Capítulo quarenta e nove

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meses depois...

Entro em meu quarto removendo meu terno e coloco-o apoiado no braço da poltrona

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Entro em meu quarto removendo meu terno e coloco-o apoiado no braço da poltrona. Arregaço as mangas da minha camisa até os cotovelos e abro os dois primeiros botões, olhando para Vivian deitada em nossa cama. Ela estava bronzeada devido à tanto sol no cruzeiro que estávamos, comemorando o noivado de Benjamin Jones e Samantha, ela e a mulher se tornaram grandes amigas.

As coisas continuam as mesmas entre nós, honestamente, sempre que damos dois passo para frente, voltamos quatro para trás. Vivian está longe de aceitar a realidade do nosso mundo e o que eu faço para viver. Achei que a tentativa de um encontro de casais, meses atrás, poderia funcionar, mas a noite não foi tão divertida.

— Onde esteve? – ela pergunta, caminhando até a cama, sento ao seu lado e acaricio seu ombro.

— Estava tratando sobre negócios com Liam Fletcher.

Ele me procurou para ajudá-lo a encontrar os responsáveis por cometer estupro contra ele quando o mesmo era uma criança. O passado de Liam me chocou quando ele me contou, ser abusado, diversas vezes, sendo uma criança inocente e frágil. Surpreendentemente, Liam permaneceu vivo, isso me fez respeitá-lo, é um bom homem. Mesmo que tenha negado ser meu soldado, não guardo mágoas contra Liam Fletcher.

Vivian olha em meus olhos em silêncio, suas íris verdes que tanto me fascinam são afiadas como agulhas.

— Por que você mata essas pessoas? – segurando nosso olhar, ela pergunta.

— Conversamos sobre isso, diversas vezes.

— Me explique, Christopher. Eu quero entender porque você ainda mata pessoas, o que elas fazem de errado para que você as procure e as mate?

— Seu pai não explicou isso? – aperto minhas sobrancelhas, surpreso.

— Na noite em que ele me deu a notícia do casamento, a única coisa que me foi dita era que você, Diana e ele eram assassinos de aluguéis.

Suspiro pesadamente, olhando para a luz amarela do abajur. — Eu tive uma escolha.

— Como assim uma escolha?

— Eu poderia sim ter parado com tudo que meu pai fez – explico. — Mas eu gosto do que eu faço, Vivian. Eu gosto de matar todas essas pessoas.

Seus olhos se arregalam, como se eu fosse um verme contagiante, ela se afasta do meu toque e se senta na cama, nossos olhares ainda um no outro.

— Você gosta disso? Como pode..

— Não somos qualquer tipo de assassinos, Vivian. A minha empresa é uma rede de assassinos de aluguéis totalmente treinados, especializados e que só tem uma missão, matar estrupadores, acabar com redes de tráficos de pessoas, pornografia infantil, roubos, acabamos com pessoas ruins.

Casamento por contrato - A verdade por trás dos murosOnde histórias criam vida. Descubra agora