Você Chegou

Parte 36

O misto de emoções que me dominavam, eu vou ser pai.
Pai de uma menina. Puta que pariu indo e voltando não tenho a menor ideia porque Karol usa esse palavrão assim, mas a ocasião merece.
E mesmo com o telefonema de Mike avisando que deveríamos estar na delegacia amanhã, não estragou o nosso momento.

Estamos no Mundo dos Sonhos, a família de Karol reunida, sua tia que eu não conhecia, seus primos, mãe e os funcionários também, minha avó apareceu.
- É aqui que vai nascer uma princesinha. Surpreso ao ver Carolina.
- Caroline você está perdida.
- É Carolina cretino. Karol ri ao meu lado e as duas se abraçam.
- Como vocês estão? Escuto Karol perguntar acariciando a barriga de Caro e logo Agustín se aproxima, com Mike e Ruan.
- Karol. Ele chama por ela que sorrir e aceita a sacola que ele estende.
- Coloca no frizer ou vai derreter.
- Umm que delícia Ruan muito obrigado.
Depois das apresentações, nos sentamos todos a mesa, para jantar.
Minha avó passa por mim e põe algo no meu bolso.
- Está na hora de honrar alguém. Ela sussurra e beija minha bochecha.
- Antonela aprovaria. E com essas simples palavras entendo exatamente.
Quando Jorge levanta a taça para propor um brinde eu peço um momento.
- Bem sei que as coisas começaram bem complicada entre nós, e não estou falando somente entre nós. Olho diretamente para ela que aliso o rosto lançando um olhar para Gaston que levanta as mãos.
- Você foi o cara que supostamente se aproveitou da Kaká entenda que mexer com ela é...
- Eu sei. Interrompo.
- E fico muito mais admirado por todo amor e cuidado que vocês tem como família. Olho para minha avó.
- Mas eu queria...
- Ruggero Pasquarelli não invente de pedir minha mão aqui.
- Querida você sabe como estragar meu momento romântico.
- Você pode ser romântico de outro de jeito. Ela diz, todos dão risada e ela então percebe o que disse e rir também.
- Ah com certeza eu vou. A promessa explícita faz seus olhos se arregalarem.
- Mas não iria pedir nada por agora, somente queria agradecer e dizer que nosso compromisso é verdadeiro.
Ela faz que sim.
- Aí playboy mandou bem. Gaston levanta a taça e rir.
- Gaston se comporte ou vou puxar suas orelhas. Isso foi a mãe dele quem disse, parece que acabei de entrar para a família.
- Rapaz o cara chegou agora e já tem defensora.
- Garoto vou arrancar sua língua.

Acompanho Carolina e Agus até o carro, enquanto Karol está se despendido da mãe, Mike desapareceu com Valentina e Ruan saiu com os primos de Karol não sei para onde.
- O que mudou do nosso jantar para hoje, porque se te conheço bem, não foi teatro ali dentro.
- Não, não foi. Respondo a Carolina.
- Eu não sei, mas ela me faz sentir algo que não sentia com Sofie, e isso eu não vou negligenciar.
- É a mãe da sua filha.
- Não é por isso, Karol me ver como Ruggero sem sobrenome, sem dinheiro ou cargo importante, se eu dissesse a ela vamos pegar o metro, e comer na barraquinha de cachorro quente da esquina, ela iria com um sorriso de orelha a orelha, porque para ela não importa o lugar, eu posso falar por horas e ela está ali ouvindo e não me diz o que eu quero escutar e sim o que eu preciso.
Seu olhar pode descifrar minha alma e eu não sei se estou ficando louco mas... Paro para tentar organizar meus pensamentos e Carolina rir cutucando Agus com o cotovelo que apoia a mão no meu ombro.
- Como seu melhor amigo, preciso dizer isso. Cara você está apaixonado e nem se deu conta.
- Apaixonado? É acho que sim. Sorrio.
- E Sofie? Karol já viu as fotos? Faço que sim.
- Vou decidir isso com Karol, não quero ela fora dos meus assuntos, sempre fui muito transparente em tudo na minha vida.
- Isso aí, não tenha medo da sua mulher. Aiii.. Ele resmunga alisando o braço.
- Caramba amor, ele não precisa saber que você comanda.
- Até porque eu já sei, sua cara de idiota responde.
- Ei, ele me dar muito trabalho. Sorrimos e me despeço dos dois.
- E então vamos para casa? Escuto sua voz, ela está parada ao lado do meu carro.
- Pode repetir? Ela franze o cenho.
- O que eu disse?
- Vamos para casa.
- E não é isso que vamos fazer.
- É a primeira vez que você se refere assim vamos para casa, sua, minha, nossa casa. Ela sorrir e suas bochechas ficam rosada.
- Gostei de ouvir. Me aproximo segurando sua mão e deixo um beijo ali, abrindo a porta para que ela entre.
Durante o percurso até em casa, não falamos muito, e nem precisava mesmo em silêncio estávamos conectados.

Depois do banho, me vestir confortável para dormir fui até a cozinha pegar água e voltei falando com Mike sobre o depoimento amanhã, distraído entro no quarto, percebo a luz do closet ligada e não vejo Karol, me aproximo carregando a garrafinha de água.
- Você já está pronta para dormir?
Ela não responde, então tiro a cara do celular e meus olhos acompanham suas pernas e logo o contorno do bumbum em uma calcinha rosa, minha boca se abre em o, ela está de costas mas um pouco de  perfil, olhando pelo espelho contornado a barriga que pouco se vê, os cabelos caindo em cascatas por suas costas o sutiã rosado e a pele branquinha me faz perder o ar dos pulmões.
E como se somente agora notasse minha presença seus olhos me encaram surpresos, penso que ela vai se cobrir, mas então morde a pontinha do lábio e vejo pelo espelho seu peito subir e descer em um ritmo muito alterado.
Me aproximo devagar, estou somente com uma calça, encosto meu peito nu em suas costas e meus braços deslizam por sua cintura.
Karol ofega e seu corpo chega a tremer.
Beijo seu pescoço, e olhando pelo espelho vejo seu olhar quente.
Suas mãos tocam meu braço acariciando e sobe até a minha nuca.
Viro seu corpo para mim, e termino com nossa tortura, encaixando seus lábios com os meus.
E nesse beijo, entendi que era a loucura mais rápida que aconteceu na minha vida, mas estava apaixonado e a mulher na minha frente, me tinha nas mãos.