Parte 40

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Confesso que estava inquieto, mas isso não era porque o hospital estava sendo investigado e sim porque a mãe da minha filha estava dentro de uma sala sendo interrogada.
- Não precisa ficar nervoso, já passamos por interrogatórios como esses antes de nos saímos muito bem.
- Não estou preocupado comigo. Mike olha para mim com a sobrancelha levantada e logo em seguida para a porta, aponta abre e fecha a boca.
- Você gosta dela. Ele diz.
- É acho que eu gosto mesmo.
- Você acabou de concordar comigo.
- Sim. Um sorriso repuxa seus lábios e a porta se abre, fico de pé imediatamente.
Me aproximo e a envolvo em meus braços.
- Você está bem querida?
- Estou. Ela fala baixinho e seguro seu rosto.
- Estou bem.
- É a sua vez Ruggero. Valentina avisa e olha para Mike.
- Ele é um pau no cu, não deixe que se alargue.
- Você o conhece bem hein. Mike debocha.
- Defendi a mulher dele no processo de divórcio mas antes disso fizemos  faculdade juntos. Mike arregala os olhos.
- Vocês eram amigos? Ela revira os olhos.
- Demos uns amassos, mas quando se trata de mulher, traição e filhos eu piso na cabeça até dos meus amassos.
Ele fecha a cara e olho para Karol.
- Acho que estamos sobrando aqui. Ela sussurra e sorrio me inclinando e deixando um beijo em seus lábios antes de entrar.

- Senhor Pasquarelli. Ele diz e estende uma mão para mim.
- Doutor Ramires.
- Ronda. Cumprimenta Mike.
- Sentem-se por favor.
- Já ouvimos a sua noiva e agora quero ouvir o senhor.
- A senhorita Karol relatou que estava noiva antes de se envolver com o senhor.
- Não entendo porque o relacionamento antigo de Karol tenha algo com esse processo.
- Foi algo muito rápido só queríamos entender.
- Doutor Ramires fomos chamados aqui por conta de um processo, estão investigando uma denuncia contra o hospital, a vida privada dos meus clientes não entra em questão, estamos aqui para esclarecer o ocorrido do hospital. Mike que fala não dando espaço para objeções.
- Tudo bem, senhor Pasquarelli, o senhor   em comum acordo com a senhorita Sevillafazer o procedimento de inseminação.
- Sim, meu desejo era ser pai, e da Karol ter uma família, encontramos um no outro o que procuravam.
O único erro do meu hospital foi no preenchimento da cartela, ela deveria ser única ou ser assinada pela paciente duas vezes.
Já fizemos uma reunião com todo o pessoal e obviamente o responsável já foi advertido.
- Advertido? Ele questiona.
- Por mim demitiria todos, não trabalho com erros, mas o senhor conheceu minha noiva, ela não quer tirar o sustento de um pai de família, por conta de uma assinatura, e me fez prometer não demitir ninguém.
- E o senhor prometeu?
- O senhor tem filhos doutor?
- Tenho, mas não estamos falando de mim.
- Iria contra a sua mulher grávida.
- Entendi, quero a relação dos funcionários naquele dia e do responsável pelas cartelas, vamos ouvir a todos.
- Por mim tudo bem. Mike abre a pasta e ele fica surpreso por já ter tudo em mãos.
- Queremos que esse caso se resolva o mais rápido possível, a Karol está grávida e não quero minha mulher em uma delegacia nem passando por estresse, o senhor entende não é?
- Perfeitamente. Nos despedimos e saiu da sala.
Nem falo nada só pego a mão de Karol e a incentivo a andar, pego os oculos escuro no bolso e ponho.
- Ruggero espere.
- Quando estivermos no carro. Falo e sei que devo ter assustado ela pelo meu tom de voz.
Paramos na porta da delegacia porque está cheio de jornalistas.
- Ruggero uma declaração por favor.
- Senhorita Karol uma palavra.
Meus seguranças fazem um caminho para nós e abraço o corpo de Karol espero ela entrar no carro.
Apenas entro nem espero ataco seus labios, beijando sua boca com se fosse o ar que eu precisava para respirar o que é louco, porque estamos sem fôlego.
Encosto minha testa na sua.
- Desculpa por tudo isso, você não tinha que está aqui no meio dessa confusão toda. Ela sorrir e acaricia meu rosto.
- Não se preocupe com isso, vamos consegui ok? Faço que sim e a beijo novamente.

Nos afastamos por conta do celular tocando.
- Oi Ruan.
- Estou tentando falar já algum tempo.
- Estive na delegacia o que é tão urgente.
- Sofie, ela está atrás de você.
- Você fez a transferência que pedir.
- Sim, mas Ruggero essa mulher está louca. Desligo e procuro o número no meu telefone.
- Rugge é você?
- Sim sou eu, o que você quer?
- Eu te liguei mais cedo, sua noiva não falou, não é ? Ela quer separar a gente, eu preciso de você Rugge.
- Sofie, não sei em que idioma te ho que falar com você...
- Ruggero eu não vou suportar ficar a você, não consigo viver, eu...
- Calma Sofie, não fale assim, eu vou ver você ok. Desligo e Karol esta olhando para a janela.
- Ela ligou mais cedo. Falo.
- Sim, estávamos dormindo, e não falei porque realmente esqueci.
- Tudo bem, eu preciso ir vê-la, te deixo no mundo dos sonhos.
- Não, eu fico aqui. Ela responde e não olha para mim.
- Karol, entre eu e Sofie não existe mais nada.
- Tudo bem.
- Querida você... Ela não deixa que eu termine.
- Marcelo.
- Sim senhorita Karol.
- Pode me deixar aqui.
- Aqui?
- Sim, obrigado.
- Karol eu posso levar você.
- Não é preciso, eu me viro. Ela são do carro sem que eu possa impedir.
Pego telefone e chamo Robson.
- Leve a Karol, fique de olho nela, não a deixe sair sozinha.
- Pode deixar.
- Vamos para o hotel no centro Marcelo.
Ele me encara pelo retrovisor, como se esperasse que eu mudasse de idéia.

- Rugge você veio?
- Estou aqui, Sofie onde está sua mãe?
- Ela deve chegar em breve.
- Sofie, eu preciso que entenda, nós já passou eu tenho uma vida agora.
- E eu não aceito, nós temos que ficar juntos, sempre foi assim, Ruggero se você não ficar comigo eu vou morrer, eu não vou suportar.
- Não fale isso, por favor. Ela me abraça e não sei como sair disso tudo.


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