Capítulo trinta e três

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Enquanto deitava na cama, era quase impossível conter os pensamentos que invadiam minha mente

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Enquanto deitava na cama, era quase impossível conter os pensamentos que invadiam minha mente. Christopher é um homem complexo e perigosamente atrativo. Ele abriu uma porta para um mundo obscuro que, de alguma forma, despertava uma fascinação profunda dentro de mim, por mais que eu quisesse negar isso, sua escuridão sempre me fascinou, desde quando eu era uma adolescente.

Incapaz de mergulhar no sono, desci silenciosamente a escadaria da mansão em busca de um pouco de água. Meus passos leves ecoaram pelo corredor até chegar à cozinha, a casa inteira estava um breu, depois de tomar a água, caminho de volta até parar abruptamente na sala ao encontrar Christopher sentado no sofá, compenetrado em seus pensamentos de costas para mim, ele parecia tenso.

Meus passos trêmulos ecoavam no silêncio enquanto me aproximava dele. Ele tinha dominado aquela sala, transformando-a em seu domínio da obscuridade. Minhas mãos suadas tremiam ligeiramente ao tocar seu ombro, sentindo a tensão que o envolvia. Ele me encara, seus olhos brilhantes brincando com o fogo do perigo enquanto nos olhávamos em silêncio.

Eu não sabia porquê eu o tocava, mas vê-lo tão quieto e perturbado dentro dos seus pensamentos parecia errado.

— Não consegue dormir? – ele pergunta depois de alguns minutos em silêncio, e eu puxo o ar, expirando devagar.

— Não, e você? não consegue dormir? – indago.

Christopher olha para a minha mão, que ainda está pousada em seu ombro e depois de volta para mim, eu não queria parar de tocá-lo.

— Tenho problemas com o sono – ele confessa.

— Você não.. consegue dormir?

— Consigo, mas não é sempre que durmo bem – ele explica — As vezes nem sono eu sinto.

— Por que? – minha mão aperta seu ombro suavemente, e involuntariamente, ela se move, acariciando-o, Christopher fecha seus olhos, apreciando o carinho.

Vivian, pare. Não vá lá.

— Tenho alguns pesadelos, lembranças do meu passado.

Era a primeira vez que Christopher me dizia algo tão pessoal. Dando a volta no sofá, eu me sento ao seu lado, minha mão formigando após tocá-lo.

— Como foi a sua infância? – indago, aproveitando que ele ainda estava de olhos fechados, eu o observo, cada mínimo detalhe.

As linhas de seu rosto, o nariz imperfeito após ser quebrado algumas vezes, o cabelo escuro, os braços musculosos e com tatuagens bizarras, mas que ainda o deixavam atraente. Christopher era um homem enorme, tudo nele exalava masculinidade.

— Eu não tenho lembranças boas para contar, passei minha infância sendo treinado para matar, eu não tive a infância de uma criança normal.

Com a ponta do dedo, eu traço algumas veias grossas em seu braço, aproximando-me mais de Christopher quando sinto essa necessidade insuportável.

Casamento por contrato - A verdade por trás dos murosOnde histórias criam vida. Descubra agora