Montserrat
Termino de arrumar minha mala e confiro se não deixei nada para trás. O frio na barriga era inevitável. Estava ansiosa. Hoje pela noite iríamos para Dubai.
Deixo tudo limpo e organizado no meu apartamento. Alina virá para cuidar do lugar em minha ausência.
— Mala, ok. Passaporte, ok... O que mais? — pergunto à mim mesma, olhando ao redor com a mão no queixo. — Ah, minha necessaire. Que cabeça essa minha!
Vou até o banheiro onde já tinha preparado minha bolsa de sobrevivência. Deixo tudo no canto do quarto.
Ouço a campainha e já sei que é Alina. Vou atender a porta e eu a recebo com um abraço aconchegante.
— Que bom que veio, Alina — disse feliz em vê-la.
— Não te deixaria na mão, minha querida.
Dei espaço para ela passar. Nos sentamos no sofá da sala.
— Como se sente, meu bem? — perguntou com um ar maternal que eu tanto gostava.
— Muito bem. Estou empolgadíssima. Os únicos países que conheço é Espanha e Romênia. Imagine só. Dubai!
Dei um pulinho de empolgação no sofá.
— Espero que aproveite bem, e que seu chefe não cobre muito de você — segurou minhas mãos, olhando-me com ternura. — Naquele dia que você foi assaltada e que ele te encontrou, não sabe o quanto agradeci aos céus por isso. Não pude acreditar que te passou algo assim, filha — colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
Disse à Alina – em relação ao incidente no metrô com Laura – que eu sofri um assalto ao sair pela manhã bem cedo. E que eu havia ligado para Vladimir, para me socorrer. De jeito algum pude lhe contar a verdade. Não quero que Alina saiba desse mundo e que corra perigo assim como eu.
— Oh, Alina. Aquilo já passou. Já faz mais de mês. Venha — levanto segurando sua mão —, me ajude a me arrumar. Não sei com que roupa ir.
Subimos as escadas para o meu quarto. O apartamento era como se fosse uma grande sala, com compartimentos coligados. Apenas separado por uma escada e meu quarto logo acima. Como um flat.
Ela foi até meu guarda-roupa e tirou varias peças. Sentei-me na cama e deixe que escolhesse.
— Não creio que lá faça tanto frio, mas leve casacos por precaução.
— Não se preocupe, já cuidei disso.
— Aqui. Experimente esse.
Me mostrou um vestido social, colado ao corpo.
— Ok. Vou tomar um banho e já volto para o pôr.
Tomei um banho bem quente para relaxar. Coloquei o vestido e um salto fino. Olhei no espelho e não estava desrespeitoso. Ia até um pouco acima dos joelhos e deixava as curvas do corpo evidentes. Me virei para Alina e ela aprovou a vestimenta. Tudo já estava pronto. Agora era só esperar o motorista.
— Querida, é melhor jantar antes de ir. Venha, vou fazer uma janta espetacular.
Alina se direcionou para a cozinha, eu a segui. Era tão bom tê-la por perto. Sua preocupação comigo era tão espontânea. Eu realmente me sentia sua filha.
— Eu sempre costumava a cozinhar para minha família — falou arregaçando as mangas e mexendo nas panelas. — Meu marido e minha filha — sorria ao falar deles. — Eles amavam e diziam que eu era a melhor cozinheira.
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Império - Trono de Sangue
Vampire"Nunca imaginei que minha vida fosse mudar tanto. Da água para o vinho. Pois, foi quando ELE apareceu... Aquele vampiro que me fez temer e pensar que eu não viveria mais. Sua aura hipnótica fazia-me vê-lo como o pior monstro. Suas ações e maldades e...