Ver Sofia usando uma camisa minha está me deixando levemente distraído.
Só espero que quando ela me devolver, esteja com o cheiro dela.
– A viagem já foi organizada? – Um dos arquitetos questiona e eu meu foco sai de Sofia.
– Sim. Viajarei dentro de uma semana para Berlim. Vocês já têm a localização exata? Não me informaram ainda – questiono.
– Temos sim. Nos foi informado o endereço onde ficará o edifício ainda esta manhã. Mando para a sua secretária ou direto para o senhor?
– Mande para ela. Sofia, anote o endereço e não perca – mando e ela afirma com a cabeça.
– Matteo? – Escutei a voz de Aurora e ergui meus olhos para a porta.
– Oi, piccola?
– Eu quero tinta – ela diz enquanto mexe os dedos velozmente.
Está tendo uma crise.
– Claro. Precisaremos terminar a reunião por aqui – digo para os arquitetos aqui presentes.
– Já estávamos terminando. Só precisamos saber quantos e quais de nós o acompanharemos – uma das moças diz.
– Vou precisar de quatro de vocês. Podem entrar em um consenso e informar minha secretária, que ela passa para mim – informo e me levanto. – Sofia, consegue me informar depois? Precisa de algum suporte aqui?
– Só os nomes?
– Sim.
– Então está tudo certo. Farei o mais rápido possível – ela afirma e se levanta do sofá.
Saio da sala e sigo com Aurora até a minha.
– O que aconteceu? – Questiono e vou até o armário que guardo as tintas que ela usa para se acalmar de uma crise.
– Eu sou uma doente! – Ela não pergunta, ela afirma.
– Quem te disse isso, Aurora? – Pergunto, já me irritando.
Como Aurora não é tão fã de responder várias perguntas seguidas, apenas se cala e pega as tintas e as cartolinas que peguei para ela.
Quando Aurora começa a fazer os traços no papel, fui me aproximando aos poucos e me abaixei de frente para ela.
– Foi alguém da sua turma? – Questiono calmamente.
Ela fica em silêncio e não me olha. Isso significa que eu estou errado.
– Me deixa ver o seu celular. Posso resolver isso – peço.
Aurora deixa o pincel deitado sobre o papel e me dá seu celular.
Ligo e entro em suas conversas particulares. Não tinha nada, então imaginei que ela tenha recebido um e-mail.
Sua doente! Acha que pode me enfrentar e me diminuir na frente de outros alunos dessa forma?
O dinheiro que sai do bolso dos seus pais não é nem um pouco do que eu posso usar para te trancar em um hospício.
Da próxima vez que você me ridicularizar dessa forma, acredite, eu vou fazer com que você suma da vida da sua família e vá parar no pior Inferno que existe. E sabe muito bem que eu posso fazer isso.
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Uma família para o CEO
Roman d'amourEle é um homem de trinta anos, CEO, rico, nasceu em berço de ouro, cuida da empresa de seu pai, que se aposentou aos cinquenta anos de idade e tem um filho, o maior amor de sua vida, de quatro anos. Esse é Matteo Romero. Ela tem vinte anos, moradora...