Parte 46

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Estou em pânico, desde que Karol me mandou sair da sua vida.
Suas palavras ainda me causam desconforto, a quem eu quero enganar.
Elas doem pra cassete.
- Ruggero eu preciso arrumar esse quarto, você nunca foi assim.
- Meu quarto não Martinha.
- Mas tem mais de um mês todas essas roupas na sua cama.
- Por favor, não toque nas roupas dela.
Eu era um grande covarde, como podia dormir abraçado ao travesseiro de Karol com suas roupas por toda a cama somente para sentir o seu cheiro ou eu não conseguia fechar os olhos.
Eu fiquei dependente e não tinha ideia.

Mesmo Karol não me querendo por perto, eu conseguia acompanhar um pouco.
Ela estava, preocupando a todos, sempre trancada no quarto, não conversava com ninguém, eu tinha medo que a minha Karol, aquele pequeno furacão estivesse se apagando e a culpa era toda minha.
Depois de Sofie cair da escada, não acreditava que poderia ter sido Karol, ela não faria mal a ninguém, mas fui tão idiota e não medir as palavras e acabei magoando quem eu queria para mim.
A verdade é que descobrir que nunca amei ninguém realmente, pois não sei lidar com o que estou sentindo.
Eu tenho estado com Sofie, esperando que ela se recupere, seu pai vai chegar e quero que leve a filha dele para bem longe de mim.

Sabia que hoje Karol precisaria ir ao consultório, das últimas vezes Bruna foi até ela, pois se recusava a sair de casa, falei com Robson e ele me confirmou que ela estava com a doutora e não perdi tempo, preciso falar com ela, não aguento de saudades.
Eu sabia que seria difícil convencê-la e quando ela passou na minha frente abrindo a porta do meu carro respirei de alívio, Robson sorri para mim por minha pequena vitória e aceno para que ele nos siga.

Depois de acomodarmos um garçom nos trás o menu, e deixo que faça seu pedido para depois tentar conversar.

- Karol.
- Preciso ir ao banheiro.
- Você não está fugindo está?
- A porra da minha bexiga está cheia Ruggero, mesmo que quisesse fugir acabaria mijando nas calças e não estou afim de passar por mais essa humilhação. A coisa me pega em cheio e quando tento argumentar ela já foi para o banheiro.
Quando ela se sentiu humilhada?
Pego meu telefone no bolso e ligo para Carolina.
- Caroline.
- Ruggero eu espero que alguém tenha morrido, seu dindo acabou de fechar os olhos e eu tenho somente vinte minutos até ele ligar a sirene. Seguro a risada com seu mal humor.
- Preciso que me fale umas verdades, só você faria isso.
- Com muito prazer o que você aprontou?
- É a Karol, você sabe ela me deixou.
- Não, você a deixou ir, eu te falei que Sofie não é sua responsabilidade Ruggero, você deixou sua mulher e filha descer daquele carro para ir encontrar aquela idiota, se fosse comigo nunca mais olharia na sua cara.
- Mas... Ela não me disse que ficou chateada com isso ela... Meu Deus Carolina eu só fiquei com medo de Sofie se matar.
- Idai que morra lá, não é nada sua.
Seu idiota essa garota desde de o começo está se sacrificando por você, será que não percebeu isso ainda? Me diga o Sofie fez por você Ruggero?
Nada, Ela te abandonou, te humilhou menosprezou os seus sentimentos foi isso que ela fez, porque é egoísta só pensa em si mesma, bem feito que Karol olhe na sua cara eu faria muito pior.
- Ei você é minha amiga.
- Que adoraria puxar suas orelhas e te colocar de castigo seu mauricinho babaca.
- Aí já é demais está me esculachando. Escutamos um chorinho.
- Meu dindo não gostou de ouvir você me chamar assim.
- Ele vai apanhar também se ficar do seu lado.
- Caroline eu interno você sua louca.
- Tenho que desligar, era isso que você queria ouvir? Que fez merda e que é idiota?
- Bem...
- Corra atrás do prejuízo, mas antes de tudo mande aquela lambisgoia para casa do....
- Rumrum. Pigarreio.
- Desculpa filho mamãe não fala palavrão na sua frente ok, vem aqui...
- Nos falamos depois Rugge, não faça nada estupido.
- Caro.
- Oi.
- Obrigado. Desligo e olho em direção ao banheiro e nada de Karol, então decido levantar e ir atrás dela.
- Karol. Chamo baixinho, empurro a porta e nao a vejo, não tem ninguém ali então entro no banheiro e entro no corredor que dar para as cabines e só tô as forças saírem do meu corpo, ela está no chão.
- Karol.... Karol... Corro e pego e aliso seu rosto ela não acorda e pego ela em meus braços, saindo do banheiro as pessoas ficam alarmadas e os garçons me ajudam.
- Vamos chamar a ambulância senhor.
- Não estou com meu carro, chegaremos mais rápido.
Ele abre a porta para mim, e meu seguranças me ajudam, Marcelo vai para o banco do motorista e entro atrás com Karol em meus braços.

Liguei para o diretor do hospital informando que estava levando a minha mulher grávida de oito meses.
A porta do carro se abriu e vários médicos e enfermeiros já nos esperavam.
Eles levaram Karol para uma sala de emergência e não me deixaram entrar.
- Ruggero. Valentina aparece e se ver o desespero.
- O que eles disseram?
- A Bruna acabou de entrar, ainda não sei nada, ela estava comigo no restaurante, foi ao banheiro e não voltou, eu a encontrei desmaiada, é tudo culpa minha.
Ela toca meu ombro.
- Não fique se culpando de algo que algo que nem sabemos ainda.
- Eu só a fiz sofrer Valentina que espécie de idiota eu sou?
- Não é verdade, Karol estava muito feliz com você, e eu nunca vi minha prima desse jeito.
- Eu fui babaca.
- Isso eu tenho que concordar.
Se você a queria tanto, porque dar tanta importância para sua ex, digo é a mãe da sua filha, a pessoa que você diz amar porque ela teria que aceitar uma ex em sua vida.
E se fosse o contrário, você aceitaria o Michel na vida da Karol?


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