Capítulo cinquenta e dois

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Lucien joga a pasta marrom em minha mesa e olha em meus olhos com sua expressão impassível

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Lucien joga a pasta marrom em minha mesa e olha em meus olhos com sua expressão impassível.

— Um homem me pediu para lhe entregar isso, ele disse que é seu advogado.

— Obrigado – agradeço, terminando de tomar meu whisky e pegando a pasta em minhas mãos. Somente o fato de saber do que se trata me faz querer por uma bala na cabeça de alguém.

— Tem certeza disso?

Arqueio a sobrancelha, indiferente. — Agora que você virou pai, você também é terapeuta?

— Eu faço o que posso.

— Como está sua esposa? – ele se senta suspirando pesadamente.

— Ela está... enorme – suas sobrancelhas se franzem em confusão. — Ela quer me matar, acho que minha mulher me odeia.

— Efeitos da gravidez – explico. — Algumas esposas pegam raiva do marido.

— Pero qué diablos hiciste mal?

— Você não precisa ter feito algo de errado, as emoções dela estão agitadas porque tem uma criança crescendo dentro dela.

Lucien estremece na cadeira — Ainda não acredito que serei pai.

— Um de nós dois tinha que ser, e como minha esposa me odeia, a escolha recaiu sobre você.

— Ela não te odeia de verdade.

— Estamos nos divorciando, isso claramente já diz alguma coisa.

— Você dormiu essa noite?

— Não, estive subornando algumas pessoas para conseguir os papéis do divórcio.

Ele estreita seus olhos — E quando você diz subornar..

— Ameaçar aniquilar toda a sua família.

— Você deveria dormir – Lucien me olha com nojo. — Parece que você não dorme há semanas.

— Toda a confusão com Liam e sua empresa me roubou algumas noites de sono.

— Apenas isso?

Fico em silêncio, eu sabia que não. Desde a nossa conversa durante o cruzeiro, tenho pensado todos os dias em dar o divórcio para Vivian. Pela primeira vez, entendi o que ela queria dizer sobre eu ter tirado a liberdade dela.

— Preocupado comigo, Martínez? – ironizo, um sorriso brinca em meus lábios, mas não dura nem mesmo um segundo. — Vou começar a pensar que somos amigos.

— Me poupe – ele se levanta para sair e me olha em silêncio por alguns segundos, pensativo. — Boa sorte, capitão.

Engulo amargamente — Obrigado, soldado.

O som da porta do meu escritório se fecha acompanhado do toque do meu celular, o nome de Viktor brilha na tela e atendo.

— Alguma atualização no caso, Miles?

Casamento por contrato - A verdade por trás dos murosOnde histórias criam vida. Descubra agora