36 ▪︎ Lua de mel

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Montserrat

Estávamos na festa que acontecia na mansão. Logo mais, partiríamos para a lua de mel, na qual Vladimir me oculta o destino. Apenas para me deixar ansiosa.

— Filha, venha. Dê-me um abraço — Alina veio.

— Como estou aliviada, Alina. Obrigada por estar aqui e ser meu apoio quando mais precisei. Não sabe o quanto a amo e agradeço aos céus por tê-la em minha vida.

Ela se emocionou. Me abraçou de novo e falou:

— Estou feliz por você. Te quero como uma filha. Também é muito importante para mim, tudo o que quero é te ver contente.

— Olá — Vladimir chegou perto de nós.

— Olá, meu genro. Felicidades.

— Agradeço a você, Alina, por sempre estar aqui quando Montserrat precisou. Ela a aprecia muito — falou, calmo.

— De nada, filho. Eu amo Montserrat como se fosse minha própria filha.

Uma vampira, que certamente fez amizade com Alina, lhe chamou atenção. Vladimir se virou para mim.

— Prepare-se. Iremos viajar.

— Para onde vamos? Vamos, Vlad, me diga! — choraminguei.

Ele, sem expressão, falou:

— Ainda não é o momento. Não seja afobada.

Cruzei os braços e fiz bico, indignada. Ele saiu da minha atenção e uma vampira se aproximou. Era loira, muito bonita.

— Olá, noiva — enfatizou ao me evocar. — Espero que esteja curtindo sua festa.

— Sim... estou. Obrigada — desconfiei. — Quem é você?

— Humpf, sou a amiga daquela que seu noivo matou. Laura. Me chamo Karina Krakowski.

Um nervosismo me subiu. O que ela fará? Vi Eron Beauvoir se aproximar e brutalmente envolver a cintura da vampira.

— Nem pense em fazer uma cena, Karina — falou sério.

— Solte-me, Beauvoir. Não tem nenhum tipo de intimidade comigo — ralhou entre os dentes.

— Mas sei que é da laia de Laura.

Finalmente ela se soltou.

— Lorde Eron, que bom vê-lo.

Lorenzo veio e ficou ao meu lado.

— Não digo o mesmo, Barone.

Os dois pareciam se fuzilar com o olhar.

— É feliz ao lado da noiva que me roubou? — Eron pareceu alfinetar.

— Muito feliz, eu diria.

Se aproximaram mais. Karina parece ficar nervosa e veio para meu lado. Senti a aura deles pesada.

— Se ambos, Barone e Beauvoir, estragarem minha festa — Vladimir surgiu tão rápido entre eles que nem vi. Ele segurava na nuca dos dois, fortemente — não respondo por mim. E não assustem minha esposa — seus olhos por segundos ficaram vermelhos, olhou profundamente ambos. — Estamos entendidos? — eles engoliram em seco.

— Sim — responderam ao mesmo tempo.

Vladimir agora passava a mão nos ombros de ambos.

— Só estávamos — iniciou Eron — relembrando o passado.

— Sei que a ligação de Melina aconteceu com Lorenzo quando ainda estavam noivos, Eron. Mas é hora de perdoarem-se. Às vezes, seu par pode estar tão próximo quanto imagina. — Olhou disfarçadamente para Karina. — Se me deem licença, temos uma lua de mel para ir — veio até mim, segurei sua mão. — Desfrutem do resto da festa.

Andamos para dentro da casa. Meus sogros estavam lá.

— Está tudo pronto — disse Malthus. — Podem ir.

Apenas tomei um banho e vesti um vestido social. Nos despedimos de todos e fomos para o aeroporto. Entramos no avião particular. Sentei na poltrona em frente a Vladimir.

Vladimir

— Esse seu mistério me mata. Para onde vamos? — ela perguntou.

— Sua impaciência é impressionante.

— E sua paciência é SURREAL. Como é POSSÍVEL?

Cruzou os braços, indignada. Olhei minuciosamente. Já não tínhamos mais restrições, a qualquer momento posso tê-la.

— Venha, sente-se aqui.

Indiquei meu colo, mas ela olhou assustada e com o rosto vermelho.

— Que isso, Vlad? Ainda não é os finalmente.

— Não vou fazer nada. Não se preocupe, eu não mordo — disse, cinicamente, a olhando perverso.

Ela deu um sorriso de lado e veio.

— Para provar que você não me intimida, estou aqui — cruzou as pernas. Passei a mão por elas.

— Você é tão inocente. Não sabe como essa sua atitude me deixa.

— E como... te deixa? — se inclinou mais, passando o braço pela minha nuca.

Não respondi, mas demonstrei. Beijando seu pescoço, mordiscando e chupando. Isso a fez arfar e gemer.

— Dessa mesma forma.

Falei, a olhando travesso e com um sorriso de canto.

— Você é muito manipulador e perverso, Vladimir.

Dessa vez, ela que o fez. Beijou meu pescoço, mordeu e chupou. Uma eletricidade subiu por meus nervos. Inevitavelmente, segurei sua bunda, apertando com força.

— Arh — gemeu.

Parou e me olhou. Sem dizer nada, segurou meu cabelo e tomou meus lábios. Ela estava com um vestido colado, mas o ergui e a fiz sentar com as pernas em cada lado meu. Sentir apenas um fino pano de renda e a minha calça impedindo de nossos corpos estarem juntos, me causou frustração. Ela me beijava descontroladamente. Sem evitar saltei as presas e a mordi. Seu sangue rápido me preencheu e me excitou. Eu sentia a ligação de corpo fazendo efeito. Era forte. Puxei o zíper para baixo, vi que estava sem sutiã. Insinuei tira o vestido, mas ela impediu.

— Ainda não. — Estava ofegante, com o rosto vermelho. — Não quero que seja aqui nesse lugar, com risco de ser vista por alguma aeromoça ou o piloto.

Me olhou receosa, mas a entendi. Subi seu zíper e ajeitei seu vestido. Eu tentava me recompor.

— Tudo bem — falei.

Ela voltou para sua poltrona.

Essa mulher me deixa louco. E não vou ser bonzinho na cama.

Depois de cinco horas no avião, finalmente desembarcamos na cidade. Entramos no carro e nos direcionamos ao hotel.

— Que cidade é essa, Vlad? É linda.

Olhava através da janela. As casas coloridas, típicas da região. Sabia que gostaria. Chegamos ao hotel. Bem rústico com sua antiga arquitetura. Montserrat olhava tudo admirada. Entramos no enorme quarto luxuoso.

— Vlad, é muito bonito. Vai me dizer onde estamos agora?

Ela olhava a paisagem pela janela. Fui e a abracei por trás.

— Adivinhe.

— Hum, deixe-me ver... Dinamarca?

— Errou feio.

— Hum, Noruega?

— Passou longe.

— Ham, então não sei!

— Tudo bem. Então revelarei — faço suspense. — Estamos em Dublin, Irlanda.

Ela se virou e me olhou com aqueles olhos castanhos tão lindos.

— Se quis me surpreender, conseguiu. Você é demais, Vlad. Nunca imaginei estar aqui, mas já que estou, fico feliz que seja com você.

Nos beijamos em frente aquela bela vista. Pensei que jamais sentiria tal sentimento. Sentimento de finalmente estar alegre.


Império - Trono de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora