Ouvi, ao longe a voz do meu chefe e abri os olhos.
– Está acordada? – Ele questiona e acaricia meu rosto.
– Hum?
Sinto ele abraçando minha cintura e passando o braço livre por trás dos meus joelhos. Abraço seus ombros e encosto a cabeça nele.
O corte em minha cabeça é grande e, quando abro os olhos, estou dentro de um carro.
Me viro rapidamente e encontro meu chefe me olhando confuso.
– O que foi?
– Como eu parei aqui e cadê a minha filha? – Questiono erguendo dois dedos.
– Eu te carreguei do avião até o carro e a sua filha está dormindo no banco de trás com meu filho – ele responde.
Me viro para trás e suspiro aliviada, mas arregalo os olhos em seguida.
– Me trouxe no colo?
– Sim.
– Dio Santo, que vergonha! – Cubro meu rosto.
– Por quê? Não é como se eu nunca tivesse carregado você no colo antes – ele diz e eu fico ainda mais envergonhada.
– Não fale esse tipo de coisa.
Ele ri baixo e segue lendo alguma coisa em seu tablet.
– Maria está dormindo desde que entramos no avião? – Pergunto surpresa.
– Não. Ela chegou a acordar com fome, mas eu dei uma mamadeira e pouco depois ela dormiu de novo.
– Por que o senhor não me acordou?
– Porque você disse que estava cansada. – Ele dá de ombros.
– Podia ter me acordado. Eu tenho o tempo que for para a minha filha. – Digo e ele me olha.
– Sofia, eu estava acordado e você dormindo, cansada. Não tive problema nenhum em dar uma mamadeira para ela.
– Obrigada!
– Nada. Agora descansa. Chegaremos no hotel em alguns minutos.
– Já me sinto melhor – digo agradecida e sorrio para ele. – O senhor precisa de ajuda?
– Não. Estou apenas vendo uma planta parcial que criaram do prédio.
– Se o senhor não se incomoda com a minha curiosidade, esse prédio será o quê?
– Um hospital. Dois hospitais foram destruídos há um tempo e um político entrou em contato comigo e minha empresa, para a construção de um novo.
– Destruído? O que houve?
– Um deles não foi, literalmente, destruído. Ficou sem recursos e foi fechado, então ao longo do tempo ele foi se deteriorando. O outro foi vandalizado por pessoas que não aceitaram a morte de familiares. Culparam os médicos e o hospital, então destruíram tudo. Me lembro de ter visto essa notícia no jornal há alguns meses – ele conta.
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Uma família para o CEO
RomanceEle é um homem de trinta anos, CEO, rico, nasceu em berço de ouro, cuida da empresa de seu pai, que se aposentou aos cinquenta anos de idade e tem um filho, o maior amor de sua vida, de quatro anos. Esse é Matteo Romero. Ela tem vinte anos, moradora...