Parte 20

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- O que você pensou que estava fazendo?
Ele pergunta assim que entramos no carro.
- Eu não sei... Eu só queria acabar com tudo isso, eles estavam te acusando e... Ele segura minha mão.
- Karol o que veio fazer aqui?
- Eu queria que soubesse que vou ter o nosso bebê. Ele sorrir, ele sorrir de verdade, um sorriso muito bonito.
- Você sorrio. Ele franze o cenho.
- É estou sorrindo, claro que estou, essa notícia era tudo o que eu precisava ouvir.
- Mas aquela gente toda, você poderia responder um processo e...
- Eu ainda posso responder, mas não me importo, vamos ter o bebê. Ele me abraça me pegando desprevenida e demoro um pouco, mas logo o abraço de volta e seu cheiro é muito bom.
- Ok... Me desvencilho, mas precisamos esclarecer umas coisinhas.
- Acho que realmente precisamos.
- Eu não vou abrir mão do bebê, e não quero seu dinheiro, não invente de me oferecer dinheiro ou enfio ele no seu... Ele tapa minha boca.
- Eu já entendi, desculpe fui um babaca. Ele afasta a mão.
- Eu aprendi a ser assim no meio em que vivo, é difícil encontrar pessoas como você, e depois que descobrir isso tenho mais certeza.
Minha sobrancelha vai lá em cima.
- Que a mulher mais certa para gerar o meu filho, vai ser uma mãe maravilhosa Karol, mas como pai não vou deixar faltar nada para vocês.
- Sua obrigação vai ser com seu filho Ruggero não comigo.
- Bem...
- O que?
- Essa sua invasão, me rendeu um filho, uma noiva e um casamento. Arregalo os olhos. Começo a rir e ele fica sério.
- Era uma piada não era? Com seu olhar sério meu riso vai cessando.
- Como assim noiva e casamento? Você enlouqueceu? A porta do carro se abre e Valentina vai entrando com um cara, e eu o conheço.
- Cala a boca Michael, você é tão idiota quanto ele.
- Ei o que tem eu? Ruggero resmunga.
- Você idiota que maluquice é essa de noiva? Ela pergunta e olha para mim.
- Você está de acordo com isso? Fecho a cara.
- Olha bem pra minha cara Valentina, não me casei com um que conhecia a dois anos, vou fazer isso com um que nem conheço.
- Ei não gosto de ser comparado a outros.
- Eu não perguntei. Respondo olhando de lado.
- Uau, vocês são mais parecidas do que imaginei. O cara ao lado de Valentina resmunga.
- Cala a boca. Falamos eu e Valentina juntas e ele arregala os olhos.
- Vocês estão em todas as notícias. Ela fala rolando páginas na internet.
- Como é que é? Na mesma hora meu telefone começa a tocar na bolsa e enfio a mão tirando de lá, o nome de Michel aparece na tela.
- Você também. Rosno para o telefone e jogo de volta na bolsa.
- Olha aqui eu não vou me casar com você.
- Eu não fiz nenhum pedido, eu só falei para eles, porque eu não queria que a mãe do meu filho passasse por uma barriga de aluguel.
- Isso não era você que tinha que decidir, que vontade de te esganar Ruggero. Seu sorriso sai largo, e se torna uma gargalhada.
- Do que esse idiota está rindo? Pergunto indicando-o com o polegar para o amigo, que começa a rir também.
- Vamos embora daqui. Decido e quando vou abrir a porta.
- Karol espere.
- Não ou meu filho vai nascer sem pai.
Abro a porta e ponho um pé para fora, mas me arrependo na hora quando pisco os olhos pela quantidade de flashs na minha cara.
Empurro Valentina de volta para dentro do carro.
- O que foi? Resmunga contrariada pelo empurrão.
- Está cheio de jornalista aí, você é o que? O filho do presidente?
- Não baixinha ele é somente um dos caras com a conta bancária mais gorda desse país e um solteiro muito cobiçado.
Olho para Ruggero que faz uma careta.
- Não me chame de baixinha. Aponto de volta para o amigo e volto para Ruggero.
- Desculpe Karol, eu não estava rindo de você e sim da situação toda, você é a primeira mulher que não quer se casar comigo.
- E não quero mesmo, quero distância dessa palavra na minha vida.
- Karol sei que parece loucura, mas se você veio até aqui, e mentiu pra todos eles para salvar o Rugge, vai ter que seguir com isso até todo o processo acabar, você estaria disposta a isso?
- Mike eu não quero que a Karol passe..
O interrompo.
- Eu vou fazer.
- Karol... Valentina me chama.
- Não vou ficar de braços cruzados vendo ele ser preso, o que eu vou dizer ao nosso filho quando ele nascer.
- Ok tudo bem, eu vou ajeitar tudo para você...
- Ei, espere aí o advogado aqui sou eu. O tal Mike é quem fala e Valentina revira os olhos.
- Se eu fosse você não a contrariava, ela pode ser...
- O diabo. Ele completa e dou risada.
- Parece que tem alguém que te conhece bem priminha. Falo sorrindo.
- Mas ela é minha advogada, então vai ter que entrar em um acordo com ela, e você a você. Agarro as orelhas dele.
- Aiiii cassete. Larga a minha orelha Karol...
- Não tome decisões por mim.
- E agora o que vão fazer em relação a essa coisa toda da palavra "proibida". Valentina me lança um olhar.
- Nada, vamos deixar assim, se eles acreditarem que você é minha noiva e que tudo ocorreu normalmente, vai ser mais fácil, estou certo Mike e doutora Zenere? Faço que não para Valentina.
- É.. eu sinto muito Karol mas ele tem razão, eu não sou de acordo estamos mentindo para a justiça, e se descobrirem não só ele vai para a cadeia como você será sua cúmplice.
- O que?
- Você veio até aqui e mentiu pra eles. Mike que fala e olho para Ruggero com lágrimas nos olhos.
- Não chore por favor.
- Droga de hormônios. Seco as lágrimas.
- Então vamos ter que mentir muito bem. Falo e ele concorda.
- Então essa conversa não pode sair daqui. Valentina é que fala.
- Isso mesmo, para todos os efeitos vocês estão juntos. Mike complementa. E faço que sim.
- Nem para nossa família você vai poder contar, se chamarem alguém para depor,  podem não segurar a língua com medo.
- Nem para minha mãe?
- Não, ninguém. Ela é categórica.
- O que tenho que fazer?
- Bem você vai apresentar a todos o pai do seu filho e seu... Noivo.
Meus olhos se arregalam e o queixo despenca.

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