CAPÍTULO 26

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HENRIQUE

Acordo no horário do despertador e o desligo rápido pra não acordar Tomás que dorme pesado. Me levanto coloco café na cafeteira e tomo um banho enquanto ele fica pronto. Estou um pouco dolorido pois a tempos não era passivo mas meu sorriso está imenso em meus lábios, essa noite tive a certeza que Tomás é o meu único amor, eu nunca deixei de o amar e lutarei pra merecer ele, claro que ele disse que não se importa em eu ser um peão mas eu quero mais, ele é um empresário filho de fazendeiro, a mãe mulher de dono de banco e isso la na frente irá refletir porque eu quero formar família com ele e o primeiro passo é retomar minha faculdade de veterinária, não é muito mas é melhor do que ser um somente um simples peão.

Me visto com roupa de trabalho fazendo uma nota mental que se as vindas dele em minha casa forem frequentes terei que fazer compras pois só faço as refeições na casa grande e não tenho quase nada aqui. Deixo o café numa garrafa e pego a preta, vou direto a casa da Fazenda e pego com a Fran um pão caseiro feito na hora algumas coisas que ele gosta, volto pra casa e pego umas flores no caminho, chegando em casa coloco num vasinho e deixo a mesa arrumada pra ele, pego uma das chaves de minha casa coloco numa forminha de cup cake que peguei na casa dele e coloco a chave dentro com algumas pétalas, escrevo um bilhete e deixo dobrado debaixo da forminha. bom dia meu lindo, saí cedo e deixei esse cafezinho pronto pra você, deixei também a chave do meu carro no painel pra você ir pra casa com ele. Hoje irei pra cidade e não apareço pro almoço, mas a noite espero você e Benicio aqui pra gente acampar kk e essa chave... é a chave dessa casa pra você vir sempre que quiser.

TOMÁS

Acordo, me mecho na cama e me sinto todo dolorido mas ja sorrio ao me lembrar do motivo de estar assim, rolo na cama e vejo que estou sozinho, o sol ja nasceu então Henrique ja deve ter ido pro trabalho a algum tempo.

Olho as horas e são sete e meia ainda, vou ao banheiro e tomo um banho, depois vou a cozinha reparanfo na casa dele que apesar de simples é bem confortável e limpa. Chego na cozinha e me surpreendo ao ver uma mesa bonita montada, só me recrimino por não estar com o celular pra tirar uma foto. Sorridente me aproximo da mesa reparando em tudo, no vasinho de flores, na cesta repleta de frutas, nos bolinhos coloridos cup cake, na xícara e adoçante, e uma forminha do doce me chama a atenção, acho uma chave dentro dele e um bilhete embaixo, leio e guardo no bolso bastante emocionado. Abro o pote térmico e o cheirinho gostoso de ovos mexidos e pão caseiro invade o lugar me fazendo salivar. Pego leite e suco na geladeira e tomo café da manhã ficando bastante satisfeito, depois guardo o que sobrou na geladeira, lavo o que usei, arrumo a cama, tranco a casa e pego o carro dele pra ir pra casa do meu pai pois é um pouco longe mesmo.

Chego em casa de sorriso no rosto vou ao quarto de Benicio e encontro Fran dando banho nele.

_ Oi Fran, oi meu amor.

_ Oi Tom bom dia.

_ Oi pai. Que isso no seu pescoço?

Fran da uma gargalhada e eu fico sem graça.

_ É só.. filho eu vou trocar de roupa que eu preciso trabalhar ta.

Saio do quarto rindo escutando Fran dizer a Benicio que aquelas são mordidas de amor, a ta que Benicio cai nessa. Vou ao banheiro me olho no espelho e me assusto com as manchas, o homem estava mesmo empolgado.

Pego uma camisa manga longa de gola alta preta, um jeans escuro e tiro a minha roupa a colocando pra lavar e reparo na cueca simples de Henrique que peguei em sua gaveta, gosto de roupa boa mas não me importo em vestir algo simples também, ainda mais sendo de Henrique.

Fran vem me avisar que João levou Benicio pro meu pai e eu a agradeço por avisar. Pego meu celular e envio um áudio a Danilo lhe desejando bom dia e acho que pela minha voz empolgada ele descobrirá que transei. Ha chamadas perdidas de minha mãe mas não quero falar com ela agora, não quando eu sei que ela vai tentar sabotar minha felicidade. O número desconhecido continua me ligando e eu confiro realmente se é o mesmo e é, fico curioso mas não retorno a ligação. Ligo meu notebook e faço uma chamada de vídeo com meu vice presidente que deixa a par de tudo que está acontecendo em minha ausência na empresa. Depois respondo alguns emails e outros deixo na caixa de spam, no meio da manhã o número desconhecido me liga e não sei porque os pelos do meu corpo se arrepiam de uma forma não boa, respiro fundo e resolvo atender.

_ Alô.

Digo cautelosamente.

_ Alô Tom, até que enfim consigo falar com você.

Puta. Que. Pariu. Ouvir a voz desse cara me faz ter uma reação que eu mesmo não esperava, eu achei que quando fosse falar com ele iria vergonhosamente pedir, implorar pra ele voltar comigo mas o que tenho vontade de fazer é desligar o celular antes de manda lo a merda, sinto raiva, nojo, o que esse filho da puta quer comigo?

_ Ainda está aí Tom?

_ O que você quer Eduardo? Fala logo que tenho mais o que fazer.

_ Ainda está bravo comigo? Deixa disso Tom, vamos conversar. Eu pesquisei e também sua mãe me explicou onde fica a FAZENDA  CASTELLI. Estou disposto a ir até ai em Campinas pra nos encontrarmos na fazenda ou em algum lugar que você preferir.

_ Vir aqui em Campinas? Como sabe que... a ja sei, minha mãe. Escuta Eduardo não sei o que ela te disse mas ja te digo que não concordo, não temos nada pra conversar e eu não quero te ver se possível nunca mais acho que nem preciso te pedir pra parar de me ligar pois irei bloquear esse número agora mesmo pois não quero nenhum tipo de contato com você e sinceramente pensei que tinha deixado isso claro quando te bloqueei em tudo.

_ Isso tudo por causa de Fernando? O cara era só uma transa Tomás, não tenho nada com ele. Meu namorado é você, é você que eu amo..

_ Eu não estou acreditando. VAI VOCÊ E AQUELE RESTO DE ABORTO SE FODER SEU FILHO DA PUTA, FODAM BASTANTE E ME DEIXEM EM PAZ CARALHO.

Desligo e jogo o celular na cama puto, putissimo da vida. Que cara de pau desse desgraçado.

O PEÃO DA FAZENDAOnde histórias criam vida. Descubra agora