Ainda estou desacreditada que o senhor Romero me trouxe à uma sorveteria.
– Sofia – Felippo para ao meu lado e me pede colo.
O coloco sentado em minhas pernas e fico brincando com ele. Seguro suas bochechas redondinhas e depósito um selar em sua testa. Ele me abraça e deita a cabeça em meu peito.
– Parece que ele gosta mesmo de você – senhor Romero diz, chamando minha atenção.
– Eu também gosto. Ele é um doce – comento e ele concorda.
– É sim. Principalmente quando começa a falar. Não é, meu príncipe? – Me assustei ao ouvir a voz do senhor Matteo e virei meu rosto para cima, vendo que ele sorria.
Cazzo! Preciso parar de reparar nesse sorriso.
– Chegou – Felippo afasta o rosto um pouco e vira seu corpo demoradamente para a direção da mesa.
– Sobre o que estavam falando? – Senhor Vincenzo questiona.
– Os documentos da Sofia. Queria saber se era melhor levar hoje ou amanhã para a empresa, mas esse brutamontes me mandou vir aqui falar com ela – rio baixo da forma que senhor Enrico responde. – Por que está rindo?
– Acho divertida a forma como vocês conversam. Não tenho irmãos para falar dessa forma – respondo.
– Não tinha me dito que tem dois irmãos? – Senhor Matteo pergunta confuso.
– Sim, mas como não tenho contato com ninguém desde o que aconteceu, eu não os considero mais como irmãos, assim como eles não me consideravam antes – explico.
– Faz sentido. Se eu fosse expulso de casa e nenhum dos meus irmãos ficassem ao meu lado, eu jamais entraria em contato. Iria sentir falta da minha pequena? Sim, mas não falaria com mais ninguém.
Enquanto tomava a minha raspadinha, ouvi o celular da empresa tocando.
– Senhor Romero...
– Oi? – Os três me olham.
– A senhora Romero costuma ligar para o número da empresa? – Questiono duvidosa.
– Às vezes – senhor Vincenzo responde.
Atendo e coloco o aparelho contra minha orelha.
– Alô?
Silêncio.
Olho a tela, para saber se tinha atendido.
– Ué... alô?
Ninguém responde.
– Sofia – senhor Matteo chama minha atenção. – Me dá.
Deixo o celular em sua mão e volto a comer.
Pode ser algo que tem de ser resolvido com ele, mas ligaram para mim por engano.
– Eu sou capaz de ouvir sua respiração. Vai falar alguma coisa? – Me surpreendo com a fala do senhor Matteo. – Certo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma família para o CEO
RomanceEle é um homem de trinta anos, CEO, rico, nasceu em berço de ouro, cuida da empresa de seu pai, que se aposentou aos cinquenta anos de idade e tem um filho, o maior amor de sua vida, de quatro anos. Esse é Matteo Romero. Ela tem vinte anos, moradora...