- Como assim não vai ter casamento? Minha mãe questiona.
- O que você fez menina?
- Eu? Guincho.
- Aquele filho da puta estava me traindo e eu que estou errada.
- O que você está dizendo Karol.
- A não fodeu. Resmungo e minha mãe faz careta, meus primos estão na porta e devo dizer que Jorge e Gaston estão com uma expressão macabra. Jogo a bolsa em cima da mesa e vou para a cozinha pegar um café e eles me seguem.
- Kaká quer nos contar que diabos está acontecendo?
- Não vou me casar, Jô, peguei o safado me traindo.
- Eu vou matar o filho da puta.
- Nahhh... Deixa aquele imundo pra lá, eu já quebrei a casa dele, esmaguei suas bolas e joguei toda a conta do casamento nas costas dele.
- Essa é nossa priminha.
- Karol. Olhamos para a porta, Michel está ali e só aponto.
- Agora pode matar. Pego meus sapatos e vou caminhando para o quarto, mas ainda posso ouvir seus gritos.
- Por favor, cara, ela precisa me ouvir.
Entro no quarto e vou direto para o banheiro.
Quando saiu minha mãe está ali na minha cama e bate a mão para que eu me aproxime.
- Vem aqui minha pequenina. Faço bico e pulo na cama deitando a cabeça em seu colo e quando pensei que não teria mais lágrimas, olha elas aí.
- Chore meu amor, coloque tudo para fora, amanhã é outro dia e o sol vai brilhar outra vez, você vai ver.
- Eu não consigo esquecer o que ele me fez mãe, nós iríamos nos casar.
- Eu sei meu amor, pensa pelo lado positivo, você descobriu tudo antes.
- Porque tudo de ruim acontece comigo.
- Não diga isso, você é meu amuleto da sorte.
- Se a senhora está dizendo.
- Tente descansar um pouquinho, fechamos a confeitaria hoje.
- Eu vou dormir um pouco, não fechei os olhos a noite inteira.
- Você ficou com Valentina? Faço que sim e ela beija minha cabeça.
- Vai doer, vai demorar mas vai passar, como tudo nessa vida, ele não é insubstituível. Faço que sim ela me entrega uma xícara de chá e logo depois adormeço.Quando acordo sinto meu corpo todo quebrado, como se tivesse sido atropelada, como é possível?
Você dorme para descansar e acorda morta. Que frase essa minha.
Levanto e pego uma calça e o moletom para vestir, amarro o cabelo e coloco meus óculos.
Olho a hora são oito da noite.
- Que diabos tinha naquele chá?
Chego na sala não tem ninguém, vou abrir a geladeira e tem um bilhete de mamãe.
Estou na igreja com Luzinete, preciso orar por você.
Nem toda oração no mundo muda essa sorte maluca que eu tenho mãe.
Desço as escadas e entro no corredor empurrando o portão lateral entrando na confeitaria.
Meu pai ganhou essa casa dos meus avós, e quando resolveu sair do emprego e abrir seu próprio negócio, reformou o local e construiu nossa casa em cima, a princípio era bem pequeno só um balcão com umas cadeiras altas.
Depois que ele morreu, eu e meus primos resolvemos ampliar o negócio, Valentina também participou mas com sua carreira como advogada não sobra muito tempo.
Hoje o mundo dos sonhos é um lugar bem maior, compramos a casa ao lado e ampliamos o salão, temos cerca de cinquenta assentos, uma vitrine gigantesca e uma cozinha muito bem equipada, recebemos encomendas de toda a Roma.
Acho que essa é uma das poucas coisas que deram certo para mim.Eu sabia que estava aqui. Escuto a voz de Gastón, e levanto a cabeça, meu primo mas novo se aproxima e deixa um beijo na minha testa e vai lavar as mãos, estou fazendo a decoração de um bolo.
- Se sente melhor?
- Nada que um cochilo não ajudasse.
- Não precisa mentir para mim sabe.
- Eu sei, só estou evitando pensar tanto, ele não merece isso.
- É por isso que eu te amo sua desbocada.
- Ei, o que eu disse agora. Ele rir.
- Só lembre que estamos aqui para você Kaká sempre. Abraço Gaston e sei que estou em casa, minha família é tudo que tenho, depois que papai se foi, eles foram essenciais para mim e mamãe.Na manhã seguinte acordo com um barulho, desperto então escuto novamente e logo depois barulho de água, levanto para fechar a minha janela e percebo que o céu está cinza e uma chuva forte começa a cair.
É mamãe onde foi parar aquele papo de sol brilhar.
Volto para a cama e tento dormir mais um pouco, sei que estão todos preocupados comigo, eu só preciso de um tempinho.Uma semana depois estou saindo de casa para ir na prefeitura renovar nossa licença, já que Jorge está ocupado com as entregas juntamente a Gastón e Valentina está no escritório resolvendo um caso, entro no carro e vejo uma luz piscando.
Droga esqueci de colocar gasolina.
Ok, busco na bolsa o celular e abro o aplicativo de Uber.
Com tudo certo saiu do carro e fecho a porta quando me viro dou de cara com Michel um olho roxo e flores a dor e a saudade aperta, se me deixo levar pelas emoções vou me jogar em seus braços, mas meu orgulho é muito maior então minha cara de vou arrancar sua cabeça é bem evidente.
- Oi. Não respondo seguro a alça da bolsa.
- Kaká podemos conversar.
- É Karol, e não tenho nada para conversar com você.
- Por favor eu preciso me explicar.
- O que precisa explicar Michel, como seu pau cretino foi parar na boceta daquela mulher, a não espere é sobre a quantidade de vezes que você repetiu o mesmo ato durante esses dois anos.
- Não fale isso, eu a conheço a quatro meses e ela não significa nada para mim.
- Eu deveria está aliviada por isso.
- Por favor amor me perdoa, eu amo você e sei que ainda me ama, volta para mim.
- Ah eu volto.
- Mesmo? Ele sorrir
- Claro que sim, só que daqui a oito meses.
- Co-como?
- Isso mesmo, primeiro eu vou dar pra todos os homens que eu ver na rua, e acho que oito meses é mais que suficiente, então marca essa data no calendário e quando ela chegar você me procura.
- Karol eu espero que esteja brincando.
- Olha bem pra minha cara e ver se estou brincando.
- Bom dia Karol. Felipe chega para trabalhar, a confeitaria já está aberta, tia Luce está na cozinha.
- Oi Lipe. Ele sorrir de volta mas quando vê Michel fecha a cara.
- Tudo certo aí?
- Ah tudo ótimo, melhor agora que você chegou. Ele franze o cenho.
- Sabe depois eu passo na sua casa, o que você prefere preta ou vermelha.
- Karol... Michel range os dentes ao falar.
- Minha boceta fica ótima com qualquer uma mas se você tiver preferência. Felipe cai na risada, pois me conhece muito bem.
- Pare de falar assim.
- Ah que foi ofendi o doutor com meu linguajar é?
- Eu quero a vermelha, aquela bem apertada. Um grito sai da minha boca e uma risada alta também.
- Cala essa tua boca Felipe. Michel ralha.
- Acho que você está no território errado, e se não quiser sair com outro olho roxo é melhor seguir seu próprio conselho e dar o fora, e deixar a Karol em paz.
O carro que pedi no aplicativo chega e olho para ele.
- Michel faça um favor a si mesmo e suma da minha frente.
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Você Chegou
FanfictionMinha vida está melhor que novela mexicana, então se gosta de rir da vida alheia, pega pipoca, dá o play e vem rir da minha suas escomungadas.