Você Chegou

Parte 7

- Chefe, Michael ligou, aquela mulher desistiu do processo.
- Ótimo, fale com o pessoal de relações públicas para soltar uma nota sobre o ocorrido, vamos desmascarar aquela cretina.
- Certo. Ruan meu secretário pessoal bate no tablet em suas mãos.
- Tudo certo para a transferência. Informa.
- Você vem comigo, sabe disso, não é?
- Na verdade não. Pensei que iria ficar aqui, já que lá você tem a Érica.
- Érica é mulher, e você sabe o que aconteceu da última vez.
- Érica é casada Ruggero.
- Não confio. Ele rir.
- Tudo bem, vou avisar a minha mãe que estou voltando para casa.
- Você tem direito a um apartamento pela Pasquarelli Hospital se quiser.
- Que maravilha, divertimento mais casa de mãe só tem um resultado. Levanto uma sobrancelha.
- Dor nas bolas. Dou risada e Agustín passa pela porta se arrastando despenteado, com a camisa aberta, e a gravata pendurada.
- Carolina está sugando suas energias, é?
Ruan comenta e ele se joga no meu sofá.
- Ela não consegue dormir e acha que devo fazer o mesmo.
- Foi você quem quis uma mulher, eu te avisei.
- Eu ainda quero, Caro é o amor da minha vida e mesmo não dormindo quero minha vida ao seu lado, vamos ter um bebê.
- Poderia ter um bebê, sem uma mulher.
- Não troco a minha por nada amigo.
- Bom o papo cueca está legal. Mas vou voltar ao trabalho ou chefe me demite.
- Cachorro. Resmungo e ele rir fechando a porta.
- Tudo certo, espero que não tenha voltado atrás, preciso de você em Roma.
- Está louco, Carolina não via hora de voltar.
- Ótimo ao menos em alguma coisa, fiz sua mulher feliz, ela me odeia.
- Ela não te odeia, você que não aceita a verdade.
- Ela quer comandar minha vida, você é o marido não eu.
- É meu melhor amigo.
- Não vou compartilhar sua mulher. Dou risada e ele joga a almofada em mim.
- Estou falando sério, ela só quer o seu bem e se preocupa.
- No fundo eu sei disso, mas não estou pronto para deixar outra mulher fazer parte da minha vida, você sabe.
Ele assente e passamos a discutir os contratos novos.

A noite estou entrando no meu jatinho particular, quando meu celular toca.
- Oi mulher da minha vida.
- Garoto eu vou arrancar suas orelhas, quando não me atender.
- Ué eu não fiz isso agora.
- A lingua também seu atrevido.
- Eu te amo dona Ofelia.
- Sabe como me desarmar não é? Dou risada.
- Estarei em Roma em algumas horas vó.
- Ótimo quero você aqui para o jantar.
Aí está a única mulher em minha vida.
Dona Ofelia, minha avó, é a única que faz as minhas estruturas se abalarem.
Ela fez uma cirurgia a mais ou menos dois meses e não me deixou estar presente pois estávamos no meio de uma transferência, algo que ela sempre desejou, trazer a Pasquarelli Hospital para sua cidade natal.
Meu avô era inglês e fundou a Pasquarelli, quando ele se foi eu como seu único neto e herdeiro continuei o seu legado, e agora realizei o sonho da minha avó.
Quer dizer um dos... O outro ela está tirando meu couro para realizar.
Quer me ver casado e quer um bisneto antes de morrer, faz um drama gigante para isso.
Filho eu posso até realizar mas casar, isso não está nos meus planos.
- Dona Ofelia estou em casa.
- Meu menininho. Ela vem saindo da cozinha com Carmem a governanta e me sinto mesmo um menininho quando seus braços me rodeiam, quando me afasto ela bate em meu peito.
- Aí vó.
- Não mande mais a sua sombra me responder, quando eu ligar quero que transfira imediatamente. Beijo Carmem.
- Tenho certeza que não vai querer que ele transfira sempre.
- Claro que sim, por acaso está fazendo algo de errado?
- Na verdade estaria fazendo algo muito certo, só que a senhora não iria querer ouvir.
- Onde já se viu Carmem, vou arrancar as orelhas dele.
- Vem vamos comer e você me conta tudo.
- Estou faminto. Nos sentamos e passo a contar sobre os novos investimento e como vamos ampliar a sede em Roma.
- E a senhora como se sente?
- Estou ótima.
- Como a foi o pós cirurgia Carmem.
- Fez tudo direitinho.
- Você poderia perguntar para mim.
- Já que me obrigou a ficar lá, e não me ofereceu nenhum detalhe, tenho que perguntar a Carmen, e quero ver seus exames.
- Desde quando os papéis se inverteram?
- Desde que assumi o papel de homem da casa.
- Então homem da casa, já está na hora de formar uma familia, a casa está vazia. Dou risada estava demorando.
- Sua avó tem razão, é hora de se casar e encher essa casa de crianças.
- Vó vou te dar seu neto, só pedir que esperasse um pouco, mas vou fazer.
- Você se apaixonou?
- Não estou dizendo que tenho alguém. Vou ter um bebê, não uma mulher, até porque já fiz a operação vó, mas guardei minhas sementes.
- Mas eu u... A interrompo.
- Não se preocupe, no momento certo vai ter chorinho nessa casa.

Acabo dormindo no meu antigo quarto, olho ao redor e todos os meus troféus e medalhas dos campeonatos de natação em que participei algo que amava fazer.
Nadar, então coloco uma sunga e o roupão e antes de tomar café da manhã com minha avó, resolveu nadar um pouco.

- Eu preciso do telefone da moçinha é urgente.
- Que mocinha?
- Bom dia meu menininho. Fala e me abraça se despede com quem estava falando.
- Então quem é?
- Antes eu era o amor da sua vida e ainda me pedia a benção.
- Dramática dona Ofelia.
- Estou saindo, mas espero pelos seus exames.
- Eu sou avó aqui.
- E eu sou o neto.

Saiu e meu segurança Robson abre a porta do carro para mim.
- Ruan?
- Bom dia chefe.
- Cara pensei que ainda estava em Londres.
- Foi você que disse que me queria aqui. Assinto e ele vai me atualizando.
Fomos direto para a P.S Hospital Day o nosso hospital em Roma para uma reunião com o diretor.

Ele já nos aguardava na recepção, e fomos direto para sua sala.
No meio dos relatórios alguém bate na porta nos interrompendo e já lhe lanço um olhar de que não gostei nada.
- Desculpe senhor, a doutora Bruna está aqui e pediu para falar com o senhor, disse que é urgente e que o hospital está em jogo.
- Quem é essa doutora, e o que o meu hospital tem haver com ela?
- Desculpe senhor. A doutora faz procedimentos agendados aqui, não tenho ideia. Mas se me der licença vou resolver.
- Não. Ele me olha incrédulo e volto meu olhar para a porta.
- Como é o seu nome. A mulher assustada responde Carla gaguejando.
- Mande a doutora entrar.
- Senhor acho...
- Eu não pedi a sua opinião.
Olho para Ruan.
- Vou reagendar a reunião das onze. Assinto ele já está acostumado com o meu jeito de ser.