Capítulo vinte e dois

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dois meses depois..

Vivian Coleman

Diana, se foram dois meses desde que você se foi. Mamãe não come direito semanas, e ela não se veste mais com seus vestidos extravagantes. Papai voltou para os negócios, honestamente, ele é o único que se mantém firme aqui em casa.

Eu tenho sido um problema. Sonho com você, todas as noites, passei a me manter acordada, pois sempre acabo acordando todos na casa quando acordo e começo a gritar, ataque de pânico.

É difícil encarar a realidade ao abrir meus olhos, é difícil viver sem você.

Diana, eu queria poder ter ido junto com você, não nada aqui que me faça querer estar viva. Você era a única pessoa por isso, mesmo com você e eu brigando a maior parte do tempo.

Papai diz que devo sair um pouco do quarto, mas eu me recuso. Eu não saio do meu quarto dois meses, fico sentada em minha cama, às vezes na janela, observando como o meu mundo parece tão cinza sem você, e na maior parte do tempo, estou escrevendo para você cartas que você jamais irá ler.

Diana, sinto sua falta.

Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta. Sinto sua falta.Sinto sua falta.

Não sei por quem eu espero quando observo o tempo passar daqui do meu quarto, mas eu permaneço na esperança de que um dia você volte.

Duas batidas em minha porta me fazem levantar a cabeça para encontrar Gideon, a única pessoa que tem tentado me ajudar durante esses últimos meses, mesmo ciente de que eu não estava melhorando nenhum pouco.

Ele me olha com compaixão, e suspira assim que permito que ele adentre meu quarto. Como papai já sabe sobre nós, que estamos juntos, ele parece não se importar com a ideia dele vindo ao meu quarto.

— Olá, querida – ele diz, caminhando até a mesinha onde estou sentada, com suas mãos em meus ombros, ele massageia suavemente e encara a carta na qual estou escrevendo — Outra carta para Diana?

Eu já havia escrito tantas que não cabiam mais na caixinha onde as guardava.

— Sim – sussurro, fechando meus olhos, encosto minha cabeça em seu corpo, fazendo-o como meu apoio enquanto as lágrimas rolam por minhas bochechas.

Gideon afaga meus cabelos, sua mão deslizando por meu braço em uma carícia genuína.

— Você quer sair essa noite?

— Não – nego imediatamente, sentindo-me culpada, acrescento - Me desculpe.

— Está tudo bem, Vivian.

Sorri sem mostrar meus dentes, um sorriso que não alcançou meus olhos.

— Eu sinto muito que você tenha que aguentar toda a minha merda, Gideon.

— Bom, eu sou seu namorado – ele diz.

Suspirando, levanto-me e viro de frente para ele, olhando em seus olhos. Há dias, permito-me olhá-lo com algo diferente, Gideon tem sido paciente, ele tem me ajudado durante minhas crises de pânico e ficado comigo mesmo comigo não fazendo absolutamente nada por nós dois. Inúmeras foram as vezes em que tentei terminar nosso relacionamento, mas Gideon se negou, e algo em mim, mesmo que pouco, passou a olhá-lo com mais carinho.

Casamento por contrato - A verdade por trás dos murosOnde histórias criam vida. Descubra agora