Parte 14

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Eu tentei segurar, mas já estavam em cima do Ruggero.
Valentina conseguiu bloquear a passagem de Jorge quando percebeu o que o irmão queria fazer, mas Gaston era aquele próximo à porta e deu um soco, o coitado foi pego de surpresa, mas foi rápido ao se esquivar do segundo.
- Que diabos está acontecendo aqui? Ele fala alto.
- Não grite com ela, eu vou partir sua cara seu imbecil.
- Gaston para com isso.
- Cara, eu só tive um dia ruim e ela me ajudou, foram só umas flores. Quando ele se inclina para outro soco seguro seus cabelos puxando com força.
- Porra Karol isso doiiii.
- É pra doer mesmo, seu cachorro, cretino de uma figa. Saiu arrastando ele pelos cabelos.
- Senta aí e caladinho, não quero ouvir um aí nesse caralho.
- Mas...
- Calado, não contrarie uma mulher grávida, já ouviu que posso jogar uma praga em você, e olha que eu faço hein, seu pau nunca mais sobe. Ele cobre o saco e Jorge rir.
- Não tem graça animal. Reviro os olhos e direciono para o homem na porta que está secando o canto da boca, vou até o balcão e pego o pano colocando gelo e me aproximo dele.
- Desculpe por isso, ele às vezes é impossível.
- Eu não quis te causar problemas, me desculpe, seu noivo deve está me odiando.
- Noivo. A confusão em meu rosto é evidente e dou um passo para trás, como ele sabe?
- Então esse mané é o pai do seu filho? Jorge questiona e Gaston está emburrado.
- Não, ele é.. Valentina me interrompe.
- O pai do seu filho.
- Que?
- Era o que eu tinha para contar depois.
- Você... Levanto a mão em descrença.
- Karol eu...
- Você sabia? Sabia quem eu era?
- Essa situação está bem esquisita. Gaston comenta.
- Acho melhor deixar eles sozinhos.
Valentina comenta.
- Eu quero saber o que está acontecendo aqui. Ruggero então olha para Gaston.
- Eu sou Ruggero, desculpe você é o noivo dela. Gaston rir.
- Que coisa absurda. Você pergunta justo pelo corno. Ele franze o cenho e passo a mão no rosto.
- Cala a boca Gaston. Me viro para Ruggero.
- Ele não é o meu noivo. É meu primo, os dois, e eu estava contando a eles da gravidez antes de você chegar.
- Ok, a gente precisa conversar.
- Conversar? Acho que não, você esteve aqui a semana inteira e só agora quer conversar.
- Eu não podia chegar aqui e dizer oi eu sou o pai do seu bebê.
- Você ao menos tentou?
- Várias vezes, mas as palavras não saiam.
- Então esteve aqui outras vezes, isso você não comentou comigo.
- Você conhecia ele?
- Hoje, no almoço. Balanço as mãos nervosa, foi um chock muito grande tudo isso, a confusão só aumenta e acho que vou pirar, dou as costas e todos eles chamam por mim.
- Eu preciso respirar, estou sufocando. Saiu e vou subir as escadas, e minhas pernas perdem o equilíbrio, sinto o corpo pesar e a cabeça girar.
Parece um redemoinho me tragando.
Sinto como se estivesse em queda livre e minha mente um branco total.

- Ela está acordando, aí Graças a Deus.
- Fiquem tranquilos, foi só um desmaio ela passou por muitas emoções e no estado em que está é normal, só peço que diminuam a sobrecarga em cima dela até o terceiro mês passar.
- Terceiro mês de que? Escuto a voz da minha mãe e olho ao redor.
Valentina entende a minha expressão e tira mamãe dali.
- Karol como se senti agora? Bruna me pergunta.
Espere Bruna.
- O que aconteceu?
- Você desmaiou. Olho e Ruggero está ali em pé encostado na parede.
- O que você ainda está fazendo aqui em cara? Gaston fala.
- Opa. Fora. Bruna ordena.
- Mas...
- Fora, já vi que você é o mais esquentado e no momento é o que ela menos precisa então dê o fora daqui agora, e se não sair vou chutar sua bunda.
- Ela tem algum parentesco com você? Queria achar graça mas não consigo e o vejo sair.
Jorge se aproxima e beija minha testa.
- Você está bem? Faço que sim me sentando.
- Desculpe, somos idiotas você nos conhece, quando o assunto é você ou Valentina.
- Eu sei, e vou tentar explicar essa confusão toda, mas preciso resolver algo primeiro. Então olhamos para Ruggero.
- Tudo bem. Ele beija meu rosto e sai.
- Bem vamos a você mamãe, está se alimentando pouco Karol.
- Boa parte do que eu como vai parar na privada. Faço careta.
- Eu  vou trocar o remédio, continue comendo coisas secas, e pouco líquido, não encha a barriga.
- Tudo bem.
- E sem muitas emoções, essa daqui já é o suficiente. Assinto.
- Você já se decidiu?
- Decidiu? O que? Ruggero questiona.
- Isso é um assunto da mamãe aqui.
- Eu sou o pai do bebê. Bruna fica estática.
- Eu ainda não decidi nada. Ela assenti ainda abalada com a confissão, faz mais algumas recomendações e vai embora.

- Sente- se Ruggero esse é o seu nome não é?
- Eu posso não ter falo o que me trouxe de fato aqui. Mas tudo o que falei sobre mim é verdade.
- Então você se transferiu a pouco?
- Sim.
- E como explica o seu esperma no banco do hospital?
- O hospital é meu.
Eu acho que vou desmaiar de novo.
- Karol, desculpe você já passou por muitas emoções hoje.
- Não, eu quero saber, você é dono daquele hospital e mandou fazerem isso comigo, o que eu fiz pra você?
- Calma me deixa por favor explicar?
Faço que sim ou vou realmente desmaiar.
- Eu não conheço você, não sabia quem era até o início dessa semana, não tinha ideia do que tinha acontecido, nem mesmo quem fez o procedimento.
Quando a bomba explodiu na terça, eu peguei sua cartela clínica, e vimos o erro.
- Sim iai?
- Até então não tinha noção que o material utilizado era o meu, só depois que coloquei todo o hospital em investigação foi que descobriram.
Eu recebi a notícia no final da tarde.
Eu precisava te conhecer.
- Porque? Você tem noção do que fez com a minha vida.
- Eu sinto muito, mas não posso controlar tudo, sei que está difícil para você, mas para mim também não está sendo fácil.
Se eu puder fazer algo por você me fale. Eu converso com seu noivo explico a ele que o erro é todo meu e...
- Michel e eu não estamos juntos, não é porque estou grávida de outro.
- Eu pensei que. Nego.
- Ele me traiu.
- Caramba, eu sinto muito.
- Acho que voce já me falou muitas vezes essa mesma palavra.
- Porque realmente eu sinto.
- Ok, sentir muito não vai mudar, não quero ser grossa com você.
- Desculpe. Encosto a cabeça no travesseiro.
- Você quer que eu explique para sua família?
- Não, eu ainda não me decidir e não quero que eles interfiram.
- Você não pode tirar essa criança.
- E você não pode decidir por mim, não foi por minha vontade que ela veio parar aqui. Se ela vai continuar cabe a mim decidir. Empino o queixo e ele fica de pé.
- Não, você não entende. Eu não posso ficar sem esse bebê.
- Isso não é um problema meu Ruggero.
- Olha eu pago a você, eu iria pagar uma barriga de aluguel.
Eu te dou todo suporte, assim que nascer você me entrega e segue sua vida.
Ele fala e já estou com os olhos enormes.
- Fora do meu quarto agora, quem você acha que eu sou.
- Karol.
- Fora... Jorge... Jorge.
- Karol o que houve?
- Tira ele daqui agora.
- É melhor você sair cara. Ele ainda olha para mim e sai.

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