- Ela está acordando. Escuto longe.
- Karol. Abri os olhos vendo o teto branco.
-Karol. Um toque em meu braço e vejo a doutora Bruna.
- O que está acontecendo? Olho ao redor e mais quatro médicos, o som vindo do monitor me chama atenção, são dois batimentos cardíacos, levo minhas mãos a barriga.
- Sua pressão baixou e acabou desmaiando.
- Ruggero.
- Ele está lá fora em tempo de derrubar o hospital, vou avisar que acordou. Assinto.
- Mas precisamos conversar, você precisa se alimentar melhor, estamos na reta final, ainda bem que a queda não trouxe consequências.
- Eu me senti muito mal, tudo rodando e me sentei no chão.
- Garota esperta, bem vamos fazer seu noivo entrar.
A porta se abre e ele está ali com os olhos vermelhos o cabelo despenteado e o blazer pendurado no braço, mesmo que esteja uma bagunça ainda é uma visão e tanto.
- Só precisamos fazer com que se alimente bem e mantenha a pressão no lugar.
- Seu almoço mocinha. Ela aponta para o lado e faço uma careta.
- Bom vou deixar você e volto daqui uma hora para ver como está. Assinto e eles vão embora.
Ele está parado ao lado da porta me encarando, morde o lábio e franzo o cenho quando vejo a lágrima rolar por seu lindo rosto.
- Ruggero. Sussurro e ele fecha os olhos e quando abre passa a mão tentando conter todas elas que não param.
Meu coração se aperta e levanto a mão.
- Vem aqui. Ele sorri fraco e se aproxima, sentando na poltrona ao lado da cama, toco seu rosto.
- Não chore, estamos bem.
- Me perdoa Karol, me perdoa amor eu não coloquei vocês em primeiro como disse e quase perdi as duas, por favor me perdoa. Fico sem reação.
- Quando eu te vi naquele chão, senti meu mundo cair. Seguro sua mão e aliso seu cabelo.
- Ei, vamos ficar bem ok? Ele faz que sim.
- Vem cá. Ele encosta a cabeça em meu colo. Ficamos em silêncio, ele com os olhos fechados e a bochecha vermelha do choro, sentir todo aquele desespero em seus olhos, quebrou algo dentro de mim.
A porta se abre e a doutora Bruna volta e Valentina entra com ela.
- Olha eu ainda estou muito nova para morrer de infarto ok, podem parar as duas. Sorrio e ela se aproxima.
- Doutor Pasquarelli posso falar com você rapidinho.
- Claro. Ele olha para mim e assinto.
- Você está bem? Suspiro.
- Estou. Mas...
- Você ama esse homem Karol, é loucura então pouco tempo? É. Mas ama e nada nem você mesma vai poder apagar assim. Ela estala os dedos.
- Eu só quero preservar a bebê e não ter complicações. Ela sorri.
- Ela ainda não nasceu e você já é uma mãe coruja. Mas, precisa se cuidar.
- Estou tentando.
- Não estou falando ao fisicamente.
Karol você se fechou naquele quarto e passou os últimos três meses ali, isso não te faz bem.
- Eu não quero falar sobre isso Valentina.
- Viu só, precisa falar sim, ou não vai suportar.
- Eu não estou depressiva Valentina.
- E quem disse que está? Ela levanta a sobrancelha.
- Você sempre foi a chata da família.
- E você a idiota. Dou risada alto.
- Eu entendo que vai proteger ela a qualquer custo, mas eu vou proteger você e já que não quer se abrir comigo, vai fazer isso com um profissional.
- Valentinaaa.
- Nem vem com essa de Valentina, tenho certeza que seu homem vai concordar comigo.
- Eu não tenho... A porta se abre e meus olhos já estão nele, que entra com uma rosa vermelha em mãos, meu ar sumiu dos pulmões.
- Não tem, não é?
- Eu... É... Tento responder, mas seus olhos estão nos meus me roubando o fôlego, me embebedando e me fazendo apaixonar. Outro suspiro.
- Vou pegar uma água de repente deu um calor aqui.
- O que?
- Nada já volto.
Ele se aproxima com a rosa em mãos e segura a minha.
- Vê essa pequena rosa, pode sentir o quão macias são as pétalas. Toco e nossos dedos se encontram, nos olhamos por um segundo e o vejo engolir em seco.
- Ela é delicada e frágil, mas seus espinhos existem, é sua maneira de se defender do mundo.
- Que lindo, você entende muito de rosas. Falo pela quantidade de rosas que ele me enviou quando nos conhecemos e cada uma tinha um significado diferente.
- Meu avô era apaixonado e tem um roseiral em nossa casa e eu cresci no meio delas.
- Obrigado. Levo a rosa ao meu nariz e seu perfume me faz sorri.
- Você é como ela.
- Como essa rosa.
- Como um botão de rosa, linda, delicada. Ele beija minha mão.
- Ruggero.
- Eu so Quero uma chance Karol, estou pedirdo sem você amor.
- Cara você está tornando as coisas bem difíceis para mim. Sorrio e encosta a testa na minha.
- Desculpe mais não vou desisti assim tão fácil, não posso eu... Eu quero você, sinto tanta saudade, não durmo, não consigo comer pensando se você está bem, meu trabalho está uma merda pois tudo que quero é correr para você... Eu...
- Ok.
- O que? Seco as lágrimas que rolaram por seu rosto e acaricio seu rosto.
- Tudo bem, mas eu tenho minhas condições.
- Você está falando sério?
- Sim.
- Amor você pode pedir o que quiser, a única coisa que me importa é está com contigo.
- Tudo bem, eu só quero que nossa filha possa nascer sem complicações.
- Você ficando comigo eu...
- Eu não vou para sua casa Ruggero.
- Mas...
- Não, eu já te disse preciso está tranquila e não vou assistir você sair atrás daquela mulher e me deixar.
- Eu não vou fazer isso.
- Eu acho bom, pois tenho amor as minhas mãos e não quero quebrar você. Ele arregala os olhos mas estou seria.
- Isso é uma ameaça.
- Sim. Ele rir e me abraça, afaga meu rosto.
- Você já acabou suas exigências.
- Quero ela fora da sua vida, não amanhã ou daqui um mês, de preferência agora.
- O pai dela vem busca-la.
- É, quando? Ele fica em silêncio.
- Viu, acho que eu vou ter que despachar esse projeto de macumba errada.
- O que?
- Nada, então vai se comportar?
- Sou todo seu baby do jeito que você quiser. Sorrio.
- Posso te beijar agora. Faço uma cara pensativa e ele enfia uma mão no meu cabelo trazendo meu rosto para perto e ataca meus lábios, e aí que delícia, como senti saudade do seu gosto, do seu cheiro e dos seus lábios.
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Você Chegou
FanfictionMinha vida está melhor que novela mexicana, então se gosta de rir da vida alheia, pega pipoca, dá o play e vem rir da minha suas escomungadas.