Capítulo 03

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Decidi ajudar Sofia, porque ela é apenas uma menina

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Decidi ajudar Sofia, porque ela é apenas uma menina. Uma menina que foi abandonada por todos à sua volta.

Estava sentado na minha sala, lendo alguns documentos, quando a porta foi aberta bruscamente.

– Arrombado! Me falou para procurar uma secretária e já achou outra? – Enrico entra irritado.

– Ela vai te ajudar também. E está ali – aponto para Sofia, que estava com o olhar assustado.

Meu irmão se vira e olha para Sofia.

– Contratou uma criança? – Ele pergunta.

– Ela tem vinte anos, tem uma filha e estava vivendo na rua – digo e ele se vira para mim, surpreso. – Preciso que arrume os documentos. Ela não tem nenhum.

– Vou mandar os advogados prepararem isso – ele diz e eu concordo.

– Sofia, depois você me manda uma mensagem, pelo celular da empresa, me falando seus dados e da sua filha – mando e ela afirma com a cabeça.

– Você vai na viagem para a França ou precisa que eu vá?

– Pode ir no meu lugar. Preciso ajudá-la no início – digo.

– Uma semana de teste?

– Não. Ela vai precisar de um tempo a mais, por não ter trabalhado com isso antes – digo.

– E você pretende contratar uma menina que nunca trabalhou com isso?

– Olha isso aqui – mostro o caderno que ela escreveu para ele.

– O que é?

– Felippo precisava desses dois remédios. Ela procurou na Internet as melhores farmácias e ainda me informou o preço, por não saber quanto eu estava disposto a pagar. Me foi informado há poucos minutos que o remédio chegou e já estão subindo com ele, e ela os pediu há vinte minutos.

– Ela é boa!

– Por isso dei essa chance para ela. – Conto e deixo o caderninho em um canto da mesa.

– Papai? – Ouço a voz de Felippo e o vejo se aproximando.

– Oi?

– Posso dormir no seu colo? – Ele pede.

– Vem cá – ele corre em minha direção e eu o pego.

Ele encosta em meu peito e abraça minha cintura, da forma que seus braços curtos conseguem.

– Com licença – uma das recepcionistas entra na sala com as sacolas. – Os remédios que pediu chegaram, senhor Romero.

– Pode deixar aqui – digo e ela os coloca sobre a mesa.

Abro os dois e leio, parcialmente, a bula. Apenas para saber de quanto em quanto tempo tenho que dar os dois remédios.

– Qual você quer primeiro, Pipo? – Pergunto mostrando os dois frascos para ele.

Uma família para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora