Parte 35

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Quando acordo no outro dia, me espreguiço na cama e então lembro que tenho companhia.
Ruggero está dormindo, não sei se ele vai trabalhar hoje, ou deixo que durma um pouco mais.
Aliso seu cabelo e deixo um beijo em sua testa. Ele é tão lindo e estou amando cada segundo ao seu lado.
Levanto e vou para o banheiro, depois do banho saiu e ele está passando o braço pela cama me procurando.
- Sentindo minha falta? Ele se vira para mim e sorri.
- Dormiu bem?
- Como uma pedra, que horas são?
- Nove. Ele arregala os olhos.
- Você tem que trabalhar agora?
- Sim, tenho uma reunião importante. Ele se aproxima e me abraça forte.
- Vem para casa hoje. Faço que sim.
Entrego uma toalha a Ruggero e ele entra no banheiro.
Recebo algumas mensagens e pego vendo muitas notificações o que me faz franzi o cenho, alguém marcou em algo, quando abro vejo fotos de Ruggero na porta de um hotel, e a matéria diz que é onde Sofie está.
A pontada no meu coração me deixa em alerta.
Quando ele sai do banheiro, não falo nada, só espero por ele na mesa.
Ele segura minha mão e deixa um beijo ali.
- Preciso te contar uma coisa.
- Essa coisa é importante?
- Preciso que saiba para não tirar conclusões precipitada, quero que isso funcione Karol e vou fazer o impossível para que dê certo. Assinto e espero.
- Sofie está em um hotel, ela teve uma crise e acabei indo até lá, cheguei a chamar um médico para avalia-la porque me assustei.
- O que aconteceu?
- Acho que ela só está querendo chamar atenção, eu quero ajudar, mas não quero me envolver, ela pode criar esperanças onde não tem, o diretor e recepcionista do hotel ficaram comigo o tempo todo, justamente porque eu sabia, que no momento em que vazasse iria sair alguma matéria.
- E saiu. Confesso e ele segura minha mão.
- Não aconteceu nada, eu já liguei para o pai dela vir buscá-la, não vou deixar que nada estrague nossas vidas. Ele acaricia meu rosto e sorrio.
- Tudo bem Ruggero eu confio em você.
Quando descemos Jorge se aproxima e puxa Ruggero para um abraço, os dois engatam em uma conversa, e quando se despede o acompanho até o carro.

- Então é verdade. Me viro ao ouvir a voz de Michel ele está com uma revista em mãos e seu maxilar travado.
- Você estava me traindo e ainda teve coragem de jogar toda a culpa em mim.
- Do que você está falando?
- Você é uma vagabunda mesmo.
- Olha aqui cara, é melhor pedir desculpas agora mesmo, não vou deixar falar com ela assim.
- Ah é? Quem vai me obrigar, a vadia está dando... Ruggero dar um soco na cara dele que cambaleia para trás e leva a mão a boca, então sorrir.
- Michel acho melhor você ir embora. Jorge é quem fala, e Gaston se junta a ele.
- Isso não vai ficar assim.
- Cala a boca seu idiota, o que tínhamos acabou e não quero ver você aqui de novo. Grito.
- Você vai se arrepender Karol.
- Eu já estou arrependida, mas do dia em que te conheci. Então seja homem e vá embora.
Ele vai e solto um suspiro longo.
- Você está bem? Ruggero pergunta e assinto e seus braços me envolvem.
- Mandou bem playboy. Gaston levanta o punho e Ruggero bate no dele.
Ele deixa um beijo em meus lábios e nos afastamos.
- Qualquer coisa me liga.

- Eu pensando que você não daria uma chance ao playboy. Jorge comenta passando um braço sob meus ombros.
- Nem eu. Ele me olha de canto.
- Depois que terminei com Michel, não acreditava que poderia me envolver com alguém tão cedo, mas...
- Você conheceu ele, engravidou e acabou se apaixonando. A coisa me faz rir eles não tem noção do que realmente aconteceu e a loucura maior ainda é essa, estou apaixonada pelo pai do meu filho e não ter sido ele a me engravidar, quer dizer não naturalmente.
Suspiro e faço que sim, odeio mentir para minha família, mas ou é isso ou eles são capazes de matar o meu...
O que somos mesmo? Namorado?

Uma semana se passa e recebo o resultado de alguns exames de sangue que fiz e levo para Bruna.
Que me recebe com um sorriso enorme.
- Como se sente?
- Melhor, os enjoos tem diminuído sabe, mas comecei a acordar durante a noite e levo um tempo para dormir.
- Você tem que relaxar um pouco, porque não faz umas aulas yoga ou meditação?
- Isso não combina comigo, acho melhor o boxe, um saco na minha frente seria melhor. Ela rir alto.
- Não senhora, algo mais tranquilo, que te deixe zen, umas massagens relaxantes.
Reviro os olhos.
- Vamos ver como anda esse neném?
Troco de roupa e quando me deito ela vem com aquele aparelho pequeno e sei bem qual é, fecho as pernas na hora.
- O que há de errado?
- Eu ainda sou, você sabe.
- Virgem? Entao você e o Ruggero não...
Faço que não.
- Tudo bem, vamos para a ultra comum, mas, só para deixar registrado vocês podem, não afeta o bebê. Ela diz e pisca um olho sorrindo.
- Vou deixar anotado.
O som que emite do coraçãozinho é tão lindo que cheguei a pegar o meu celular para gravar.
- Quer saber o sexo?
- Já pode?
- Sim, olha aqui seu mundo cor de rosa acaba de aumentar.
- É uma menina? Lágrimas caem dos meus olhos e Bruna sorrir confirmando.
- Continue com as vitaminas, você está no quarto mês Karol, vamos conversando e qualquer dúvida não exite em me ligar.
- Muito obrigado você é a melhor. Ela me abraça, e saiu do consultório.
Sentada no meu carro, tiro uma foto do ultrassom e mando no grupo da família, o que chove de mensagens curiosas querendo saber o sexo, mas não respondo, tem alguém que precisa saber primeiro.
Olho pelo retrovisor e vejo os seguranças me seguindo, acho que já acostumei ter eles por perto.

Chegando ao prédio da Pasquarelli, Robson vem ao meu lado e mostra o crachá para subir, passo pela pequena recepção onde a garota me lança um sorriso.
Algumas pessoas passam por mim e me cumprimentam como se me conhecesse, e eu correspondo cada uma, seja com um sorriso ou aperto de mão, ou somente um olá como vai, bom dia para você também.
Quando chegamos ao andar, noto a correria, a garota da recepção está ao telefone e o secretário de Ruggero vem saindo de sua sala ao telefone também.
Robson aponta a porta para que eu entre.
- Não tenho que anunciar? Olho para Ruan que ainda não me viu aqui está com o telefone no ouvido e a cara enfiada em um tablet.
Robson sorrir para mim e diz.
- A senhorita não precisa de anúncio, ordem do chefe.
- Então tá me senti importante e só tenho dois euros na carteira. Ele tapa a boca para não rir alto.
- Senhorita Ka... Olho feio pra ele.
- Tudo bem, Karol seu senso de humor era tudo o que o meu chefe precisava. Franzo o cenho e ele faz um movimento com a mão para que deixe pra lá, então caminho para a porta mas ela se abre e um senhor engravatado está olhando para mim.
- Desculpe mocinha, mas estamos em reunião. Ele avisa.
- Ho eu não queria atrapalhar, me desculpe.
- Karol. Escuto a voz de Ruggero, o senhor então empurra um pouco mais a porta.
- Eu volto depois. Falo encolhendo os ombros, porque agora percebi as outras seis pessoas na sala, mas Ruggero já ficou de pé e deu a volta na mesa para me encontrar.
Ele me envolve em seus braços e cheira meu pescoço e sussurra.
- Como sabia que eu precisava de você. Sorrio não querendo dar um gritinho pela emoção.
- Desculpa não queria te atrapalhar.
- Você não atrapalha nunca. Ele lança um olhar de advertência para o senhor engravatado.
- Eu queria te dar uma coisa.
Sua sobrancelha vai lá em cima.
Então tiro o porta retrato da sacola, juntamente com a caixa branca.
Ele olha para mim curioso e segura os dois, vira o porta retrato e seu sorriso se alarga, com a ponta dos dedos ele toca a imagem.
- É o nosso filho. Mordo os lábios.
- Filha. Seus olhos voltam para mim e aponto a caixa, uma lágrima risca seu rosto e ele pega a pequena camisa rosada com as letras "Sono la principessina di papà" o sorriso se alarga.
- Vamos ter uma menina. Faço que sim pois estou igualmente emocionada e ele volta a me abraçar e cola a testa na minha, beija meus lábios e sussurra.
- Vamos ter uma menininha. Mordo o lábio ainda sorrindo e chorando ao mesmo tempo, alguém pigarreia atrás dele.
- Vamos ter uma menina. O pessoal olha para ele sem entender.
- Vou ser pai de uma menina, vocês conseguem entender?
Alguns estão assustados mas o senhor que estava na porta sorrir e dar duas batidinhas em seu ombro.
- Parabéns garoto. Ruggero sorrir o que espanta a todos os outros e me pergunto se isso é normal.
- Pessoal a reunião está encerrada.
- Senhor e o problema com...
- O João vai resolver. Ele olha para o senhorzinho que agora sei o nome que pisca um olho de volta e diz deixa comigo.
Quando todos vão embora ele volta para mim segurando minha cintura.
- Quando ficou sabendo?
- Fui para consulta hoje.
- Porque não me avisou eu iria com você.
- Você estava ocupado aqui.
- Não importa, vocês vem em primeiro lugar, na próxima eu quero ir.
- Tudo bem. Ele se inclina e me beija de novo.
- Hum o que você tem nos lábios, é... Beija de novo chupando meu lábio inferior.
- Eu...
- É uma delícia volta a me beijar me deixando sem fôlego. Um pigarreio atrás de nós e fico vermelha, que chego a esconder o rosto em seu peito.
- Não estrague meu momento, ou desconto do seu salário.
- Ruggeroooo.
- Desculpe chefe mas sua avó está na linha. Ele revira os olhos.
- Nem adianta revirar os olhos é a mim que ela puxa a orelha toda vez que vem aqui por não passar a ligação.
Ele vai para o telefone e me viro para o cara magrelo na porta.
- Oi. Quando ele abre a boca eu já levanto a mão.
- É Karol, somente Karol, nada de senhora, senhorita e...
- Eu estava para chamar de chefinha mas já que insiste Karol está ótimo também. Prendo a risada.
- Então como você se sente? Arregalo os olhos e ele aponta para minha barriga.
- Não a deixe desconfortável. Ruggero fala mais ainda está no telefone.
- Mas, se somos Best Friend Forever, vou contar para ela todos os seus podres. Ele revira os olhos e percebo que afinal eles tem uma amizade.
- Estou bem, estamos na verdade, ela está crescendo muito bem.
- Ela? então temos uma herdeira Pasquarelli.
- Vem sentar um pouco o que posso pedir para você.
- Estou bem obrigado.
- Ah não a mulher do chefe aparece e eu não posso fazer nada por você.
- Tudo bem, mas foi você quem pediu, quero um sorvete de morango.
- Uau.
- Quero ver você se virar nos trinta agora, não vó, Karol está aqui, não tenho nenhuma outra mulher, quer dizer você vai ter uma bisneta.
Ele afasta o telefone do ouvido e podemos ouvir os gritos, Ruan pisca o olho dizendo que vai trazer meu sorvete e aproveito para divulgar a informação que minha pequena bebê está a caminho.

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