Parte 43

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Duas semanas.
Duas semanas e nada mudou, Karol continua fugindo e sempre cansada, não sai daquele quarto e eu estou entrando no Pânico.
- Nossa, você está horrível. Palavras de Agustín.
- Obrigado. Ele senta de frente para mim.
- O que está acontecendo?
- Eu sinceramente não sei.
- Karol está bem?
- Ela tem me evitado e não sei o que fiz.
- Ruggero toda essa situação com Sofie pode está deixando ela assim.
- Não acho que seja isso, Karol sabe que não tenho nada com Sofie.
- Ela pode até saber, mas nenhuma mulher aceitaria isso.
- Você acha? Ele não tem tempo para responder porque seu telefone toca e a voz de Carolina gritando do outro lado o deixa em pânico.
- Preciso ir, meu filho está nascendo.
- Eu vou com você.
Levo Agustín até o Pasquarelli hospital onde Carolina está.
- Doutor Pasquarelli. O diretor do reparto de maternidade me cumprimenta.
- Boa tarde, uma amiga está em trabalho de parto Carolina Bernasconi, ele faz um gesto para a enfermeira que prontamente procura o nome de Caro e ele nos direciona até o quarto em que ela está.
- Estou nervoso pra caralho. Agus resmunga.
- Obrigado por ter vindo comigo, não sei se conseguiria dirigir. Dou um tapinha em seu ombro.
- Vai lá. Daqui podemos ouvir os gritos de Caro e no mesmo instante penso em Karol.

Michael chega e tomamos um café até um médico aparecer e avisar que podemos entrar, o pequeno Matteo nasceu.
Entramos no quarto e o pequeno está nos braços do meu amigo, me aproximo de Caro e beijo sua testa.
- Você foi incrível Caroline. Ela revira os olhos.
- Não foi você que pariu para dizer que foi incrivel seu safado, cadê a Karol, ela não responde minhas mensagens o que fez com ela? Olho para Carolina tentando entender.
- Não tem? Ela faz que não.
Pego o pequeno bebê em meus braços.
Acabo me emocionando ao ver a pequena criatura, os lábios juntinhos tão pequeno.
- Ele é perfeito, parabéns amigos. Michael está ao meu lado e sorri também.
- Graças a Deus ele puxou a Carolina eu já estava ensaiando como dizer nossa ele é tão bonito, se ele fosse parecido com Agus. Caro rir e Agustín manda ele a merda.
Ficamos mais um pouco, mas logo Caro adormece e devido ir diretamente para casa quem sabe consigo entender o que se passa com Karol.
Assim que abro a porta escuto vozes na cozinha e antes mesmo de chegar até lá, Valentina vem saindo.
- Valentina.
- Olá Ruggero.
- Voce deve está se perguntando o que estou fazendo aqui.
- Não, você pode vir aqui quando quiser, não só você sua família é sempre bem vinda aqui. Escutamos passos e logo a figura da médica aparece.
- Olá. Sou doutora Bruna.
- Eu sei... Então uma apreensão me toma.
- Como ela está?
- Bem, ainda precisa de repouso, mais algumas semanas e tudo vai ficar.
- Como assim? Valentina pigarreia.
- Precisamos comprar alguma coisa Bruna?
- Não, mantenham o ritmo eu venho na próxima semana.
- Obrigado. Então abre a porta para Bruna e espero por Valentina.
- O que está acontecendo? Ela aponta para o sofá.
- Ruggero a duas semanas Karol foi parar na emergência.
- A duas semanas e eu só estou sabendo disso agora, como elas estão?
- Estão bem, ela perdeu sangue naquele dia, está com um deslocamento de placenta, e tem que manter repouso absoluto.
- Por isso está sempre no quarto, naquele quarto.
- Bem ela não pode ter nenhum estresse, manter a dieta e a medicação, então eu peço que problemas você deixa para depois vamos pensar nelas ok? Assinto.
- Valentina eu não sei o que fazer, ela não fala comigo.
- Porque ela tem medo.
- Medo...
- Você é o primeiro que mexeu de verdade com ela, e logo depois de terminar um noivado onde ela estava segura que iria casar.
Karol não foge dos sentimentos e do que ela sente, mas agora tem algo em jogo e ela está lutando para mantê-la segura, a filha de vocês vem em primeiro lugar para ela, por isso dê o tempo que ela precisa e depois vocês conversam.
- Eu só queria que ela dividisse comigo.
- Acho que você está ocupado demais não acha?
- O que quer dizer?
- Não sei, pense no que está te deixando ocupado ultimamente que não percebeu o que acontecia bem debaixo do seu nariz.
- Você está me culpando, ela poderia ter perdido a nossa filha e eu estou sabendo agora e o errado ainda sou eu.
- Reveja seus atos Ruggero somente isso.
Ela vai até o quarto e eu vou até a cozinha, Marta está colocando um prato na bandeja, tiro o paletó e a gravata e dobro a manga da camisa, deixando um beijo em sua testa que sorri para mim.
- Deixa que eu levo.
Me aproximo e bato na porta, e logo abro a porta, Karol saindo do banheiro, sorrio e ela retribui sentando na cama, apoio a bandeja em suas pernas, enquanto ela come coloco uma mexa do seu cabelo atrás da orelha.
- Como vocês estão hoje?
- Famintas. Ela sorri e bebi um pouco do suco.
- Encontrei a Bruna, e ela me disse que mais algumas semanas de repouso e vocês estarão bem. Ela assente e respiro fundo.
- Porque não me contou? Eu fiquei louco te procurando Karol.
- Você tinha coisas mais importantes para fazer.
- Vocês sempre vão vim em primeiro lugar para mim.
- Acho que não, mas eu não quero falar sobre isso, não agora.
- Eu quero realmente entender o que está acontecendo, mas preciso pensar em vocês primeiro, então vou deixar essa fase difícil passar e então vamos conversar. Ela só acena que sim.

Dois meses depois, chego em casa com Mike que me atualiza sobre o processo, o juiz deu o caso encerrado e estamos livres.
Karol vem saindo da cozinha com a bolsa.
- Uau, quanto tempo eu dormi e essa barriguinha cresceu assim.
Ela sorrir ao ver Michael, e eu fico admirando-a, é verdade esses dois meses foram bem difíceis, Karol precisou de mais tempo na cama, e seu corpo começou a dar sinais, ela estava brilhando, seu sorriso doce, é ainda mais encantador e porra como eu queria toca-la.
Mas a última vez em que a toquei ela se retraiu e eu sabia que não podia força-la a ficar comigo.
- Você viu a garotinha já está crescendo e deixando a mãe em forma de baleia.
- Uma baleia muito linda.
- Não é para você concordar idiota. Ela resmunga para ele e segue para a porta.
- Então não fale que parece uma baleia, a última palavra é sempre de vocês nós só concordamos não é Rugge? Dou de ombros.
- Você está saindo? A Bruna esteve aqui?
- Tudo perfeito por aqui, só não posso exagerar.
- Entendo.
- Alguma notícia do processo? Ela pergunta já dá porta.
- Encerrado. Mike fala sorrindo.
- Maravilha, vida real agora não é mesmo? Bem fui, tenho umas coisas para resolver.
- O que ela quis dizer com vida real, vocês?
- Não sei... Nosso relacionamento era bom, e estávamos bem. Mas aí tudo desandou depois daquele dia na delegacia.
- Mas vocês saíram juntos, o que aconteceu?
- Não tenho ideia.
- Você magoou a Karol.
- Acho que sim, não conversamos, ela se afastou e eu não podia trazer estresse para ela.
- Cara tem algo aí que não se encaixa, o que você naquele dia, tente lembrar.
Eu sabia exatamente o que eu fiz naquele dia, pois fiquei repassando cada momento e na verdade eu sei onde a magooei.

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