Parte 13

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Estava a todo vapor terminando o último bolo, que me tomou uma boa parte do dia, já que precisava entregá-lo ainda hoje.
- Karol você está aqui? Escuto a voz de Felipe, e lavo as mãos, saindo do laboratório, passando pela cozinha chegando ao balcão.
- Ah oi não tinha te visto.
- O que aconteceu?
- Chegou para você. Ele aponta, no balcão tem um buquê de flores brancas , me aproximo e o cheiro não é enjoado , muito pelo contrário me faz relaxar.
- Quem mandou? Pergunto a Felipe e ele fecha a cara na hora.
- Vou quebrar a cara daquele playboy se aparecer aqui.
- Que? Você nem... Ele me interrompe.
- Kaká, ele te fez sofrer, podemos não ser da mesma família, mas você é como uma irmã para mim. Sorrio porque ele está me protegendo e segundo porque é do Michel que está falando e não do... Aí deixa pra lá.
Vejo um cartão pendurado ao buquê e pego.

Sabia que flores brancas, trasmite paz, pureza e inocência, já as flores de Jasmin transmitem não só isso. Elas tem o poder de te fazer relaxar, e acho que encontrei uma flor que tem uma semelhança com você.
Obrigado Karol. Por me fazer sentir isso.
Ruggero.

Sorrindo como uma boba que não percebo os três chatinhos na minha frente.
- Quem te mandou flores? Jorge pergunta e Gaston cruza os braços.
- Oxe e desde quando eu pergunto onde enfiaram o pau, mas me veja.
Felipe se acaba de rir.
- O buraco onde eu enfio não é da sua conta mocinha. Gaston responde.
- Você acaba de responder a sua própria pergunta.
- Nem vem, pode começar a falar quem é o cara.
- Ninguem que você conheça. Ele está cutucando as minhas flores.
- E da aqui as minhas flores. Paro antes de sair do balcão.
- Gente eu nunca ganhei flores, isso é épico.
- Mentira seu José, está sempre trazendo flores para você e Valentina. Reviro os olhos.
- Seu José, me poupe Jorge, aquele velho safado. Resmungo.
- A última vez que ele trouxe, achei que a Kaká iria enfiar no rabo dele. Eles dão risada e aproveito para escapar e subo as escadas, pego um jarro e coloco as flores e levo para o meu quarto depositando em cima da escrivaninha perto da janela.
- Um que lindo, flores de Jasmin.
- Você conhece mãe?
- São flores que te trazem paz, serenidade, boas vibrações. Sorrio pensando no cartão que ele escreveu, minha mãe se aproxima e cheira as flores. Mas então se volta para mim com uma carranca.
- Foi o Michel que mandou?
- Não.
- Ainda bem. São muito lindas para jogar lá embaixo.
- Essas vão ficar por aqui.
- Acho ótimo, você precisa de um pouco de paz, depois de tudo. Sorrio fraco.
- Querida você está bem? Te vejo sempre cansada, um pouco pálida e não vem se alimentando direito.
- Está tudo bem mamãe, eu só preciso de um tempinho. Ela me abraça e me sinto uma garotinha.
- Sua mãe ainda está aqui, para te defender com unhas e dentes, e sei que você sempre foi a mais valentona de todos nós, mas nos deixe cuidar de você dessa vez. Acabo chorando, esses hormônios estão acabando comigo.
Choro até pro vento.
- O minha pequenina vem aqui. Ela me abraça forte.
- Obrigado mãe.
- Eu sou sua mãe, e faria de tudo por você. Assinto e fomos almoçar, como Bruna me instruiu nada de comida com caldo,tudo bastante seco para se acomodar no estômago.

A tardinha, quando despertei, fiquei um pouco na cama me virei de barriga para cima, apoiando a mão em meu ventre, engolir o bolo na garganta.
- Você está aí bebê? Desculpa pela indecisão, eu não quero te causar nenhum mal, você não merece isso.
Sei que essa decisão pode mudar a minha vida, mas esse bebê não pediu para vir ao mundo.
É tudo tão confuso para mim.

A noite estou voltando da entrega do bolo, quando recebo uma mensagem de Gastón.
Estamos te esperando para conversar.
Desligo o carro e preparo para entrar.
- Ei mocinha. Valentina me chama.
- Porque recebi mensagem do Gaston, aconteceu alguma coisa?
- Ele sabe. A loira arregala os olhos.
- Me pegou vomitando as tripas. Ela respira fundo e entramos.
Jorge está sentado com o computador, com certeza olhando o faturamento.
Gaston vem da cozinha e sorrir quando nos vê ali.
- Então conseguimos produzir bem essa semana, levantamos o dobro da semana passada.
- Isso é bom. Respondo me sentando.
- Bem, já que estamos aqui, vou direto ao ponto, antes que o Gaston arranque meus cabelos. Ele faz uma careta e tenho a atenção de Jorge.
- O que está acontecendo? Ele olha para cada um.
- Porque tenho a sensação de que só eu não sei.
- Jo, não era para ninguém saber, não agora.
- É mais eles sabem.
- Não leve isso para o pessoal, eles souberam por puro caso, mas não consigo esconder por muito tempo, algo de vocês.
- Fala de uma vez Karol.
- Eu estou grávida.
- O que?
- Isso aí, estou contando, mas ainda não me decidir.
- Espera aí. Você está me dizendo que está grávida, que ainda não sabe se vai ficar com o bebê?
- Isso, quer dizer, uma parte minha quer a outra não tanto.
- O Michel sabe disso? Faço que não.
- Se eu pego aquele desgraçado ele me paga.
- Não tem porque envolver o Michel, ele não é o pai.
- Foi daqui que paramos, vamos quem é o pai? Encolho os ombros e Valentina segura minha mão.
- Como assim ele não é o pai? Jorge questiona e Gaston imenda.
- Me responde uma coisa, isso foi antes ou depois do Michel? Agora é que vem a pior parte.
- Antes.
- Puta que pariu, você traiu o bunda mole primeiro.
- Agora chega, deixem a Karol falar, e depois preciso contar algo também, mas primeiro ela.
- Eu espero que você também não esteja grávida agora Valentina, um bebê por vez aqui. Ela rir e manda a língua pra ele.
- Eu descobrir que estou grávida de oito semanas ou seja dois meses, e sobre o pai do meu bebê, ele... A porta se abre nos fazendo olhar para ela. Já que o local está vazio e pela hora já devia ter fechado.
- Oi, desculpe, ainda está aberto? Sorrio de lado.
- Que porra você está fazendo aqui atrás da Karol? Então os olhos dele crescem ao ver Valentina.
- Ei calma aí. Para que eu fui abrir a boca, os meninos já levantaram com tudo para cima do pobre coitado achando que ele era o pai do meu bebê.

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