Capítulo quarenta e dois

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meses depois..

Diana, eu perdi tudo

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Diana, eu perdi tudo. Eu perdi a minha liberdade, eu perdi você, e em seguida, perdi a mamãe. se passou meses desde que recebi a notícia que mamãe havia partido, às vezes, me sinto triste, em outras, me sinto estranha. Papai não falou comigo no dia do enterro, e não tem direcionado a palavra à mim desde o meu aniversário. Sinto tanto a sua falta, Diana, tanta saudade que me pego chorando apenas por lembrar de você, por lembrar de mamãe. Ela não foi a melhor pessoa desse mundo, mas eu entendo que ela estava apenas me preparando para a vida que sou obrigada a ter, para o mundo que sou obrigada a viver. Eu queria partir para estar do seu lado, não nada que prenda mais aqui, minha vida não faz mais sentido, não quando eu nem mesmo a vivo.

Guardo a carta em uma das caixas e olho para a pilha de cartas escritas para Diana, suspirando quando a dor parece dilacerar meu coração um pouco mais do que nos outros dias. Sem muito tempo para chorar ou me afundar em minha tristeza, caminho até o espelho grande do meu quarto e me olho, a tristeza é tao produnda que é percebida através de meus olhos.

É inverno em Nova York, então, decidi usar uma saia preta de lã, que chega até os meus joelhos, permitindo movimento com estilo quando caminho. As minhas botas de cano longo, também pretas, mantêm meus pés quentes e protegidos do vento cortante da cidade. Na parte de cima, escolho uma blusa de gola alta branca, justa ao meu corpo, que proporciona um toque clássico e elegante.

Completando o meu look e garantindo ainda mais conforto, um casaco longo, feito de um tecido macio e quente, envolve o meu corpo. Sua cor é um tom de cinza escuro, combinando perfeitamente com as nuances da cidade em dias frios. O casaco possui um corte reto e elegante, alcançando um pouco além dos meus joelhos, fornecendo uma camada adicional de proteção contra o vento gelado que sopra pelas ruas nova-iorquinas.

Hoje eu teria que ir até o orfanato de Miguel Díaz, deixar mais um dos cheques que Christopher mandava para ajudar as crianças que eram resgatadas das ruas. Um gesto muito nobre, considerando o demônio que estava ajudando.

Nós dois não nos falamos desde que brigamos após a notícia da morte de minha mãe, se é que podemos considerar cumprimentos de bom dia e boa noite uma conversa interessante entre um casal dentro de cinco meses.

Cinco meses, e nenhuma outra palavra ou frase completa foi adicionada em nossas conversas. Éramos tão frios um com o outro que não sabíamos o que se passava na vida de cada um com detalhes. Estou casada com um estranho, e honestamente, gosto disso.

Isso mantém as vozes do meu coração caladas e presas entre as correntes, não preciso lutar contra as minhas emoções, que normalmente vem à tona quando Christopher está por perto.

Casamento por contrato - A verdade por trás dos murosOnde histórias criam vida. Descubra agora