— Apresse-se, menina! — meu chefe exclama, chamando minha atenção. — Os clientes estão reclamando!
Peguei as bandejas nas mãos. Fui rápido entregar os pedidos. Atendi aos novos clientes e fui para a cozinha entregar ao chef.
Há uns sete meses trabalho aqui nesse restaurante popular da Romênia. O salário não é muito, mas dá para pagar o aluguel e alimentação.
Ultimamente, tenho andado tão cansada. São horas de trabalho e horas extras. Feriados são meus pesadelos. O restaurante fica tão cheio que só paramos tarde da noite. E o bônus que ganho é pouco. Eu tentei procurar outro emprego, mas sempre requer curso superior. Pelo visto continuarei aqui. Não tem jeito.
— Por que está parada aí? — meu chefe chega batendo palmas e chamando minha atenção. — Circulando. Chegou novos clientes.
— Sim, chefe. — Apenas saí rápido.
Não posso perder esse emprego. Então evito o meu chefe ao máximo. Ele é muito rude e carrancudo. Só esse mês, despediu três funcionários que não agiram de acordo com suas regras.
Vou até a mesa onde estão os clientes e tiro meu bloco de notas.
— Olá, boa tarde. O que vão querer almoçar? — pergunto educada e sorridente. Esse era meu costume.
Um dos homens me olha por muito tempo, chega a ser desconcertante.
— Eu vou querer à moda da casa. O prato tradicional — um que olhava o cardápio, faz seu pedido.
— Okay... — anotei. — E aos outros dois cavalheiros?
— O mesmo do dele — o outro falou.
— Tudo bem. E você, senhor? — perguntei ao homem que não parava de me olhar.
— O mesmo do deles também. Mas, sabe? Também gostaria de desfrutar de você. O que acha de se encontrar comigo hoje à noite, gatinha?
Na mesma hora, senti minhas bochechas fervilharem. De vergonha e de raiva. Como uma pessoa dessa me faz uma proposta tão indecente? Eu fui criada em um convento e sempre aprendi que essa devassidão é algo a se repudiar. Não podia acreditar que esse homem me viu como uma mulher que aceitaria tal insanidade. Ofensa. Foi o que senti.
— Desculpe, senhor. — Sorri sem graça. — Não faço parte do cardápio. Por favor, se me der licença, preciso confirmar seus pedidos.
Quando me virei e me coloquei a andar, senti uma mão envolvendo meu pulso.
— Oh, minha cara. — Virei-me ao homem que não me deixava ir. — Não seja difícil. Mulheres do seu tipo só querem uma coisa. E isso eu posso lhe dar. Não é nada que você não tenha feito antes. — Tentei puxar meu pulso, mas ele apertou mais ainda.
— Deixe-me ir! — ordenei séria.
Ele me puxou para mais perto de si. Estava sentado, mas levantou-se e ficou bem próximo a mim. Seus amigos apenas riam da cena deprimente. Coloquei minhas mãos em seu tórax para evitar que chegasse mais perto. Ele segurava minha cintura e tentava chegar próximo do meu rosto.
— Não se faça de difícil, vagabunda. Você quer.
O que esse homem tinha? Por que não entendia que eu não queria nada com ele? Por que ele tinha que me agarrar à força?
— ¡Suéltame, desgraciado! Aléjate de mí, suéltame — pelo desespero, falei em minha língua natal aos berros.
Ele não me soltava e eu via as pessoas nos olhando, mas ninguém se manifestava para me ajudar. Eu tentava socar seu tórax para que se afastasse de mim. Em uma brecha que vi, dei um tapa em seu rosto, imediatamente, me soltou e eu me afastei. Ele me olhava incrédulo e massageava seu rosto.

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Império - Trono de Sangue
Vampire"Nunca imaginei que minha vida fosse mudar tanto. Da água para o vinho. Pois, foi quando ELE apareceu... Aquele vampiro que me fez temer e pensar que eu não viveria mais. Sua aura hipnótica fazia-me vê-lo como o pior monstro. Suas ações e maldades e...