🦋Capítulo 42🦋

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Dove narrando

Abri meus olhos e avistei Sofia, ela dormia tranquilamente, sua respiração era calma e suas pernas estavam entrelaçadas as minhas.

Parecia até uma tela pintada, a pele iluminada pela fraca luz do meu abajur a fazia parecer um anjo.

Fui até o banheiro e tomei um banho rápido, escovei os dentes e amarrei meu cabelo.

Ainda era cedo, eu sempre era a primeira a acordar, voltei para o quarto e Sofia estava sentada na cama coçando os olhos. Nossos olhos se encontraram por um instante e senti meu rosto corar, corar muito.

Ainda havia em mim as sensações da noite passada, seu toque, seu cheiro, me questiono se ela queria ter ido além... eu queria.

— Bom dia. — Falei timidamente. — Dormiu bem?

— Bom dia, na verdade eu demorei para pegar no nosso... — Um sorriso travesso se formou em seus lábios. — Eu fiquei feliz Dove, me senti especial, apesar de não saber o que vai acontecer agora. — Confessou e levantou, veio até mim e me deu um abraço, acariciei suas costas e subi meus dedos até a fina alça do pijama.

— Você é tão linda. — Comentei ainda com os dedos passeando em sua pele. — Você é especial Sofia... eu poderia ficar te olhando pra sempre. — Sussurrei e me afastei delicadamente dela.

— Eu... eu tenho que escovar os dentes pra poder te encher de beijos. — Riu indo até a porta.

— Ei, espera, por quê a pressa? — A provoquei.

Ela acenou com a cabeça e foi até o banheiro, alguns minutos depois Sofia já estava se despindo ali, na minha frente...

Não olhe, não olhe... mas, não, vai ser rapidinho...

Meus olhos pousaram em seu corpo rapidamente e minhas bochechas pegaram fogo.

— Uau...

— O que? — Sofia riu terminando de vestir sua blusa. — Não me diga que achou engraçado minha calcinha de bichinhos. — Ela corou e um riso nervoso escapou de seus lábios.

— N-Não, não é isso, é que, você é linda é só isso... — Droga, o que tô fazendo.

Sem falarmos mais nada fomos até o andar de baixo da casa, não havia ninguém ainda, a mesa do café nem havia sido colocada.

— Você quer comer o que? — Perguntei abrindo a geladeira.

— Na verdade eu acho melhor eu ir pra casa, não sei se seria bom sua mãe me ver aqui tão cedo. — Sofia andou até ficar ao meu lado. — Eu amei dormir aqui, acordar ao seu lado, mas eu sei que ainda não está pronta pra falar com ela, não precisa ter pressa, ok? — Ela segurou minha mão e me beijou rapidamente, em seguida foi rumo a sala.

(...)

Já fazia alguns minutos que a Carson havia ido embora, Miguel apareceu na cozinha com uma cara de poucos amigos, olhou em volta e assim que concluiu que eu estava sozinha começou a despejar seu veneno.

— Você vai mesmo arriscar tudo por aquela garota? — Seu tom era calmo e repleto de deboche. — Quanto tempo acha que isso vai durar? — Com as mãos na cintura ele bufou. — Se abrir mão da sua carreira vai se arrepender, principalmente quando se der conta de que a Sofia não vale a pena.

Chega, não vou mais ouvir as asneiras dele calada.

— Quem é você pra falar sobre valer a pena? Você ficou com a minha irmã, depois com a minha mãe, você realmente gostou de alguma delas? — Meu tom ficou alterado. — Se continuar se metendo na minha vida, eu vou falar hoje lá na gravadora que eu estou namorando uma garota. — O encarei com os olhos repletos de raiva. — E aí aqueles velhos babacas vão quebrar o contrato e todo mundo sai perdendo!

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