Parte 29

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Abro os olhos na manhã seguinte, com duas coisas me incomodando.
Uma vontade terrível de comer melancia, e com algo lá embaixo muito quente, sinto a calcinha molhada, que diabos está acontecendo?
Quando olho para baixo tenho um braço envolta da minha cintura, a mão repousando na minha barriga.
Vou seguindo o olhar e viro o pescoço só para sentir, os pelinhos de sua barba rasparem minha testa.
Ofego e levo a mão a boca.
Tento me recompor pois me sinto excessivamente quente agora.
Levanto seu braço bem devagar e consigo me sentar.
Volto meu olhar para ele, que dorme bem tranquilo.
Aproveito para levantar antes que seu despertador o acorde.

- Bom dia, você acordou bem cedo, está se sentindo bem? A voz de Ruggero chega estremecer todo meu corpo e acabo engasgando com a melancia.
Ele corre, e coloca um copo com água em minhas mãos, e toca minhas costas fazendo uma massagem, mas é como se acendesse a brasa porque tenho que fechar os olhos e respirar pela boca.
- Estou bem, eu já estou bem. Ele retira suas mãos de mim.
- Tem certeza? Faço que sim e levo um pedaço menor da melancia bem geladinha a boca.
- Acordei querendo isso. Ele então sorriu.
E a mente já grita um puta que pariu, arranca as roupas dele.
- Vai para o mundo dos sonhos hoje?
- Sim, mas primeiro tenho que passar no banco, Valentina deve está chegando.
Ele não diz nada o que é estranho.

- Você está muito silenciosa. É o que diz Valentina ao entrarmos no banco.
Recebemos uma comunicação de urgência, que o nosso parcelamento da ipoteca foi revogado, ontem tivemos uma reunião com o gerente, no qual enviou outra solicitação e já estou esgotada com tudo isso.
- Só estou cansada de tudo isso.
- Ei você não está sozinha.
- Na verdade eu queria férias. Ela franze o cenho.
- Em um lugar calmo, com o mar na minha frente e o silêncio, somente isso que estou precisando.
- Você está querendo fugir de tudo.
- Estou, olha a bagunça que está a minha vida Valentina, só enfiei os pés pelas mãos.
- Não diga isso.
- Bom dia senhoritas.
- Depois falamos sobre isso. Assinto e ele nos indica as cadeiras.
- Bem nos dê boas notícias. Valentina fala e ele olha para ela confuso.
- Achei que já tivessem boas notícias.
- Como assim, você ficou de fazer outra solicitação.
- Eu não precisei fazer.
- Olha aqui meu senhor, minha vida está muito fodida, precisamos urgente de algo bom nesse caralho aqui.
- Karol não fique nervosa.
- Eu tô calma da licença. Retruco.
- Esperem um minuto, ele coloca os documentos diante da gente.
- O que é isso? Valentina questiona.
- Ótimo se você não consegue entender imagina eu.
- Karol, a dívida foi paga. Olho para ela incrédula.
- Isso é o que milagre? Quem foi o santo?
- Senhorita, essa é toda documentação que vocês precisam, a dívida já foi paga.
Os documentos do local estamos devolvendo a vocês.
- Meu senhor, como isso aconteceu?
- Bem, com dinheiro.
- O senhor acha que eu sou burra? É claro que foi com dinheiro, quero dizer quem pagou? Porque está claro que não fomos nós. Aponto para Valentina e eu.
- Esperem um momento.
Ele então verifica no computador.
- Pasquarelli. È tudo que tenho aqui e o número de uma conta corrente.
- Ruggero. Falo e Valentina olha para mim.
- Foi o Ruggero?
- È o sobrenome dele. Solto um suspiro e fecho os olhos aborrecida.
Quando saímos do banco peço a Valentina que me leve até ele, não posso deixar que interfira nos meus problemas ele já tem muitos.
Chego a sede da Pasquarelli e a recepcionistas me reconhece.
- Você já veio aqui outra vez não foi?
- Sim, eu...
- A noiva do senhor Pasquarelli, claro. Ela sorrir e fico sem saber o que falar, ela me entrega um crachá e me diz para subir.
Saiu do elevador e tem uma mesa, mas ninguém atrás dela.
Fico ali esperando alguém aparecer.
Apoio a bolsa na poltrona ao lado e olho ao redor, o elevador faz barulho então uma loira alta parece modelo sai dele.
Ela me olha de cima abaixo e passa direto para entrar em uma sala, mas se vira para mim e diz.
- Querida, você nos trazer um café.
O que? Estou pronta para retrucar quando a porta se abre e Ruggero a encara.
- Rugge. Ela se joga em seus braços e não percebo que minhas unhas acabam de machucar as minhas mãos, tamanha a força feita para fechar os punhos.
- Sofie o que está fazendo aqui?
- Eu voltei meu amor, você não está feliz em me ver.
- Estou surpreso em te ver aqui.
- Vamos conversar ok, eu vou te contar tudo. Então ela volta a olhar para mim.
- Porque ainda não trouxe o meu café? Então Ruggero me ver ali.
- Karol.
- Não sou sua empregada, você quer um café, vá buscar, suas mãos não vão cair.
- O que? Como ousa falar comigo assim?
Cruzo os braços em frente ao peito e empino o nariz, um cara alto vem chegando, olha para todos.
- Ruan traga um café para Sofie e leve ela até a sala de reuniões.
- O que?
- Karol. Estreito os olhos para ele e então olho de volta para ela e para o tal Ruan.
- Ruan. Chamo e ele me encara.
- Mostre a essa senhora onde fica a máquina do café, ela pode fazer sozinha.
- Quem essa mulher pensa que é Ruggero você vai deixar ela me tratar assim? Olho debochada para ela e depois o encaro, ele engole em seco.
- Como é você vai fazer o que disse, ou vai contrariar a mulher grávida aqui. Bato o pé e a encaro, Ruggero se aproxima de mim deixando ela com o queixo no chão.
- Karol o que está fazendo aqui?
- Quem é essa mulher?
- Ruan leve Sofie para pegar o café dela. Ele fala mas está com os olhos em mim, e tenho que fazer uma força enorme para não rir na cara da jararaca.
Eles saem e meu olhar volta para ele.
- Você pagou algo que era meu.
- Eu paguei.
- Porque?
- Não queria você estressada.
- Eu não estou estressada.
- Sabe mandar alguém fazer o próprio café por exemplo.
- É o mínimo que alguém arrogante pode fazer.
- Tudo bem, o que quero dizer é que já passou por muita coisa, e precisa ter uma gravidez tranquila, sem estresse.
- Ruggero não é um dever seu.
- Tudo que envolve você é um dever meu Karol.
- Seu filho ainda não nasceu Ruggero, você não tem que se responsabilizar por mim, eu não sou...
- Você é a mãe do meu filho Karol, e vou fazer tudo que tiver ao meu alcance para te ver bem, e tranquila e não quero objeções.
- Quem tem o gênio forte agora? Pergunto e ele rir se aproxima e me abraça.
- O gênio forte é seu sempre.
- Nós vamos devolver esse dinheiro.
- Sem problemas, ele vai parar na sua conta mesmo.
Empurro ele de leve, por conta da sua teimosia.
- Você já almoçou? Faço que não.
- Vou resolver uma questão e almoçamos juntos. Fico sem saber o que dizer, então me recomponho.
- Eu preciso ir para o mundo dos sonhos.
- Você me espera ali, almoçamos e eu te levo, pode ser?
- Tudo bem.

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