CAPÍTULO 14

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TOMÁS

_ Tu é gato Tommy, se eu gostasse de homem casava contigo.

_ Você é sonso e interesseiro isso sim. O que foi aquilo la na sala? Moda de viola? Jura?

Ele da uma gargalhada.

_ Tu devia me agradecer. Não acredito que ficarei sentado em volta de uma fogueira ouvindo peões cantar só pro meu amigo ter um date com o peão gato.

_ Date como sem noção? E meu filho?

Ele ri denovo.

_ Então tu pensou nisso seu safado...

Eu reviro os olhos.

_ ... pensa por esse lado, pelo menos ele ja vai acostumando a ter um namorado com filho.

_ Que namorado Danilo? Eu mal saí de um..

_ Uma roubada querido, aquilo não era um relacionamento, você foi abençoado e se livrou daquela praga.

_ É tão fácil falar...

Digo me sentando na cama com ele.

_ Você vê o Henrique e não sente nada? Tipo, ele foi seu primeiro amor.

_ Sinto um monte de coisa, quando o vi la no estábulo parece que estávamos só eu e ele ali sabe? Fomos transportados pra uma outra dimensão. Me lembrei do gosto do beijo dele e salivei...

Digo divagando. Meu amigo da um sorriso.

_ Cai dentro amigão, ele é o seu homem.

_ Nosso tempo passou Dan, o beijo era bom, o sexo era bom, éramos parceiros. Mas crescemos, mudamos e hoje eu sou apaixonado pelo Edu.

_ Nem você acredita nisso... mas tudo bem, vou la ver se o Beni está pronto. Fran gostou mesmo dele né? Não desgrudam mais.

_ Beni achou mais alguém pra o mimar.

Termino de me arrumar, coloquei uma camisa jeans com as mangas dobradas, calça preta e tênis branco. Passo perfume, coloco minha pulseira e saio do quarto em busca do Benicio, o encontro no corredor com um conjunto de moletom azul da gap e um tênis cheio de luzes.

_ Oi meu amor, ta gatinho hein.

Digo o pegando no colo.

_ A vó fan me aumou?

_ A é? Obrigada Fran.

Digo a ela que está parada na porta do quarto nos olhando.

_ Por nada, esse garotinho encantador me pegou de jeito, tenho por ele o mesmo carinho que teria por um neto.

_ Fico feliz em saber.

Ela se aproxima beija meu filho no rosto e me da um beijo no meu rosto também.

_ Vão com Deus, se divirtam. Henrique os espera na sala.

Agradeço e sigo pra sala onde encontro meu pai, meu irmão, Danilo e Henrique. Meu irmão se aproxima e pega Henrique de mim.

_ Ta bonitão Beni, cheiroso. Vai comer bastante algodão doce no parque?

_ Vou e bincar de caossel.

_ Eita lasquera.

Eu olho pra Henrique e ele está me olhando.

_ Eu irei me deitar meu filho. Amanhã tenho que receber o veterinário logo cedo.

_ Não vai pra roda de viola?

_ Hoje não. João leva o Danilo, é logo ali perto do riacho.

_ Vamos de carro né? Não confio no seu logo ali, sem ofensas seu Miguel.

Eu repreendo meu amigo com o olhar mas meu pai ri da ousadia dele.

_ Vamos Tom?

Henrique me pergunta e eu confirmo com a cabeça.

_ Acho melhor irmos no seu carro, no meu não tem cadeirinha pro Benicio.

_ Tudo bem.

Digo e o sigo com meu filho no colo. O coloco na cadeirinha e entrego as chaves do carro pra Henrique.

_ Leva. Você conhece o caminho.

Ele concorda e ja liga o carro.

_ Fiquei feliz por ter aceitado sair um pouco.

_ Não quero te atrapalhar Henrique, sei que acorda cedo pra ir pra lida.

_ Estou acostumado, se não estivesse aqui iria pra moda de viola.

_ Tio. No paque tem oda giganti?

_ Tem. Uma imensa. Você não tem medo de ir?

_ Eu não. Meu pai que tem.

_ Beni..

O repreendo rindo.

_ O que posso fazer se tenho medo de altura?

_ Você tem mesmo.

Henrique comenta.

_ Eu amo altua, queo binca em todos binquedos.

Henrique ri e vai conversando com meu filho até chegarmos no parque. Chegando logo de cara Benicio quis ir na montanha russa eu é que não fui, Henrique foi com ele e voltaram saltitantes pra em seguida irem na roda gigante. Eu só consegui ir no bate bate, pescaria onde me saí bem pois ganhei um brinquedo pro Beni e no tiro ao alvo onde não ganhei nada, em compensação Henrique conseguiu os dois ursos maiores da tenda, deu um pra Benicio e acho que fiquei vermelho quando ele me deu o outro.

Compramos pipoca, refrigerante, maçã do amor, churros, amendoim... de tudo, me diverti como a meses talvez anos não me divertia. O sorriso sincero do meu filho foi tudo pra mim, eu carregava nossos ursos enquanto Henrique carregava Benicio pra cima e pra baixo e ia em todos briquedos que o benefício pedia. Fomos embora horas depois com um Benício exausto mas muito feliz, dormiu assim que o colocamos na cadeirinha.

_ Eita, o rapazinho apagou.

Henrique comenta olhando pra trás.

_ Se cansou do tanto que se divertiu.

Ele pigarrei e me pergunta.

_ E você Tom? Se divertiu?

_ Bastante Henrique. Obrigado.

_ Vai mesmo ficar me chamando de Henrique?

_ Henrique, não vamos confundir as coisas...

_ Eu fui atrás de você.

Ele diz me cortando.

_ Aonde?

_ Em São Paulo. Eu fui atrás de você logo no dia seguinte que você foi embora. Pedi pra João e seu pai não dizerem nada mas eu fiquei horas na frente do seu condôminio te esperando, eu não queria te perder daquele jeito.

Fico olhando espantado pra ele pois eu realmente não sabia de nada.

O PEÃO DA FAZENDAOnde histórias criam vida. Descubra agora