Parte 26

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Sair do quarto dele, vestida em uma calça legging e uma camiseta.
Ruggero estaba sentado no sofá com uma vasilha de pipocas em mãos.
- Então achou alguma coisa para assistir? Ele se vira na minha direção e seu olhar passa por todo meu corpo e cai nos meus pés.
Seus lábios se transformam em uma linha fina.
- O que é tão engraçado?
- Suas meias laranjas com esse ursinho aí são o ponto forte da noite.
- Você está com inveja das minhas meias.
- Ah sim, onde comprou não tinha um tamanho para mim. Empurro seu ombro e sento ao seu lado, que me entrega o controle.
Entro no app e começo a passar os filmes, decidir por um de ação.
O filme começou e Ruggero estreitava os olhos as vezes e em algumas sorria, em certo momento eu pausei o filme.
- Você realmente nunca fez isso? Ele confuso.
- Isso o que?
- Assistir um filme, ir no cinema? Ele nega.
- Eu nunca fui muito voltado para tv parava para assistir um futebol somente.
Voltamos a assistir o filme mas em certo momento adormeci, e quando acordei com uma vontade absurda para fazer xixi, me deparei com um corpo agarrado ao meu.
Me assustei de início e olhei ao redor.
A tv ligada, a vasilha de pipoca em cima da mesinha e Ruggero adormecido.
Me afastei um pouco, mas seus braços me seguravam.
- Ruggero. Chamei baixinho, ele dormia tão sereno.
- Ruggero. Ele desperta.
- O que aconteceu?
- Apagamos, mas preciso que você me solte agora.
- O que foi, está sentindo alguma coisa?
- Sim, muita vontade de fazer xixi, minha bexiga está gritando. Ele me lança um olhar divertido e deixa os braços cair.
Quando saiu do banheiro escuto sua voz.
- Vem Karol, vamos dormir. Chego a porta do quarto.
- Não acho que seja apropriado dormir na mesma cama que você. Digo.
- Porque vai me atacar? Ele já está de um lado da cama gigante que, olhando daqui, cabem ao menos oito pessoas e faço uma careta.
- Vai Karol, só são alguns dias, eu prometo que se você me atacar eu finjo que nada aconteceu.
- Ruggero você pode ser menos convencido, eu não vou te atacar.
- É mais pode acontecer de eu te atacar. Paro com a coberta que acabei de levantar e respondo me deitando do outro lado.
- Rum rum, tá bom, eu vou acreditar e contar para todo mundo. Ao me deitar minha camiseta embolou deixando uma parte exposta da minha barriga
- Que megera a mãe do meu filho.
Ele então me surpreende deslizando a mão ali naquele pequeno espaço.
- Ouviu isso filho sua mãe quer atacar o papai.
- Que mentira. Empurro ele de lado e puxo as cobertas.
- Boa noite Karol. Olho para ele e sorrio.
- Boa noite Ruggero. Me viro para o lado e fecho os olhos.
- Karol. Ele sussurra.
- Oi.
- Eu sei que estragamos sua vida com tudo isso, mas queria que soubesse, estou feliz por você ser a mãe dele.
Me viro para ele.
- Você iria mesmo me tirar ele?
- Esse era o plano antes de te conhecer, por isso fui até o mundo dos sonhos, eu precisava saber quem você era.
- Eu entendo, mas nao quero colocar essa criança no mundo e brigar com o pai dele.
- E não vamos.
- Promete.
Coloco uma mão para fora do travesseiro e levanto o dedo mindinho que a princípio fica curioso mas quando entende entrelaça o dedo ao meu.

Meu despertador está tocando, posso ouvi-lo longe, então sinto um peso sob o meu corpo, tenho vontade de puxar o cabelo dele por passar em cima de mim assim mas não faço, ao invés disso me agarro com pernas e braços e sei que vai me xingar e dizer que sou espaçosa filha do bicho preguiça.
Mas isso não acontece, sinto o cheiro de um perfume muito gostoso e a risada de Ruggero.
Abro os olhos assustada e um.
- Puta que pariu.
Sai dos meus lábios, ele ainda está rindo, é aí que meus braços caem na cama e as pernas também.
- Desculpe Ruggero, meu Deus que vergonha. Ele cai de lado na cama, e me sento rapidamente.
- Porque está me pedindo desculpas.
- Eu não devia ter me agarrado assim a você, eu pensei que era o...
- Seu noivo? Ele me interrompe.
- Que?
- Você tinha um noivo Karol, é normal sentir falta de dormir com ele.
- Não, eu... Deixa pra lá. Jogo a coberta de lado e levanto, correndo para o banheiro.
- Está tudo bem? Escuto sua voz ao lado de fora da porta.
- Sim, estava apertada.
- Oh... Ok. Saiu do banheiro envolta em um roupão, e os cabelos molhados depois de um banho.
Ruggero não está no quarto, entro no closet rapidamente, pegando uma calcinha para vestir e uma calça jeans, e já sinto a diferença, preciso de roupas mais largas.
Um cropped ombro a ombro e um tênis.
Estou penteando os cabelos, aproveitando esse espelho enorme.
E Ruggero aparece, fico parada olhando o espelho.
Não sei bem o que acontece mas ele molhado com os cabelos caindo desse jeito, o abdômen de fora com uma toalha enrolada na cintura fez minha respiração sumir, tenho até dificuldade para engolir a saliva, falar não tenho ideia se consigo.
Ele para na entrada ao me ver, mas logo em seguida entra como se não fosse nada, eu me recomponho rapidamente e encontro minha voz.
- Vou deixar você se trocar. Ele se vira para mim, mas passo por ele como um raio, e mesmo sem querer esbarro nele e quando me viro para pedir desculpa percebo que acabo de derrubar a unica peça que cobria seu corpo, o montinho branco no chão é a prova.
- Minha nossa senhora das mulheres aflitas.... Puta que pariu.... E....e.... Tapo os olhos e me viro de costas.
Mas escuto em alto e bom som sua gargalhada.
- Porque você está rindo como uma iena?
- Porque você está tão nervosa?
- Ruggero você está nú.
- Foi assim que eu vim ao mundo.
- Ruggero você está nú.
- Idai eu preciso me vestir para trabalhar.
- Não na minha frente.
- Tem algo aí com você que veio de uma parte minha.
- Não foi ela quem colocou aqui.
- Ah o problema é esse, acho que posso resolver.
- Ruggeroooo, você está muito assanhadinho. Ele rir.
- Relaxa Karol. Já estou vestido.
Me viro para ele e levanto um pouco uma das mãos, ele está abotoando a camisa e consigo respirar aliviada, mas o cretino só faz rir da minha cara.

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