CAPÍTULO 32

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TOMÁS

_ Não ouse tocar esse dedo em meu irmão senão irei enfia lo no seu rabo e te rasgar até emcima seu safado.

Meu irmão diz encarando Eduardo e minha mãe abre a boca horrorizada.

_ Que homem grosseiro você se tornou João, ainda bem que meu filho não foi criado aqui.

Todos a ignoramos.

_ Eu só quero conversar com o Tomás, nâo precisa disso.

_ Quando vai entender que eu não quero conversar com você? Deixei isso claro quando te vi na cama com outro e depois te bloqueei em absolutamente tudo, volte para o seu amante, namorado ou seja la o que ele é pra você.

_ Fernando não é nada, ele nunca será meu namorado, eu e ele... que merda é essa em seu pescoço?

Ele pergunta olhando fixamente pro colar que Henrique me deu, o que faz outras pessoas olharem também.

_ Não tem merda nenhuma aqui, esse é uma linda corrente que meu namorado me deu.

Nesse momento Henrique entra na sala me vê e se aproxima de mim parecendo cauteloso, eu estranho sua atitude mas o abraço procurando  demonstrar que Eduardo não representa perigo nenhum ao nosso namoro, e é com ele que eu quero estar.

_ Como você o deixou colocar essa porra de tremendo mal gosto em seu pescoço Tomás? Que decadência!

_ Tremendo mal gosto é você aparecer aqui sendo que ninguém a não ser minha mãe quer a sua presença. Você não é bem vindo Eduardo, se toca.

_ Muito me espanta a própria mãe promover esse mal estar ao filho que acabou de passar por um trauma e nesse momento era pra ja estar em casa em repouso e não aqui, discutindo com essa pessoa desagradável.

Meu pai diz furioso e eu realmente estou estranhando o silêncio de Henrique que me parece até estar envergonhado com Eduardo que nos encara cheio de arrogância e prepotência mas eu sei que Eduardo percebeu que atingiu Henrique e está se valendo disso para o atingir falando um monte de absurdo por pura dor de cotovelo, ele está odiando ser mal tratado.

_ O senhor sabe que eu sou o homem ideal pro Tomás, até o próprio Henrique sabe não é amigão? Ele sabe que é caro ter homem bonito, tem que ter cacife pra bancar um homem gostoso assim...

Eu fico indignado. Quando esse filho da puta me bancou? Antes que eu  tome uma atitude pra calar Eduardo o punho de Henrique ja está no queixo dele o fazendo ir ao chão com o impacto. Eduardo se levanta rapidamente e vai pra cima de Henrique, ele tenta mas meu irmão da outro soco e ele cai novamente. Minha mãe grita e meu padrasto a tira dali. Resumindo, fomos expulsos do hospital pelos seguranças.

Vou pra casa no carro com Henrique, meu pai e meu irmão que vão indignados e eu presto atenção em Henrique que continua calado porém de mãos dadas comigo, isso ja é um conforto. Minha mãe, meu padrasto e Eduardo voltaram no mesmo helicóptero que vieram pois meu pai disse que não iria permitir a entrada deles na fazenda pois eu precisava descansar. Minha mãe não tem direito algum sobre a fazenda mesmo tendo sido casada com meu pai por nove anos, no divórcio ela pegou a parte dela em dinheiro, tem uma gorda poupança no nome dela que por mais que ela gaste com seus luxos não acaba, ela tem o marido milionário também então tem uma vida de luxo pra mais umas dez vidas.

Chegando em casa vejo que Fran conseguiu fazer meu filho dormir então peço licença aos outros e levo Henrique pro meu quarto.

_ Eu vou pra casa Tommy, você precisa descansar.

_ Não vou descansar enquanto a gente não conversar.

Ele me olha assustado engolindo um seco.

_ Primeiro eu quero saber porque você está com essa cara de maracujá murcho. Eu até entendo que minha mãe e o Eduardo sabem ser bem desnecessários mas você literalmente murchou Henrique, conversa comigo.

Ele pega em minha mão e me leva pra cama me puxa pra deitar mas eu me sento no colo dele e o encaro nos olhos.

_ O que eles falaram pra você antes de eu chegar que te deixou assim?

_ Por mais cruéis que tenha sido as palavras deles eles tem razão Tommy, eu não tenho onde cair morto. O que eu tenho pra te oferecer?

_ Eu não estou acreditando Henrique. A gente conversou sobre isso. Eu não quero, eu não preciso do seu dinheiro e nem do dinheiro de ninguém. Nunca precisei da porra do dinheiro de Eduardo e por mais que ele tenha e fique esfregando na cara dos outros, o dinheiro dele pra mim é indiferente. Aquele cara nunca me bancou em nada. Os presentes frios e caros que ele pedia pra secretária dele me comprar estão no fundo do meu armário na embalagem, nunca os usei porque não tinham a minha personalidade e quando ela acertava no meu gosto era uma coisa que eu ja tinha e não fazia sentido ganhar outra. Ele pedia pra comprar algo caro ignorando se eu iria gostar ou não e eu não ligo pra porra nenhuma de presente. Poxa a gente está se dando bem Henrique o que você quer que eu faça pra provar que estou amando ser seu namorado? Me magoa muito você não confiar em mim e achar que eu escolho meus parceiros pela conta bancária..

Falo ficando com a voz embargada. E ele me abraça assustado.

_ Não chora por favor. Me desculpa Tommy é lógico que confio em você, eu só fiquei inseguro.. me desculpa, não fica assim..

_ Não faz mais isso, confia no meu amor por você, isso que estamos construindo me basta, eu e meu filho estamos muito felizes em ter você..

Ele me interrompe me beijando e nossas lágrimas se misturam.

_ Eu te amo Tommy, me desculpa. Não irei mais fazer isso..

Alguém da dois toques na porta nos interrompendo e entra no quarto.

_ Oi. Não estão transando né?

Danilo entra no quarto e eu me assusto com seu rosto cheio de hematomas.

_ Que porra é essa no seu rosto Danilo?

Pergunto me levantando e me aproximando do meu amigo.

O PEÃO DA FAZENDAOnde histórias criam vida. Descubra agora