Casamento por contrato - A verdade por trás dos muros

Capítulo dezessete

Christopher Lewis - vinte anos de idade

Do outro lado da linha, ouço Diana dizer alguma coisa, provavelmente dando uma ordem para algum dos soldados que estavam a ajudando na organização do casamento.

Isso me faz rir, a mulher era durona.

— Por que me ligou? alguma emergência? – ela indaga, parecendo ocupada.

Suspiro devagar, não havíamos conversado desde que parti para a missão, e agora que tínhamos a concluído com êxito antes do prazo esperado, estávamos voltando para casa daqui há dois dias.

Eu havia montado a equipe perfeita, Hawk, um dos meus melhores homens no combate corpo a corpo, Lucien, um dos meus melhores atiradores, ele tinha um domínio especial com facas e todo tipo de armas, e Miles, o psicopata que eu precisava para torturar nossos inimigos.

E eu, a junção de todos eles juntos.

— Terminamos a missão, estamos partindo para casa daqui há dois dias.

Ela permanece em silêncio, o que me faz continuar.

— Gostaria de saber se você está afim de ver o meu rosto, ainda é cedo desde a nossa última conversa.

— Vou me casar com você, não é como se eu fosse poder ignorar esse fato – ela suspira, tentando manter seu tom calmo — Christopher, são apenas negócios.

— Você sabe que não, eu quero cuidar de você, Diana.

— Isso é só culpa no cartório – ela diz, impaciente do outro lado da linha — Isso só está assim porque eu tive que ser mulher o suficiente para confrontar você para ouvir a verdade, quando ela tinha que ter vindo de você por você ser leal a mim.

— Vou considerar isso como você não querendo ver meu rosto ainda – comento.

— Que escolha eu tenho? – ela larga o que parece ser uma colher e respira de forma trêmula — Quando foi que eu tive uma escolha?

— Diana, eu não sei o que dizer para você me perdoar.

— Apenas volte para casa – ela diz depois de um tempo — Estou cansada demais para brigar novamente.

— Depois do nosso casamento, quero levá-la para Itália. O que você acha?

— Já visitei algumas vezes, é bom.

— Diana, quero morar em Itália – digo sério — Mas primeiro preciso saber se você aceita morar em Itália comigo.

Um minuto de silêncio.

— Mas você gosta daqui – ela diz.

— Eu quero recomeçar com você, Diana. Quero começar o nosso nós de uma maneira que não a machuque, eu prometi não te machucar mais, e assim irei fazer.

— Posso pensar um pouco?

— No seu tempo – digo calmo, ouvindo-a suspirar baixinho.

Diana Coleman - vinte anos de idade

Desligo a chamada com Christopher e levo a mão ao meu peito, fechando meus olhos quando sinto meu coração acelerado com sua proposta.

Não era justa que meu coração ainda respondesse tão bem por ele depois do que eu havia descoberto.

Ter noção de que o homem pelo qual eu sou apaixonada ama a minha irmã mais nova quebrou algo em mim, algo que eu jamais achei que pudesse ter novamente ou que restasse em mim.

Meu coração.

— Senhorita Coleman – um dos guardas me chama, olhando para ele, digo cética.

— O que você quer?