🦋Capítulo 33🦋

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Sofia narrando

  A noite estava fria, o vento soprava forte quase arranhando meu rosto.

Minha mãe me deixou na entrada do parque e saiu com meu pai, Paulina ia passar a noite estudando já que teria prova, então eu poderia ficar bastante tempo com Dove.

Ajeitei a jaqueta preta que eu estava usando e fui até o local onde tínhamos combinado, vi que ela visualizou as mensagens que mandei, então não iria demorar a chegar.

O parque estava repleto de pessoas, as luzes coloridas pareciam as hipnotizar, o cheiro de churros fez minha barriga roncar, como a barraca ficava perto de onde eu estava decidir ir comprar.

— Um churros com recheio de chocolate, por favor. — Pedi e um senhor gentilmente foi pegar, paguei e em seguida voltei para onde estava antes.

Enquanto comia encarei o céu, era noite de lua cheia, tão brilhante, as estrelas pareciam se intimidar com o brilho dela.

— Mamãe olha aquela moça! — Uma garotinha gritou e apontou para mim. — Conheço ela mamãe, vamos lá! — A menininha cheia de cachinhos loiros veio correndo me abraçar. — Eu vejo você na televisão!

— É mesmo? Eu fico muito feliz. — Sorri sem jeito e fiquei conversando com a garotinha por alguns minutos. Quando ela se foi com a mãe, olhei para o celular e o tempo parecia ter passado voando. Já fazia 30 minutos que eu estava esperando a Dove. — Onde você está. — Falei ligando para ela, mas foi em vão, deu direto na caixa postal.

Comecei a me preocupar mas logo uma mensagem chegou.

"Estou ocupada, depois explico." — Minha expressão se tornou confusa, sério mesmo que ela só diria aquilo?

— Não acredito que vim atoa, droga. — Pensei em ir para casa, mas a noite estava tão bonita, se Dove estava ocupada e não viria, não significa que eu não deva me divertir.

Fui até a venda de bilhetes e comprei cinco, as vezes meus olhos se perdiam na multidão buscando um rosto conhecido, uma parte minha queria que Dove estivesse ali, mas a outra estava chateada, ela não se deu ao trabalho nem de me dar uma explicação.

Fui até a fila da montanha Russa e uma voz familiar gritou meu nome.

— Anne? — Olhei surpresa e aliviada ao ver alguém que eu podia me juntar. — Acho que nunca fiquei tão feliz em te ver. — Ri e a abracei.

— Está sozinha? A loirinha ainda tá gravando?

Gravando? O que ela poderia estar gravando?

— Como assim? — Perguntei confusa.

— A música, Dove não contou? Talvez ela não tenha tido tempo...

A ruiva me contou sobre a música, e sobre como Dove não sabia se iria chegar a tempo, acho que ela percebeu minha expressão desanimada e tentou me consolar falando que a loira escondeu por preocupação.

Mas não justifica, eu deixei claro a Dove que gostava de sinceridade, se tinha um compromisso era só me avisar, não precisava me fazer ficar esperando igual boba.

Sentindo meu ar chateado, Anne me chamou para ficar com ela e mais uma amiga, assim eu não me sentiria sozinha.

Fomos em vários brinquedos, e aos poucos a chateação foi diminuindo e eu consegui aproveitar.

Enquanto as garotas iam na roda gigante fui até uma barraquinha comprar maçã do amor.

Assim que peguei senti meu corpo se chocar no de alguém.

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