Capítulo 15

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Se passaram duas horas e meia e ainda estamos resolvendo a agressão que minha mãe fez

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Se passaram duas horas e meia e ainda estamos resolvendo a agressão que minha mãe fez.

– Olha, delegado, aquela mulher me espancou. Eu a quero presa. – A reitora da universidade de Aurora diz.

– Com licença – minha mãe entra, com toda sua elegância, na sala e se senta ao lado da mulher.

– Mantenha distância, sua louca – a reitora se levanta abruptamente e se afasta.

– Ouvi ela dizer que me quer presa. Não tenho problema nenhum com isso, até porque eu a agredi. Mas se é assim, a quero condenada e afastada de sua profissão, por ser cúmplice daquele homem, que ameaçou, difamou e assediou minha filha. Até onde eu me lembro, abuso ainda é crime – minha mãe diz calmamente.

– Abuso? Está me dizendo que eu fiz alguma coisa para aquela garota? – O professor se levanta irritado.

– Seu...

Enrico ia na direção do homem, mas bastou nossa mãe bater suas unhas sobre a mesa e fazer um som com sua garganta, para ele parar.

– Vamos nos acalmando. Senhora, o que diz é muito grave – o delegado diz.

– Querido, minha bolsa, por gentileza.

Meu pai entrega o objeto e minha mãe pega alguns papéis lá dentro.

– Isso aqui foi o que meu filho me mandou por mensagem. Eu imprimi pronta para trazer – ela coloca o primeiro papel sobre a mesa.

A mensagem que Aurora recebeu do professor.

– Isso aqui é a imagem que mandei o amigo do meu filho imprimir, para a prova.

Aurora e o professor na biblioteca, com ela encurralada entre uma prateleira de livros e a parede.

– Isso aqui, – minha mãe mostra a tela de seu celular –, foi uma funcionária do meu filho quem me mandou. Ela disse que perguntou à minha filha onde tinham batido nela e minha filha pintou exatamente os locais das agressões e esse desenho que ela fez, – ela passa para a próxima foto –, e o desenho que mostra, claramente, quem bateu nela.

– Ela está sempre preparada? – Riccardo sussurra para mim.

– Sim.

– E só mais uma coisa, senhor delegado, aqui está o laudo da minha filha, de quando ela tinha cinco anos, que foi quando a levamos à um neurologista, e um psicólogo, e descobrimos que ela tem autismo. Nível um de suporte. – Minha mãe mostra o laudo.

O delegado olha tudo atentamente e minha mãe se levanta.

– Estamos resolvidos ou prefere que eu saia dessa delegacia e procure um delegado que vá fazer a justiça que eu procuro e que minha filha merece?

– A senhora está presa por desacato. Os outros dois estão presos por agressão, difamação, ameaça e assédio sexual – o delegado diz.

Meu pai conversa com o delegado e consegue a fiança da minha mãe, o que não custou tanto quanto eu imaginei.

Uma família para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora