Parte 25

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- O que você disse?
- Que poderia vir ficar na minha casa só por enquanto, até resolvermos a questão.
- Ruggero Pasquarelli chamando uma mulher para viver com ele? Carolina alisa a barriga e sorrir sapeca.
- Não venha com esse papo para mim Carolina, ela não é qualquer mulher, é a mãe do meu filho.
- E que você não se sente nem um pouco atraído.
- Não, Agustín tira sua mulher daqui, ela fica tentando entrar na minha mente.
Ele rir.
- Bem amigo, tenho que concordar com Carolina, você está pronto para isso? Quer dizer, você estava há alguns anos atrás. Faço uma careta ao me recordar como fui idiota.
- Não desenterre a bailarina, ela fez o nosso menino sofrer. Carolina resmunga e faz bico, olhando feio para Agustín.
- Vocês querem parar.
- Ok, ela é passado vamos nos concentrar na mãe do seu filho, que a propósito é muito bonita.
- Ela é mesmo... Acabo deixando sair.
- Quero dizer sim é bonita e uma pessoa incrível, mas o foco aqui não é esse, a polícia abriu o inquérito e já estive duas vezes na delegacia para prestar esclarecimentos.
Mike e Valentina reuniram todas as provas que tínhamos e os médicos também foram convocados.
Como eu não seria o único prejudicado, eles teriam suas credenciais canceladas e dariam adeus a carreira, resolveram entrar comigo na minha versão.
Não estou feliz com isso tudo, mas preciso de alguma maneira reverter isso tudo.
E a coisa me faz pensar em dona Ofélia, olha a grande bagunça que você me arrumou.
- Ruggero... Ruggero.
- Ele viajou. Agustín fala rindo.
- Não seja idiota, parece que o mundo está caindo na minha cabeça, olha tudo o que minha avó fez. Suspiro.
- Eu acho que tudo tinha que ser exatamente assim.
- Não fale bobagem.
- Onde você encontraria uma Karol? Ela levanta aquela sobrancelha juntamente daquele olhar desafiador, e paro para pensar um instante.
- Sabe o que acho?
- Não quero nem imaginar. Ela joga o guardanapo em mim.
- Você está com medo, perdeu o controle da situação de novo, e está apavorado, mas dessa vez é diferente.
- É, vejamos porque?
- Porque não pode excluir as pessoas e nem se fechar no seu mundinho de trabalho, isso te deixou assim.
A vida está te dando uma oportunidade Ruggero, agarre.

Não acho que seja isso mas, guardei suas palavras.
Mesmo falando para Karol que seria bom ela ficar na minha casa por um tempo, a coisa está me deixando um tanto nervoso.
Minha avó como prometido, já havia começado a mexer nos dois quartos que eu tinha disponível na casa.
E quando recebi a mensagem de Karol falando que estava indo pra lá, só pedi a Martinha para colocar suas coisas no meu quarto já que a bagunça estava formada do outro lado do corredor.

Minha última reunião foi tão estressante, que meu pensamento era somente um, banho, comer a comida da Martinha e minha cama.
Quando abrir a porta a luz do corredor estava acesa e a tv também, então lembrei de Karol, e não demorei a encontrá-la.
Dormindo no sofá.
Me aproximo e chamo baixinho, mas ela não acorda, então sento na pontinha e tiro a mecha do seu cabelo colocando para trás, chamando novamente.
- Karol... Ei acorde, você não vai dormir aí vai?
- Karol. Chamo novamente e ela parece despertar. Olha ao redor.
- Ruggero. Sorrio.
- Desculpe, eu acabei dormindo aqui e não vi você chegar e eu liguei a tv... A interrompo.
- Ei calma aí, não fique nervosa.
- Eu não estou.
- Está sim, você pode fazer o que quiser Karol.
- Não é bem assim essa é sua casa.
- Sim, e sua também ao menos por enquanto, então pode fazer o quiser, estamos entendidos.
- Mas... Estreito os olhos.
- Tudo bem.
- Ótimo, eu preciso de um banho e podemos jantar, você já comeu? Ela faz que não.
- Vou te esperar. Assinto e vou para o meu quarto.
A mala de Karol está ali, mas suas roupas já estão no meu closet, pego o que preciso e vou para o banheiro.

Quando saiu do quarto com uma calça moletom e uma camisa branca.
Encontrei Karol em pé olhando para a mesa de jantar, ela está com um vestido azul na altura do joelho de alcinhas e não é colado ao seu corpo.
Seus cachos estão embolados no alto da cabeça e alguns caem em cascatas mesmo que presos, e ela está descalça.
- Você parece pensativa. Ela dar um pulinho.
- Você me assustou. Ela fala e olha de relance para mim.
- Desculpe. Falo rindo e paro ao seu lado, ela então volta a me olhar.
- Porque está me olhando assim?
- Assim como?
- Não sei, só é...
- Eu não encontrei os talheres, você pode pegar? Ela me interrompe e assinto e mostro a ela onde fica.
Nos sentamos para comer, e confesso que a coisa era estranha, nós éramos estranhos um para o outro.
- Como é ser um CEO? Ela pergunta e franzo o cenho.
- Digo, a responsabilidade é grande, era isso que sempre quis para sua vida?
- Desde quando era criança, eu cresci dentro daquela empresa.
Admirava meu avô, e me preparei para isso, não sei explicar direito eu só queria fazer. Ela sorrir.
- Acho que está no caminho certo.
- Porque diz isso.
- Seus olhos. Minha expressão é confusa.
- Eles brilham quando você fala do que gosta.
- E como sabe disso?
- Toda vez que fala do bebê e da sua avó, seus olhos brilham e agora. Ela aponta para como se dissesse a conversa.
- Entendi, e você percebeu isso nesse meio tempo em que passamos juntos.
- Eu não gosto de falar com pessoas que não me olham no olho, não sinto confiança, e sou uma ótima observadora então.
- Então ótima observadora, o que quer fazer na sua primeira noite aqui. Falo estamos levando os pratos para a cozinha.
- Primeiro preciso de um banho, mas não sei onde colocaram minha mala, e depois podemos ver um filme, uma série não sei, o que você gosta de ver?
Paro olhando para ela, e percebo que não faço nada disso.
- Não tenho ideia.
- Como assim?
- Eu nunca fiz nada parecido? Ela franze o cenho.
- É sério? Faço que sim.
- Está bem, mostra onde estão as minhas, coisas e depois eu te apresento o mundo dos filmes. Reviro os olhos e seguro sua mão levando-a até o quarto.

-Desculpe mas dona Ofélia resolveu reformar os quartos, então restou o meu, você pode usar o banheiro, suas coisas estão no closet.
- Não quero tirar seu espaço, posso vir quando terminarem.
- Não se preocupe com isso, do que precisa para o filme?
- O controle da tv. Ela rir e faço uma careta.
- Ha e pipoca.
- Ok pipoca.

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