Parte 33

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Acordo e passo a mão na cama, então abro os olhos, tem alguns dias que Karol dorme comigo e já me acostumei com seu corpo ao meu lado, com o cheiro que vem dos seus cabelos que fazem cócegas no meu nariz e o modo como ela se aconchega a mim.
Levanto jogando o cobertor de lado e vou para o banheiro.
Depois de um banho visto uma roupa rapidamente, não vi Karol ainda e a coisa me deixa apreensivo.
- Karol. Chamo.
- Karol. Falo ao passar pela sala.
- Esta na cozinha Rugge. Escuto a voz de Marta e chego na porta.
Ela está sentada no balcão comendo melancia.
Um sorriso se estampa no meu rosto ao olhar para ela, toda suja.
O cabelo embolado na cabeça, a blusa do pijama toda molhada do suco que escorreu. Ela passa as mãos na boca.
- Bom dia. Fala e sorrir e me aproximo.
- Bom dia, a melancia deve está muito boa mesmo. Ela revira os olhos e deixa o pedaço no prato, aproveito e me aproximo um pouco mais, ficando entre suas pernas, Karol suspira pega de surpresa, beijo seus lábios.
- Você está bem? Ela respira fundo.
- Água...
- Você quer água? Ela faz que sim e me afasto pegando um copo.
Entrego a ela, que bebi rapidamente.
- Melhor agora. Faz que sim.
- Eu sujei você. Aponta para minha camisa branca.
- Não tem problema, acordei sem você na cama, fiquei preocupado.
- Sério? Faço que sim.
- Desculpe, o desejo falou mais alto.
Acaricio a barriga plana ainda e falo.
- Você está deixando a mamãe maluca com todos esses desejos filhão. Sorrimos um para o outro.
- Preciso de um banho e aaaaa Ruggeroooo. Agarro suas pernas ao redor da minha cintura e tiro ela do balcão.
- Cuidado Ruggero.
- Pode deixar Martinha. Caminho com ela pendurada em mim.
Chegando no quarto, Karol desliza por meu corpo, mas permanece agarrada a mim.
- O mundo antes parecia que estava caindo na minha cabeça, mas agora parece que estou sonhando.
- É? Ela faz que sim.
- Então vamos sonhar juntos.
Já estou beijando seus lábios, é o tipo de beijo que vai de zero a cem quilômetros por hora num segundo.
Minha língua invade sua boca entreaberta num carinho ganancioso, ela ofega de prazer e me beija de volta, a língua enroscando na minha por alguns segundos estonteantes, então deixo uma trilha de beijos até o seu pescoço, ela ofega que chega a tremer em meus braços, seus seios aumentam, e sinto seu gemido direto no meu saco.
- Ruggeroo... Karol sussurra e volto aos seus lábios, meu telefone resolve tocar mas não ligo e ele continua até liberarmos nossos lábios.
- Seu telefone. Faço uma careta e ela ri, se afastando e avisando que precisa de um banho, fecho a cara eu também queria esse banho.
Volto a olhar o telefone e respondo a mensagem deixada por Ruan.
Entro no closet para trocar minha camisa, quando já estou pronto Karol está saindo do banheiro enrolada no roupão.
- Eu tenho uma reunião agora, mas posso te levar.
- Não precisa, eu peço ao Robson para me levar.
- Tudo bem, qualquer coisa você me liga.
Ela assente.
- Ruggero sobre o banco nós ainda precisamos falar sobre isso.
- Que banco? Não sei do que está falando? Ela põe as mãos na cintura.
- Não me enrole.
- Eu? Jamais. Me aproximo agarrando sua cintura e deixando um beijo em seus lábios.
- Nos vemos mais tarde.
- Cachorro.
- Au. Ela rir e ajeita minha gravata.

Estava no meio de uma reunião quando Ruan me lança um olhar da porta e peço licença.
- Fala de uma vez.
- Desculpa sei que você não gosta de ser interrompido, mas ligaram do hotel e parece que Sofie quebrou o quarto inteiro e a encontram bêbada caida no chão do banheiro. Solto um suspiro de frustração.
- Chama o Agus pede para ele cuidar da reunião, eu vou até lá.

Quando chego ao hotel me identifico e subo direto para o quarto, mas peço ao recepcionista que venha comigo.
- Posso contar com a sua discrição. Ele assente.
- A senhorita Sofie está passando por um período difícil, mas não quero que a mídia solte alguma nota que possa prejudicar a minha vida.
Ela minha ex, e sei o que pode está pensando. Mas não temos nada um com o outro, só quero ajudá-la em nome dos anos em que estivemos juntos.
Eu tenho mulher e meu filho está para chegar, e não preciso de mais um escândalo por isso o senhor está aqui.
Para servir de minha testemunha.
- Pode deixar senhor Pasquarelli vou ajudar no que for preciso.
- Otimo.
Saímos do elevador e ele abre a porta para mim.
- Rugge. Sofie sussurra assim que entro, ela está sentada na poltrona com um cobertor, é de longe a garota vibrante que conheci.
- O que aconteceu Sofie. Ela vira o rosto para a janela e me aproximo abaixando diante dela, seguro seu queixo.
- Eu perdi o rumo Ruggero, eu so pensei que estava fazendo a coisa certa quando fui embora, mas olha só onde isso me levou.
- Você tem uma carreira incrível Sofie, batalhou por isso.
- E perdi você.
- Não era pra ser.
- Era sim e a culpa é toda minha.
- Você não pode ficar desse jeito.
- Eu não tenho forças para mais nada.
- Você vai ficar bem Sofie, precisa dormir um pouco.
- Não, eu quero ficar com você, já que veio até aqui me ver.
- Durma um pouco está bem.
- Você vai embora? Faço que não e custo acreditar que ela esteja tão desestabilizada assim.
Peço a Ruan que mande um médico para ver Sofie assim que ela acordar.
Enquanto espero sento na poltrona e despeço o recepcionista para voltar ao seu trabalho.
Consigo resolver algumas questões pelo celular, quando ela acorda e sorrir para mim.
Sua pele pálida e os lábios secos sem vida me angustia.
Por sorte o médico chega e pede para conversar com ela a sós.
Quando ele sai e me encontra no corredor.
- Então doutor o que ela tem?
- Ela está bem Ruggero, so está muito estressada, alguma coisa a deixou assim desestabilizada, mas deixei uns remédios para ela consegui dormir tranquila e conter os nervos.
- Sei que pode ser horrível o que vou perguntar. Mas ela pode  atentar contra a própria vida?
- Espero que não. Aí já é outro caso, vamos aguardar acredito que uma boa noite de sono vai ajudá-la.
Assinto e volto ao quarto, ela sorrir para mim e estende uma mão para que me aproxime.
- Eu só queria uma chance, só mais uma. Fico calado e aliso seu cabelo.
Aos poucos ela volta adormecer.
Quando estou saindo recebo uma mensagem de Karol.
Perguntando como foi o meu dia e que não voltaria para casa hoje.
- O que aconteceu?
- Temos uma enorme encomenda, vou trabalhar até tarde, hoje fico por aqui mesmo. Coloco emoji triste e ela sorri.
- Não fique em pé até tarde.
- Está bem, boa noite Ruggero.
- Boa noite Karol.
Quando entro em casa e encontro o silêncio meu coração se aperta, a coisa piora quando me deito, a cama parece enorme agora e o cheiro de Karol nos travesseiros é tudo o que tenho para tentar dormir, a coisa um pouco me assusta como fiquei tão apegado a ela assim em tão pouco tempo.

3..5

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