e me invalidado como mulher e ser humano.

A bochecha ao lado do direito do meu rosto ainda estava inchada pelo tapa que recebi de meu pai, e nem mesmo a maquiagem escondia tanto, mas daria para disfarçar, devido à ter se passado alguns dias. Teria de servir.

Olhando-me no espelho, abaixo meu véu, eu não havia deixado ninguém me ajudar com o vestido, e nem com a maquiagem. Meu noivo teria uma surpresa ao me ver subir no altar.

Vamos nos casar no jardim da minha casa, depois de meu pai tanto insistir, ele disse que seria mais seguro se eu me casasse em casa, apenas algumas pessoas estariam presentes, alguns aliados e parceiros de negócios com suas namoradas fúteis.

Eu queria tanto que Rosalie estivesse aqui, mas ela foi embora assim que terminamos o colégio para Itália, com sua família, desde então, perdemos o contato. E isso me machucava, eu não tinha mais ninguém, e a única pessoa que tinha, era Diana, mas Diana está morta.

Choro um pouco, Diana jamais deixaria que nada disso estivesse acontecendo comigo. Penso que, provavelmente, papai nunca havia encostado sua mão asquerosa em mim por causa de Diana.

Quando saio do quarto, papai me vê, e seus olhos se arregalam quando ele olha meu vestido.

— Você não vai se casar usando isto.

— Sim, eu irei, e se Christopher me quiser, terá que engolir.

— Isso é um afronte – ele caminha até mim, agarrando firme em meu braço — Ele vai matá-la na frente de todos.

— Para mim, seria um favor – rosno entre dentes, puxando meu braço e agarrando a saia do vestido, descendo escada abaixo até o jardim, sentindo-me farta.

Espero que goste do show, meu noivo.

Christopher Lewis

Assim que a marcha nupcial toca, Vivian entra no jardim acompanhada de seu pai, todos no jardim suspiram assustados, outros, incrédulos, e eu, não posso deixar de sorrir.

Minha pequena rainha resolveu me afrontar, eu vejo. Uma pena que isso não seria o suficiente para tirar minha paciência neste dia ensolarado.

Ela estava usando um vestido fodidamente deslumbrante, em cores pretas com vermelho. Na parte superior, o vestido era colado em seu corpo, com mangas longas que iam até seu pulso, a renda era super fina nas mangas, mas era preta, com alguns detalhes em brancos logo mais próximo aos ombros. O decote do vestido era um V não muito fundo, mas que valorizava muito bem seus seios. Ele era longo, e caía em grandes cascatas até cobrir seus pés, ela estava linda. A mistura do vermelho com preto, os detalhes em branco do vestido, tudo estava perfeito.

Minha futura esposa não gostava de seguir os padrões, eu vejo.

Mas eu entendi sua mensagem, ela estava passando um recado claro sobre o luto em se casar comigo, e o vermelho no vestido, era sobre eu ser um assassino, e que provavelmente a mataria também, como ela pensa que aconteceu com Diana.

Casamento por contrato - A verdade por trás dos murosOnde histórias criam vida. Descubra agora