Capítulo 10

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Não acredito

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Não acredito. Ele me achou. Ele me achou.

– Você disse que é segurança, certo? – Pergunto à Violeta.

– Certo.

– Pode vigiar minha filha? Eu só preciso ir ao banheiro.

– Claro – coloco minha Maria no carrinho e vou ao banheiro desse andar.

Entro no banheiro e me tranco em uma cabine.

Me sento no cantinho, abraço meu corpo e deixo minhas lágrimas caírem. Lágrimas que eu prendi na época que morava naquela casa, aquele Inferno. Lágrimas de medo, pela minha filha.

Enquanto ainda chorava, me dei conta de que não podia ficar sentada nesse chão, pois eu precisava trabalhar para conseguir cuidar melhor da minha filha.

Saio da cabine e vou para perto da pia.

Suspiro e lavo meu rosto. Me olho no espelho por alguns segundos e saio do banheiro assim que seco minha face.

Chego no corredor e vejo Violeta balançando o carrinho da minha filha.

– Oi. Voltei - sorrio e me aproximo. – Obrigada!

Vou até o carrinho e pego Maria no colo.

Brinco com ela, dando vários beijos em seu rosto, e arranco gritinhos e gargalhadas.

– O que acha da gente comer uma boa pizza hoje, mia luce? Só a mamãe. Você vai tomar o seu leite – digo e dou um beijo em suas bochechas.

Ela ri e se mexe bastante, me fazendo rir junto.

Minha risada some automaticamente, ao ver a porta sendo aberta.

Disfarcei um pouco do medo e da raiva que estava sentindo naquele momento e apenas observei os dois homens à minha frente conversarem.

– Sofia? O que ainda está fazendo aqui? – Senhor Romero questiona e olha seu relógio.

– O senhor disse que meu horário é até às oito – digo confusa.

– Hoje não, Sofia. Seu horário é até às sete, porque sairei mais cedo – ele diz. – Esqueci de te avisar.

– Tudo bem – dou de ombros e coloco Malu no carrinho para arrumar minhas coisas.

– Eu te levo – Riccardo diz e eu travo.

– Não... não precisa – digo nervosa.

– Faço questão.

Respiro fundo e fecho os olhos, pronta para recusar novamente.

– Seria uma boa escolha aceitar, Sofia. O tempo está mudando. As nuvens estão muito carregadas – bufo e me viro para eles.

– Senhor Romero...

– Não precisa ser orgulhosa, menina. Vamos. Eu te deixo na porta da sua casa e você não se molha, assim como a menina em seu colo – Riccardo fala.

Uma família para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora