Parte 17

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- O que vai fazer Ruggero?
- Eu não sei Mike, ela não quer conversar comigo, nem mesmo com a família, comentou nada.
- Já vi que vai ser difícil tirar a criança dela.
- Como é que é? Eles se viram para mim e o idiota ao meu lado resolve falar algo.
Finalmente.
- Não leve em consideração o que ouviu, ele é idiota.
- Jura? Me diga uma coisa que eu não sei.
- Karol. Ele parece surpreso ao me ver.
- Então aquela montanha, foi você que mandou, era esse o plano?
- Espere do que está falando?
- Não quero perguntas e sim repostas.
- Vamos para minha sala. Olho ao redor tem uma mulher em uma mesa e uma pequena recepção, com algumas pessoas.
Um cara com fones no ouvido vem saindo de algum lugar e para ao me ver ali.
- E porque eu iria para sua sala, se nem queria estar aqui.
- Karol, não banca a garota mimada agora. Cruzo os braços e empino o queixo.
- Está me confundindo com seus empregados queridinho. Dou as costas para ele e o coro de oooooo se faz ouvir.
- Quero todo mundo fora daqui, agora. Escuto ele gritar e pela movimentação fizeram exatamente o que ele disse.
Aperto o botão do elevador.
- Vamos conversar, agora!!! Olho por cima do ombro e o cara que subiu comigo, juntamente ao outro, estão ali sentados na cadeira e sorriem para mim.
- Acaba com ele baixinha. O outro cara que não tenho ideia quem é acaba de falar.
- Mike quer dar o fora daqui, você também Agustín.
- E perder isso, nem morto vou até filmar e mandar para Carolina.
- Eu estou bem arrumado. A coisa me faz quase rir, mas então escuto o blim do elevador.
- Karollll.
- Thauzinho. Ele voa para o elevador e consegue entrar antes que as portas se fecham.
- Você quer parar, porque é tão difícil sentar e conversar, custa muito para você? Ele está de lado, eu continuo de frente para a porta olhando a luz passar de andar por andar.
- Olha aqui você fala baixo comigo. Aponto o dedo em sua direção.
- Eu não te conheço, e nunca permitir que homem nenhum me dessem ordens então, abaixa tua bola.
- Não me conhece? Passamos uma semana conversando...
- Sabe quantos clientes vem ao Mundo dos sonhos e que eu converso, e mesmo assim não os conheço, você não é uma excessão.
- Nosso caso é bem diferente.
- Não temos um caso.
- Não foi isso que eu quis dizer, me refiro ao meu bebê.
- É meu bebê.
- Não, ele meu, foi o meu material que usaram.
- E quem perguntou, é comigo que ele está não com você. Quando me preparo para abrir a porta ele aperta o stop do elevador.
- Faz essa porra abrir. Grito.
- Não, agora você vai me ouvir.
- Eu não quero te ouvir, e tire os brutamontes da minha cola, ou esmago suas bolas Ruggero e não estou brincando.
- Karol para de ser maluca.
- Eu maluca? Estapeio seu peito.
- Você ainda não me viu maluca seu cretino do caralho.
- Karol... Para... Para... Isso dói... Aí....
- É para doer mesmo, abre já essa porta. Desço o tapa nele até que se estica para a porta e aperta um botão.
- Você não pode fugir por muito tempo, uma hora vamos precisar conversar.
- E você não pode achar que comanda alguma coisa aqui, e saber que quer tirar esse bebê me deixa mais certa do que preciso fazer. Dou as costas e vou andando.
- Não... Karol você não pode fazer isso.
Ele segura meus braços antes de chegar ao carro.
- Me solte ou vou gritar.
- Não quero saber se você vai gritar, o que pretende fazer? Ele está bem próximo do meu rosto e grita então grito de volta.
- Não te interessa.
- Eu sou o pai desse bebê. Ele grita de novo e dessa vez vejo o desespero em seus olhos e a coisa me pega em cheio, respiramos os dois de forma irregular.
- Senhor Pasquarelli. Ele vai soltando meus braços e sem tirar os olhos do meu responde.
- Leva ela pra casa Robson.
- Eu não preciso de motorista.
- E eu não perguntei.
- Quer saber, vai se foder.
- Você é muito desbocada.
- E só agora você percebeu? Pego minha bolsa do carro ao invés de entrar dou as costas para eles.
- Karol volta aqui... Karol... Continuo andando, aceno para o táxi e entro.

Apenas bato a porta do carro em frente de casa, escuto uma buzina, estreito os olhos e o montanha lá acena para mim, reviro os olhos.
Só subo direto para casa, depois de um banho, não consigo comer muito, e logo um sono me consome.
Na manhã seguinte acordo suada, e meus peitos doloridos e isso já me deixa com o humor do cão.

Me ajeito, tenho bolos para rechear e decorar hoje, e um bolo de casamento o que me dar mais trabalho.
Assim que entro na confeitaria.
Jorge sorriu para mim e aponta o balcão um buquê de rosas na cor azul.
Fico sem entender e me aproximo.
- Quer um café? Faço uma careta.
- Esqueci desculpe, um yorgut?
- De morango. Passo a língua nos lábios.
- Fascinante vou providenciar, as rosas são para você.
- Muito obrigado Jô. São lindas.
- Não são minhas.
- Mas... Ele já entrou para a cozinha.
Tem um cartão.

Reza uma antiga lenda, uma das muitas lendas que envolvem a bela Rosa Azul, que um sultão queria casar, sua filha, a jovem muito TEIMOSA decidiu confrontar o seu pai, exigindo que só se casaria com um rapaz que oferecesse a ela uma rosa azul. Todos sabiam que isso era impossível, pois rosas azuis não existiam.
Muitos pretendentes tentaram, um deles esculpiu uma rosa numa safira, porém foi rejeitado pela filha do sultão que exigia uma rosa naturalmente azul. Outro pretendente seguindo as recomendações de uma alquimista local colocou uma rosa branca num corante azul para que adquirisse a cor desejada pela menina. A princesa, muito inteligente ao receber a tal rosa, esmagou-a e viu que o seu fundo de pétala era originalmente branco. Este pretendente também foi rejeitado.
Certa tarde a jovem teve a beira da sua varanda, um bardo, um lindo jovem contador de poemas e histórias, pelo qual ela apaixonou-se perdidamente. O casal enamorado decidiu que iria se casar, porém a jovem lembrou-se do que havia dito ao seu pai, que só se casaria com um rapaz que trouxesse-lhe uma rosa azul. Desesperada, desabafou com o rapaz a situação, mas teve uma brilhante ideia.
No dia a seguinte o jovem bardo vai pedir a mão da filha ao Sultão, levando em suas mãos uma rosa cor-de-rosa. O sultão, avisou-o que a jovem não aceitaria, pois exigia que fosse uma rosa azul. Quando a jovem surgiu diante do rapaz, ela muito inteligente, olhou para a rosa e exclamou que nunca havia visto antes uma rosa azul tão linda, e assim conseguiu casar-se com o seu enamorado. O sultão ficou sem perceber nada, mas aliviado consentiu o casamento da filha com o bardo.

Eu sou teimoso, mas conhecer alguém que me supera é impressionante.
Eu só queria ter a chance de me explicar, mas nunca fui um homem que desiste, principalmente por saber que, no meio de toda a minha arrogância e da sua teimosia existe alguém que merece o mundo.
Se cuida Karol e cuida bem do " NOSSO" bebê.
Ruggero.

Nao meu, não seu, nosso.
Tiro os olhos do papel e um suspiro sai dos meus lábios.
Porque mesmo irritada por ele me oferecer dinheiro, e por saber que ele quer tirar o meu bebê de mim, eu continuo admirando esse homem.

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