Após o final de semana incrível que tive na casa da família do Matteo, voltamos ao trabalho e mantivemos nossos encontros escondidos. Me sinto uma adolescente quando faço isso.
Essa semana, Valentina foi contratada para o setor financeiro e ela está muito feliz. O salário é melhor e ela teve a opção de trabalhar dois dias da semana em casa. Lógico que ela aceitou. Me disse que vai conseguir passar um tempinho extra com o filho.
Estava sentada em minha mesa, quando ouvi o telefone tocar.
– Sofia, pode vir na minha sala ou está ocupada?
– Vou em um minutinho, senhor. Estou apenas terminando de organizar alguns documentos.
– Tudo bem!
Coloco tudo na forma como Matteo me ensinou, em ordem de importância, e me levanto. Bato na porta e ele pede para entrar.
– Com licença.
Ele estava em uma conversa com dois homens, acredito que sejam seus sócios.
– Aqui estão os documentos – informo e levo até a mesa.
– Obrigado. Estava falando para eles que nas próximas duas semanas irão resolver qualquer problema que surgir com o Enrico. Irei tirar um tempo de férias para aproveitar que meu filho também estará de férias da escola. Queria lhe informar que poderá passar esse tempo com sua filha, sem se preocupar – ele fala.
– Obrigada!
– Por nada. Quase me esqueci de te informar. Conversei com a minha advogada e pedi para que ela viesse aqui falar comigo – engulo em seco com essa informação. – Se, quando você sair, ela não tiver chegado, me liga avisando.
– Sim, senhor!
Saio da sala e torço mentalmente para que ela não apareça por aqui. A última pessoa que quero ver, no momento, é min... é meu pai, na verdade. Minha mãe fica ainda depois da Giovanna.
Me sento novamente e começo a olhar algumas coisas na tela do computador, que eu tinha que organizar para Matteo, quando escuto meu celular tocando.
Giulia.
– Giulia? Oi, tudo bem por... – paro de falar ao ouvir o choro alto de Maria Luiza. – Minha filha está bem?
– Hoje, por volta das nove, ela começou a ficar meio manhosinha. Achei que era sono, porque ela começou a chorar. Depois das onze, comecei a sentir o corpinho dela meio quente. Agora ela está chorando e está ficando com mais febre.
– Qual a temperatura dela? – Pergunto preocupada, enquanto me levanto.
– Trinta e oito e meio – ela responde.
– Já chego aí.
Desligo o celular e entro na sala de Matteo novamente.
Recebo olhar de todos os homens ali presentes.
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Uma família para o CEO
RomanceEle é um homem de trinta anos, CEO, rico, nasceu em berço de ouro, cuida da empresa de seu pai, que se aposentou aos cinquenta anos de idade e tem um filho, o maior amor de sua vida, de quatro anos. Esse é Matteo Romero. Ela tem vinte anos, moradora...