Sofia tinha ido no quarto para deitar Felippo e, quando voltou, me viu segurando Malu no colo, enquanto ela mordia um brinquedo.
– Esse não está gelado, porque ela começou a resmungar, mas os outros eu embalei uma sacola e coloquei no congelador.
– Certo.
– E a compressa, eu coloquei para esquentar em banho-maria – aviso.
– Obrigada.
– Por nada. Agora vai tomar banho e descansar – mando.
– Preciso cuidar dela – ela fala.
– Sofia, você está com a feição de cansada. Vai descansar, que eu cuido dela.
– Certeza?
– Tenho. – Dou um beijo em seus lábios e sua testa, antes de vê-la sumir pelo corredor.
Ando até a cozinha e analiso a compressa. Maria para de morder o brinquedo e olha para a panela.
– É para você – falo e ela resmunga, voltando a morder.
Desligo o fogão e deixo a panela esfriar um pouco.
– Agora é só esperar e colocar isso aqui nessa barriguinha.
Escuto o som do meu celular e vou até a sala.
– Só um minuto, meu bem.
A coloco no sofá e atendo.
– Oi, mãe?
– Violeta me ligou para avisar que você não vai dormir em casa. Aconteceu alguma coisa?
– Maria Luiza está com cólica e os dentes estão nascendo, então eu vou ajudar a Sofia nesses dias – informo.
– Ela está sentindo muita dor? – Minha mãe pergunta e eu olho para Maria, que estava mais preocupada em morder o brinquedo.
– No momento ela está mais preocupada em morder o brinquedo que a Sofia comprou.
– Leve ela no hospital caso piore. – Ela manda e eu suspiro. – O que houve?
– Elas ficaram duas horas no hospital e Maria Luiza foi negligenciada. A médica, depois de duas horas, quando estávamos reportando o comportamento, veio informar que tinha que ser pago antes dela receber os devidos cuidados – conto.
– Matteo, tem certeza do que está falando?
– Claro que tenho, mãe! Três enfermeiras estavam nos corredores da ala pediátrica conversando e rindo, ao invés de cuidar de crianças. Só não as reportei porque não eram elas que estavam cuidando da Maria. E a gente viu as câmeras. Em duas horas, ninguém apareceu no quarto antes de mim.
– Tenho que ir.
– Mãe, não vai fa...
– Tchau, Matteo. Te amo, filho.
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Uma família para o CEO
RomanceEle é um homem de trinta anos, CEO, rico, nasceu em berço de ouro, cuida da empresa de seu pai, que se aposentou aos cinquenta anos de idade e tem um filho, o maior amor de sua vida, de quatro anos. Esse é Matteo Romero. Ela tem vinte anos, moradora...