Capítulo vinte e três

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Christopher Lewis

A empresa de meu pai, finalmente, pertencia à mim. Alguns dos meus homens não ficaram felizes por ter que me obedecer, por ter de seguir um homem de apenas vinte anos de idade, alguns ainda me achavam imaturo para o cargo, mas ninguém se ousou a se opor contra mim, tendo em vista que todos me temiam após a notícia de que Christopher Lewis havia matado seus próprios pais ter se espalhado.

Eu sentia os olhares insatisfeitos, e não era tolo, eu sabia que muito provavelmente, alguns deles tentariam me trair, muito em breve. Alguns homens eram leais demais ao meu pai, como os que foram responsáveis pela morte de Diana, que agora, estão mortos.

Viktor me olha, sério.

— Você tem certeza sobre isso? – ele indaga, cauteloso.

— Você parte neste fim de semana, deixo a empresa da Alemanha nas suas mãos, você tomará as rédeas e será meus olhos e ouvidos por lá.

— Como quiser – ele assente — Quem ficará ao seu lado, agora, que você está começando como CEO?

— Tenho Teddy Bummer para ser meu braço direito, é um bom soldado.

— Ele é fiel ao seu pai, não acha que é arriscado?

— Ele também é fiel à mim, já o mandei em algumas missões e vi de perto algumas de suas habilidades, confio nele.

Viktor cruza suas pernas, recostando-se na cadeira e passando a mão em sua barba, pensativo.

— Diga de uma vez, Miles.

— Eu não confio nele, irei observá-lo.

— Como você quiser – digo, me encostando em minha cadeira, na minha mais nova sala como CEO.

— Como anda os negócios com seus novos clientes?

— Aparentemente, bem. Mas ainda é muito cedo para dizermos isso, logo mais terei de marcar alguns eventos e me mostrar alguém confiável.

— E se não conseguir?

Sorrio — Eu sempre tenho tudo que quero. Agora, preciso ir.

— Onde você irá? – ele arqueia uma sobrancelha.

— Irei tratar sobre negócios com um velho amigo – digo, um sorriso pairando em meus lábios.

>>>

De frente para a mansão dos Coleman'S, assobio e levanto minhas mãos para o ar quando os cinco homens de Thiago apontam suas armas para mim.

— Você não é bem-vindo, Lewis – um deles cuspe, e eu o encaro, indiferente.

— Vim para falar com Thiago Coleman, passe o recado – dou um passo à frente, inclinando minha cabeça para o lado quando todos os homens me ameaçam com suas armas, todas apontadas em minha cabeça, arqueio uma sobrancelha e digo — Gosto quando sou bem recebido.

Um deles fala no rádio, provavelmente com Thiago, e depois diz — O chefe vai recebê-lo, vamos levá-lo até seu escritório, e é bom não tentar nada.

Estreito meus olhos, vendo o homem me olhar sem vacilar. Se eu quisesse, já teria os matado, mas estou aqui em paz.

Assentindo, sigo os homens pelos longos corredores da mansão, parando abruptamente quando passo pelo salão de estar, vendo Vivian e Gideon, ambos sentados em um sofá, ela parece quieta, e ele acaricia seus cabelos. Travo o maxilar, a raiva me consumindo para ir até lá e matá-lo, mas, não é assim que as coisas aconteceriam.

Casamento por contrato - A verdade por trás dos murosOnde histórias criam vida. Descubra agora