🦋Capítulo 41-Verdades?🦋

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Sofia narrando

Fomos até uma das pistas e começamos a jogar, Dove pegou uma bola e se posicionou, seu olhar era atento, enquanto contava até três soltou a bola e derrubou apenas dois pinos.

— Esse é o seu melhor senhorita "eu sou a rainha do boliche"? — A provoquei e vi um riso escapar de seus lábios.

— Faça melhor então. — Dove sibilou lentamente e por algum motivo aquilo me fez sentir um enorme frio na barriga.

— Veja e aprenda! — Completei pegando uma bola e jogando com força, sobraram apenas três pinos e então a encarei com um olhar convencido.

— Você é muito chata sabia? — Sua silhueta se aproximou de mim enquanto sua mão foi até minha bochecha. — Não cansa de ser boa em tudo? — Seus olhos claros eram inebriantes, ainda mais quando me olhavam com tanto fervor.

— É um talento natural. — Sorri nervosa, muito nervosa, um clima diferente estava no ar, talvez fosse meus pensamentos misturados a saudade, só conseguia pensar em como seria bom sentir os lábios dela nos meus, até perder o fôlego. — Bom, vamos continuar?

— O que?

— O jogo... — Não consegui conter o riso, ela também devia ter percebido aquele clima estranho, estranhamente extasiante.

(...)

Jogamos até nossas fichas acabarem, e Dove acabou ganhando, fiquei a ouvindo fazer uma dança da vitória por uns cinco minutos, até chegarmos em frente a um dos banheiros e eu a calar com um beijo. Não havia muitas pessoas por perto, e as que estavam nem nos olhavam, não deviam nem assistir o programa, o que era bom, poder ter Dove ali, sem preocupação.

Fomos até o bar do local e compramos refrigerante, em seguida saímos para caminhar, o vento estava forte, por algum motivo nossos encontros normalmente acabavam em chuva.

— Você me desculpa?

— O que? — Parei de andar assim que as palavras dela entraram em meus ouvidos, a rua estava praticamente vazia, o céu com poucas estrelas parecia querer anunciar que a chuva logo iria cair.

— Nas últimas semanas... Sofia, o que eles fizeram não foi certo, e eu não impedi, não consegui te proteger, muito menos te ajudar. — Sua respiração estava mais profunda. — Eu sei que por você a gente não iria esconder o namoro, e achei que eu iria conseguir ser mais corajosa, mas só agora percebo que eu tenho medo Sofia. — Lágrimas desciam pelo seu rosto e eu não sabia ao certo o que fazer.

— Dove...

— Espera, preciso falar. — Suas pálpebras pareciam pesadas, mas conseguiram segurar as teimosas lágrimas que brotavam em seus olhos. — Tenho medo de decepcionar minha família, de fracassar, de te perder, e principalmente medo de te magoar, não era assim que eu imaginava que fosse ser nossa história, não quero que seja meu segredo, quero que seja minha realidade, minha verdade.

Sem saber o que dizer, apenas a olhei, lhe dando espaço para continuar a falar.

— Sofia Carson, eu sei que é cedo, mas eu gostei de você desde a primeira vez que te vi naquele filme, desde então o meu coração é seu, e não me importa quanto tempo isso tudo vai durar, o que eu sei é que eu sou completamente apaixonada por você, e é isso que quero viver! — Suas mãos foram até as minhas e não pude evitar de sorrir. — Então... pode desculpar essa sua namorada medrosa mas que te ama muito?

— Eu te amo sua boba, e eu desculpo, mas só se me desculpar também... os últimos dias não foram fáceis pra nenhuma de nós.

— Desculpo, mas você me empresta o seu celular?

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