Capítulo 12

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Ainda estou desacreditada que o senhor Romero me trouxe à uma sorveteria

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Ainda estou desacreditada que o senhor Romero me trouxe à uma sorveteria.

– Sofia – Felippo para ao meu lado e me pede colo.

O coloco sentado em minhas pernas e fico brincando com ele. Seguro suas bochechas redondinhas e depósito um selar em sua testa. Ele me abraça e deita a cabeça em meu peito.

– Parece que ele gosta mesmo de você – senhor Romero diz, chamando minha atenção.

– Eu também gosto. Ele é um doce – comento e ele concorda.

– É sim. Principalmente quando começa a falar. Não é, meu príncipe? – Me assustei ao ouvir a voz do senhor Matteo e virei meu rosto para cima, vendo que ele sorria.

Cazzo! Preciso parar de reparar nesse sorriso.

– Chegou – Felippo afasta o rosto um pouco e vira seu corpo demoradamente para a direção da mesa.

– Sobre o que estavam falando? – Senhor Vincenzo questiona.

– Os documentos da Sofia. Queria saber se era melhor levar hoje ou amanhã para a empresa, mas esse brutamontes me mandou vir aqui falar com ela – rio baixo da forma que senhor Enrico responde. – Por que está rindo?

– Acho divertida a forma como vocês conversam. Não tenho irmãos para falar dessa forma – respondo.

– Não tinha me dito que tem dois irmãos? – Senhor Matteo pergunta confuso.

– Sim, mas como não tenho contato com ninguém desde o que aconteceu, eu não os considero mais como irmãos, assim como eles não me consideravam antes – explico.

– Faz sentido. Se eu fosse expulso de casa e nenhum dos meus irmãos ficassem ao meu lado, eu jamais entraria em contato. Iria sentir falta da minha pequena? Sim, mas não falaria com mais ninguém.

Enquanto tomava a minha raspadinha, ouvi o celular da empresa tocando.

– Senhor Romero...

– Oi? – Os três me olham.

– A senhora Romero costuma ligar para o número da empresa? – Questiono duvidosa.

– Às vezes – senhor Vincenzo responde.

Atendo e coloco o aparelho contra minha orelha.

– Alô?

Silêncio.

Olho a tela, para saber se tinha atendido.

– Ué... alô?

Ninguém responde.

– Sofia – senhor Matteo chama minha atenção. – Me dá.

Deixo o celular em sua mão e volto a comer.

Pode ser algo que tem de ser resolvido com ele, mas ligaram para mim por engano.

– Eu sou capaz de ouvir sua respiração. Vai falar alguma coisa? – Me surpreendo com a fala do senhor Matteo. – Certo.

Uma família para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora