18 ▪︎ Carícias

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Montserrat

Segui ele até fora da casa. Chegamos na plantação de uvas, onde tinham vários corredores dela.

— Aqui é uma vinícola — disse Vladimir, andando calmamente na minha frente, com as mãos para trás. — Minha mãe que a fez.

— Eu acho esse lugar incrível. Longe do centro e todo o estresse. Um lugar mais fresco e saudável. Bem vívido e calmo — revelei. — Eu gosto.

— Eu vejo que você e minha mãe tem muito em comum. Me lembra ela.

Parou em frente a uma videira e pegou uma uva. Virou-se para mim e colocou bem em frente a minha boca. Fiquei o olhando, mas entendi o que quis fazer. Deixei que ele colocasse em minha boca.

— Existem trabalhadores diariamente cuidando da chácara. Além de termos uma vinícola particular, também encomendamos os melhores vinhos.

Ele se virou e continuou a andar. Chegamos perto de uma casa de tijolos, com uma enorme porta de madeira. Vladimir a abriu e eu me surpreendi ao ver vários barris, estantes de vinhos prontos. Um lugar bem grande, com luzes amareladas.

— Aqui fabricamos e armazenamos os vinhos — Vladimir disse ao passar por mim. — Gostaria de experimentar?

— Bom, eu... não costumo beber, mas acho que seria uma boa experiência.

Ele andou e parou em frente a um barril. Pegou uma taça que estava de ponta cabeça em uma estrutura acima. Colocou o vinho e veio me entregar.

— Veja se lhe agrada.

Eu cheirei e tinha um cheiro doce, um pouco forte. Mas era bom. Dei um gole e o líquido pareceu arranhar minha garganta, pareceu um remédio bem ruim. Mas depois de mais dois goles me acostumei ao gosto e queria mais.

— É... bom! — confessei.

Ele retirou a taça da minha mão e tomou o resto do vinho.

— Está quase bom.

— Acho que você é um pouco exigente — eu disse, cruzando os braços.

— Eu gosto de entregar tudo do bom e do melhor. Para as pessoas entenderem que meu trabalho é perfeito. Apenas isso. Venha comigo.

Percebo que ele é um pouco distante. Eu estava com uma vontade estranha. Aquele beijo que ele me deu, ainda está bem nítido na memória. E foi muito bom. Gostaria de experimentar de novo.

Olho aquele homem andando imponentemente na minha frente e minha vontade é de agarrá-lo. Deus, o que estou pensando? O que está havendo comigo? Me desconheço. Quando foi que eu me tornei essa mulher tão maliciosa? Ele para de andar e fica de frente para mim. Sua beleza me deixa presa. Seus lábios bem desenhados e vermelhos, bem convidativos. Eu gostaria muito de adentrar minhas mãos em seus cabelos sedosos. Segurar, apertar, seus músculos.

Ele falava algo relacionado às garrafas de vinho na prateleira, mas eu estava mais interessada em admirar sua beleza. Sem me dar conta, com passos bem lentos e fixa em seus olhos, cheguei mais perto. Parecia que havia alguma venda em mim. Parecia que eu estava fora da realidade. Cheguei bem perto do seu corpo e pousei minha mão em seu peito. Levei a outra para seu braço. Ele parou de falar e ficou me encarando de cenho franzido. Era tão alto que eu tinha que erguer bem os olhos.

— O que está fazendo, senhorita Versace?

— Silêncio — eu disse, colocando o dedo indicador sobre seus lábios. — Não quero que diga nada. Apenas... aproveite o momento.

Segurei em sua gravata vermelha, e o trouxe para mais perto de mim. Juntei nossos lábios, suavemente. Ele segurou em minha cintura e logo contribuiu com o beijo. Era tão bom. Parecia que nada mais estava a minha volta. Um frio na barriga me fez contorcer. Eu gemia de tão prazeroso que era. Ouvir o estalo de nossas bocas, era uma melodia tão luxuriosa que me senti em pecado. Mas eu não me controlava no momento, nem queria. Me separei, um pouco ofegante, e segurei em sua mão. O guiei até uma mesa próxima e me sentei nela. Ergui o vestido até altura das minhas coxas e segurei em seus quadris, o trazendo mais para mim. Ele apertou minhas coxas e senti uma eletricidade passar por minhas pernas.

Império - Trono de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora