Capítulo 17

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Sofia ficou nervosa quando o doutor disse isso e eu notei assim que seu corpo ficou trêmulo

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Sofia ficou nervosa quando o doutor disse isso e eu notei assim que seu corpo ficou trêmulo.

– Podemos conversar lá fora? – Pergunto para o doutor.

– Sim. Vou pedir para uma enfermeira vir colocar você no soro. – Ele avisa à Sofia.

Saímos do quarto e paramos próximo à porta.

– O caso dela é grave?

– Ainda não tenho certeza, mas ela está muito pálida, magra e não aparenta estar tão bem assim. Pode ser anemia, anorexia, bulimia, algo causado por uma depressão... gravidez também pode causar essa perda de apetite.

– Ela não tem perda de apetite. Ela não consegue comer – digo.

– Pode me explicar melhor?

– Pelo que ela me disse, não consegue comer muito, porque o corpo dela começa a rejeitar a comida, então ela vomita tudo.

– Isso pode ser um caso de bulimia. Bom, como o senhor a trouxe, imagino que irá ajudá–la. Irei pedir alguns exames – ele diz.

– Certo.

Ele se afastou e eu vou até o quarto de Sofia novamente.

Quando ia abrir a porta, acabei ouvindo uma conversa.

– Não sei porquê pensa isso. Ele é uma pessoa muito boa – Sofia diz.

– A cor dele é nojenta. Todo o resto também é – uma mulher diz.

– Sabe o que realmente é nojento? Um pensamento como esse. Você pensa dessa forma e isso te deixa tão ridícula, que nem esse rostinho bonito seu ajuda com alguma coisa – Sofia diz e eu abro um sorriso.

A enfermeira sai do quarto e dá de cara comigo, ficando de olhos arregalados.

– Boa tarde! – Passo por ela e entro no quarto de Sofia.

Me aproximo da cama e me sento.

– O doutor disse que você pode estar com bulimia – conto e Sofia me olha com os olhos confusa.

– Bulimia? É quando a pessoa come compulsivamente e acaba vomitando depois, não é?

– Isso mesmo – respondo. – Ele também disse que pode ser anorexia, uma anemia, depressão ou até mesmo gravidez.

– Gravidez não é – ela garante.

– Certeza?

– Sim. A última vez que eu... – ela trava e seu rosto ganha uma coloração vermelha.

– Foi com o pai da Maria Luiza?

– Foi.

– Então podemos descartar essa possibilidade. Ele pediu que você faça uns exames. – Informo e ela afirma com a cabeça.

Uma família para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora