Parte 49

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Sair daquele hospital decidida a dar uma chance ao pai da minha filha, e precisava cuidar de mim também ou minha bebê não estaria saudável como eu pensei.
Por isso estou fazendo sessões com um psicólogo uma vez na semana e ele já me mandou fazer yoga para grávida, ou hidroginástica, que precisava me exercitar, ajudava a alivia a tensão
Ruggero me pediu para voltar para casa, eu irei, mas quando me sentir confortável para isso.
E isso não diminuiu sua expectativa, e nem o deixou desistir, nos viramos todos os dias, não dormimos juntos, ele estava respeitando o meu espaço.
A reforma em seu apartamento finalmente terminou por completo, o que o levou a dizer que precisamos decorar o quarto da neném.
E aqui estou na sede da Pasquarelli para ver o meu, é meu homem e o decorador.
Entro e as pessoas me cumprimentam, a recepcionista fica emocionada e pede para tocar na minha barriga.
Quando chego no andar da presidência, Ruan está ali ao telefone e acena para mim que posso entrar e depois me traz um lanchinho, no primeiro momento olho feio para ele que aponta para minha barriga e sorri.
Bato na porta e empurro.
- Oi. Ele me responde com um sorriso lindo e vem até onde estou me abraçando.
- Isso tudo é saudade?
- Sim, estava pensando em você. Sorrio
- Preciso sentar, estou parecendo uma velha, nossa filha está cada vez mais pesada, e essa forma de baleia está acabando com meu guarda-roupa.
Ele pensa um pouco e logo come a a rir e faço uma careta.

Logo a equipe que Ruggero contratou para decorar o quarto da bebê chega e me empolgo, mas não deixo de ouvir o celular em cima da mesa tocar.

- Você não tem que trabalhar mocinho?
- Estou com vocês o trabalho pode esperar. Então aproxima o rosto do meu mas o celular volta a tocar e olhamos para o mesmo, chego a estreitar os olhos para o nome na tela.
- Eu vou resolver isso. Ruggero fala e só percebo que é o tal pai da mulher com o desenrolar da conversa.
- Sérgio sou eu.
- Estou esperando você vir buscar sua filha. Ele escuta atentamente.
- Sérgio você disse que viria eu não posso e nem vou lidar com Sofie.
Eu nem espero ele ouvir uma resposta, isso é ridículo.
- Já vi que você é muito bonzinho, como sua ex não tem bolas para que eu possa esmagar vou fazer ela sair daqui em menos de vinte quatro horas.
- Amor você não pode se estressar, tem que ficar...
- Estou muito calma Ruggero e se você se meter, eu não entro mais naquela casa. Ele arregala os olhos e fica quieto me observando.
Depois de dar o meu recado e ameaçar arrancar cada fio dos cabelos da filha dele, devolvo o telefone a Ruggero que manda um recado e fico toda boba e orgulhosa do meu homem.
Fico de pé e pego a bolsa.
- Onde você vai?
- Levar aquela criatura no aeroporto.
- O que? Não quero você perto de Sofie.
- E nem eu quero você perto dela iai?
- Karol deixe que eu...
- Você? Não, de jeito nenhum, esperei demais vou mandar ela para casa do caralho de onde ela não deveria ter saído. Vou saindo e dou de cara com Ruan.
- Você mesmo bem na hora. Depois de pedir a passagem para a maluca, Ruan faz chacota da cara de Ruggero, ele poderia ter ficado sem essa, se não fosse tão coração mole.
- Não saia do carro.
- Mas..
- Eu deixei você resolver, mas não deu certo então calado, vamos Robson.
Marcelo fica de olho nele, não o deixe sair do carro.
- Sim senhora.
- Ei eu sou chefe.
- Você já disse não para ela? Aceno que não e ele dar de ombros.
- É a tua mulher chefe, eu não posso dizer que não.
- Ok, mas cuidado e não demore, e tente manter a calma a noss...
- Eu sei, estou muito calma. Dou as costas e troco um olhar com Robson.
Entramos no elevador com o recepcionista.
- Karol, não quero que se estresse lá, precisa tomar cuidado com aquela maluca.
- Robson olhe bem pra mim. Ele me encara.
- Já me viu levar desaforo pra casa, nesse pouco tempo que nós conhecemos?
- Nunca.
- Se ela bancar a esperta eu ainda consigo acertar um socão naquela fuça de patricinha. Ele ri não acreditando muito.

O recepcionista para na porta do quarto e abre, e escutamos sua voz.
- Ruggero é voce? Eu empurro a porta.
- Não é a mulher dele.
- O que você está fazendo aqui, cadê o Ruggero?
- Ele não vem, e estou aqui para te ajudar a fazer as malas.
- Eu não vou a lugar nenhum, cadê o Ruggero, ele disse que vinha.
- Foi mesmo?, sinto muito mas ele não vem, e acaba logo com isso que já ficou feio, seu pai está esperando.
- O que?
- Pois é, falei com ele a pouco tempo. Arrasto a mala que estava no canto e Robson se aproxima para pegá-la.
- Nada de peso. Aponta para minha barriga e reviro os olhos.
- Não toque em nada, eu chamo a polícia.
- Chama, mas cuidado para não ir junto, pois perseguir alguém também é crime.
Ela pega o celular.
- Ruggero precisa Vir aqui, eu vou ligar para ele. Um telefone começa a tocar e abro a bolsa e retiro o telefone de Ruggero.
- Ai garota deixa de idiotice, você vai embora hoje.
- Eu não vou, ele me ama eu sei.
- Não querida ele sente pena de você por tudo o que viveram, aceite que dói menos.
Ela corre para a janela.
- Senhorita não faça isso. O recepcionista corre.
- Não se aproxime ou eu pulo. Ele se afasta.
- E agora Karol.
- Se afastem dela. Eles fazem e eu me aproximo.
- Vai chamar o Ruggero. Faço que não.
- Se ele não vier eu me mato entendeu.
- Então vai fundo, pula.
- Karol. Robson chama.
- Vamos Sofie, ele não vem, o que está esperando, pule.
- Chama o Ruggero.
- Não, já chega de chantagem emocional, você não vai brincar mais com ele, se quer morrer? Vai em frente.
Ela se vira para a janela com o corpo quase para fora.
- Mas antes deixa eu te perguntar uma coisinha.
-O que quer, me deixe morrer em paz.
- Ah eu deixo. Só queria saber se vamos precisar reconstruir sua cara, ou podemos deixá-la esmagada, com seus miolos de fora? Ela me lança um olhar incrédulo e toca o rosto.
- E então como é?
- Eu não... Levanto uma mão.
- Vamos de uma vez Sofie, você sabe que acabou e ainda insiste em algo que não existe, isso não é amor é ego ferido, porque ele sempre esteve aqui esperando por você, mas hoje não.
Se você o ama mesmo deixe-o ser feliz, pois ele está muito feliz e você é só a linda recordação de um amor do passado, não transforme isso em algo assustador, e vergonhoso.
- Ele me ama.
- Ele se preocupa com você, tem um carinho mas não é amor. Ai Eu preciso sentar minhas costas estão me matando.
- Você o que?
- Eu tô grávida. Faço um gesto com a mão, e só agora ela repara a minha barriga e desce da janela.
- É enorme.
- Não me chame de baleia, só eu posso fazer isso. A mulher fica confusa e logo depois começa a chorar.
- É tão lindo. Ela está desequilibrada precisa de ajuda profissional urgente, mas antes de tudo precisa da família dela. Estendo a mão novamente.
- Vem aqui, ela está mexendo.
Mesmo receosa ela vem e deixa que eu leve sua mão a minha barriga.
- Você disse ela? Faço que sim.
- Uma menina, igual ao Ruggero.
- Ou a mim para enlouquecer ele. Ela sorri. Acaricia minha barriga e olha para mim.
- Ele está feliz porque vão ter uma filha?
- Sim, passa horas segurando a barriga, conversando com ela.
- Eu posso imaginar isso.
- Eu sei que pode, mas ele precisa que você esteja bem, não quer vê-la se destruir assim, precisa se cuidar e voltar a ser quem era, voltar a viver.
- Mas eu amo o Ruggero.
- E precisa deixá-lo ir, assim como ele fez com você.
- Não.
- Sim, você amava a sua profissão e ele entendia isso, e te deixou ir, hoje ele ama o que construiu comigo, me ama com jeito maluco e ama esse bebê, e está na hora de voce entender isso.
Você encontrar alguém que te ama Sofie e que vai amar de volta.
- Karol. Robson me chama e mostra o celular de Ruggero o nome do pai de Sofie.
Eu passo o telefone para ela.

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