parte 50

152 18 1
                                    


Meus olhos estão grudados do outro lado do vidro, esperando Karol passar por aquelas portas, escuto o clic e a porta do carro vem travada, levanto a cabeça e encaro Marcelo que levanta o celular.
- Ordens da chefe. E aponta para fora, tento abrir a porta.
- Abre essa porra Marcelo.
- Não posso chefe, ela avisou que você iria querer sair.
- E deixar a minha mulher juntamente a louca da Sofie no mesmo carro.
- Robson está com ela Ruggero e vamos acompanhar o carro, você só precisa confiar. Fecho os punhos, porque concordei com essa maluquice.

Observo o carro estacionar e Robson descer, segurar a porta e estender a mão, a primeira a sair é Sofie e logo depois Karol, as bagagens são retiradas, eles entram no aeroporto, e ...
- Abre essa porta.
- Ruggero.
- Isso é uma ordem Marcelo.
- Não faça isso, ela tem tudo sob controle.
- Eu não vou estragar os planos de Karol.
- Então não desça.
- Eu preciso descer.
- Você é tão teimoso quanto ela. Ele diz e abre a porta, e não perco tempo, entro no aeroporto e os vejo entrando no elevador, subo as escadas e mantenho distância até o momento em que param diante do portão de embarque.
Sofie está diante de Karol, levanta a mão e parece receosa em tocar sua barriga, mas Karol sorri e leva a mão até o local e as duas se encaram, Sofie sorri, fala algo e logo depois acena para ela seguindo o portão de embarque.

- Qual a parte de fica no carro você não entendeu mocinho. Ela fala e suspiro aliviado por não está chateada.
- Vocês estão bem? Karol me abraça encostando a cabeça em meu peito e a envolvo em meus braços.
- Agora estamos.
Ela me conta tudo o que aconteceu no quarto com Sofie e que o pai ligou no momento certo para o meu telefone.
- Para onde você quer ir? Pergunto e deixo um beijo em sua mão.
- Agora, nós vamos para casa, não é filha?Engulo o nó em minha garganta, noites sem Karol estão sendo difíceis, tenho roupas suas espalhadas por toda a cama, e nem com seu perfume tão perto consigo dormir direito.
- Tenho certeza que papai está com muita saudade. Ela solta o que me faz levantar a cabeça e encara-la, que sorrir lindamente para mim.
- Vocês... Nós vamos pra casa?
- Marcelo vamos pra casa pede para Martinha preparar um macarrão com camarão ao molho branco por favor. Ela pede.
- Certo chefinha.
- Meus pés estão me matando. Resmunga.
- Vou te fazer uma massagem querida, sou muito bom com as mãos.
- Eu sei que é. Ela solta e depois rir ficando vermelha.
- É, pretendo fazer bom uso delas hoje em você. Sussurro em seu ouvido.

- Martinha. Karol entra chamando por Marta que aparece no corredor e cobre a boca, chorando vem abraçar a linda mulher a minha frente.
- Minha menina, que saudade senti de vocês. Marta acaricia a barriga onde minha princesinha está.
- Como vocês estão?
- Famintas.
- Ótimo, vamos para a cozinha. Karol sorrir batendo palmas.
Nos sentamos e ajudo Karol que resmunga.
- Ruggero eu consigo fazer sozinho, estou grávida não inválida.
- Shiu. Você ficou muito tempo longe, será que eu posso te mimar um pouco?
- Rum rum. Marta pigarreia.
- Então mocinho será que posso arrumar seu quarto agora? Engulo a saliva.
- O que você aprontou.
- Nada. Marta estreita os olhos para ele.
- Ruggero o que você fez, quem eu vou ter que matar?
- Oh não querida, nada disso, ele não seria capaz de algo assim, estou falando das suas roupas.
- Minhas roupas? Confusa ela me encara.
- Martinha pode colocar as coisas da Karol no lugar.
- Ótimo. Ela sai e me viro para Karol.
- Você arrumou as minhas coisas, tinha certeza assim que eu não voltaria? Sorrio e ponho uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.
- Não querida, suas roupas estão na minha cama.
- Não estou entendendo.
- Eu nunca dividi minha vida com ninguém Karol, nem mesmo com Sofie.
E quando você se foi, eu senti tanto a sua falta, o dia inteiro mas a noite.... A noite era a minha inimiga e o seu cheiro nos lençóis era o que me fazia adormecer, mas com o tempo ele se perdeu, e eu busquei refúgio. Encolho os ombros e ela fica em pé com uma expressão confusa que se afasta e sei exatamente para onde foi e suspiro audível sai dos meus lábios, levanto também mais fico na sala olhando a vista da cidade escutando sua voz surpresa e logo escuto seus passos.
- Ruggero.
- Eu... Eu não sei explicar o porquê, eu só... Não conseguia encontrar as palavras para explicar porque a maior parte das roupas dela estavam espalhadas pela minha cama.
Karol me encara com um pequeno sorriso nos lábios e aponta para o sofá.
- O que?
- Sente agora mesmo, não consigo pular em você com essa barriga. Foi impossível não rir.
Sentei e ela sentou em meu colo, com uma perna para cada lado, com uma mão alisava meus cabelos e meu rosto.
- Você é lindo sabia?
- É?
- Sim muito lindo, e você não tem que me explicar, foi a sua maneira de me sentir perto, eu também tinha a minha. Minha sobrancelha foi lá em cima.
- Só por acaso assim eu posso ter roubado uma ou duas camisas suas. Estreito os olhos e ela rir sapeca.
- Quero dizer que eu também sentia sua falta e muito, principalmente quando ela não me deixava dormir a noite, sentindo falta da sua voz. A voz dela embarga e acariciando os dois a barriga.
Volto a olhar Karol e beijo seus lábios.
Não com a fome que sentia dela, Ms com carinho, aproveitando cada respiro seu. Sua boca macia, seu sabor sendo novamente gravados na minha memória eu a amava e tinha completamente certeza disso.

Entrei no quarto, almoçamos juntos e precisei atender uns telefonemas, agora estava procurando Karol, escutei uma música vindo do banheiro e parei na porta ao vê-la na banheira.
Eu tinha ouvido quando ela pediu a Marta para encher a banheira e ligar a hidromassagem, ela sentia muitas dores nas costas por conta da gravidez.
- Então mocinho. Ela levantou uma perna e massageando.
- Vai ficar aí só olhando, ou quer um banho com massagem e algo mais. A voz rouca não me passou despercebido.

Você Chegou Onde histórias criam vida. Descubra agora